sexta-feira, 2 de maio de 2008

Pulando por aí

É aquela imagem que eu aprendi a gostar tanto que me volta à mente o dia inteiro.
Eu estava ali, sentindo o vento gelado no meu rosto.
Uma sensação de quase dor no calcanhar esquerdo, uma de quase calor no peito, uma de quase congelamento no dedo mindo direito.
Aquele gosto de chocolate ainda amanteigando a minha língua.
A língua fria, preenchendo o espaço da boca.
E meus olhos se fechavam.
A música combinava com dia de chuva, apesar de não estar chovendo.
Eu estava viajando para vários lugares ao mesmo tempo.
Para casa, para longe, para perto.
Longe de mim...
Perto do meu desejo.
Se isso que eu fiz foi voar, ainda estou lá em cima, a muitos metros de altitude.
Esse pequeno grande passeio que fiz...
Elevou meu tudo.
Coisa boa de ficar pseudo sozinha em casa: eu quis gritar e gritei. Eu quis conversar comigo mesma e conversei. Eu quis dançar loucamente pela sala/cozinha e dancei! Eu pulei, eu rebolei, eu caí no chão, eu fiquei tonta, eu cantei o mais alto que podia.
Descarga de energias acumuladas.
Agora estou leve... flutuante.
Aprender a gostar...
Não é porque eu quero.
Eu quero mais é que a vida me surpreenda!
Eu quero mais é me sentir envolvida.
Que me queiram. Que me deixem querer.
Que eu seja agora e pra sempre.
Fechar, abrir.
É tudo a mesma coisa.
Estou sonhando agora, anyway.
Vou acordar assim que me deitar na minha cama.
Até o próximo sonho...



►Comprei um livro LINDO! Alucinações Musicais – Oliver Sacks. Casos interessantíssimos sobre disfunções neuro-cognitivas ligadas à música! (orgasmos!)