terça-feira, 17 de novembro de 2009

Eu autômato

Eu não aprendi a negociar comigo mesma. Eu não tenho muito essa noção de limites (como já ficou muito claro). Mas mesmo assim ainda sou uma entre todos... todos nós que gostamos de nos congregar em condições limítrofes: onde o ar encontra a terra, onde o corpo encontra a mente, onde o espaço encontra o tempo (ADAMS, 1992).
Mas brigar é um caso perdido. Não há como ganhar de mim. Eu iria sempre perder da mesma forma.
E volta e meia ouço esses absurdos antes da recolhida. Algo que não faz a diferença na maior parte do tempo e que, quando faz alguma, é para tornar as coisas piores... não é algo que valha muito à pena. Ultimamente tenho estado diferente de mim mesma diante disso tudo. Até tento mudar, ser mais receptiva e responsiva e, pelo menos uma vez por dia, sorrir. Mas fica difícil nesse esquema contínuo de punição.
Não quero parecer boba ou vítima. E é por isso mesmo que essas duas coisas são tudo que eu aparento ser. Mas que bom! Que bom que hoje, pela primeira vez, inclusive lá, eu fui capaz de falar mesmo o que era verdade. Todos fazemos isso: esconder. Mas eu levo a filosofia às suas ultimas conseqüências.
Eu precisava de uns tapas na cara para cair a ficha. Sou meio frouxa. (meio?!)


Tenho que entregar um laudo do caso que concluí na quinta-feira. Quem foi que disse que sou capaz de fazer as coisas com antecedência? Tudo só sai de ultima hora. Essa vida dos procrastinadores crônicos...

Os sambinhas do Chico já não me saem da cabeça. Às vezes fazem revezamento com o Revolver dos Beatles. Reparei hoje que eu não tenho tido mais conversas sobre música. Será que isso é porque o Humberto está sem computador? Haha

Hoje o Gustavo foi embora de vez. Já sinto uma nostalgia. Meio dramática, devo admitir. Estou considerando de verdade ir atrás dele lá no Sul. Ele podia orientar meu mestrado... o doutorado também. E eu ia morar no Rio Grande do sul de quebra...




►”Senhor, proteja-me de ficar sabendo daquilo que não preciso saber. Proteja-me até mesmo de ficar sabendo que existem coisas que não sei. Proteja-me de ficar sabendo que decidi não saber das coisas que decidi não saber. Proteja-me das conseqüências da oração anterior. Amém.” (ADAMS. D, Praticamente Inofensiva, 1992)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

The end

É, as coisas vão mudar bastante. Afinal essa foi uma parte bem grandinha da minha vida. Na verdade as coisas já estão mudando demais. E eu me vejo repetidamente incapaz de realizar a principal mudança.
Essa noite eu sonhei que ele me confrontou e disse que era óbvio que eu estava tentando evitar ele. Bem, sempre estive tentando evitar todo mundo, na verdade. E, de novo, eu enrolei por um tempo. Não sei por que estava contando para o meu futuro ex orientador que eu estava deprimida. Eu nem estou... mas enfim, acabei acordando quando iria falar o que realmente vale a pena falar. Aquelas coisas que sempre entalam na minha garganta. E pelo jeito entalam no finalzinho afunilado dos meus sonhos também.
E aquela outra parte do sonho?
Eu estou com inveja... inveja por uma coisa que eu nem quero ter porque sei que agora não vou dar conta de ter. Na verdade nunca dei conta. Mas esse pensamento é só mais uma forma de fugir. Uma desculpa para não ter o que eu quero ter. e o que eu quero ter é simplesmente ser uma pessoa como qualquer outra que eu conheço: capaz de realizar coisas.
Me faltam estratégias ou me falta coragem? Os dois.
Ai que neuroticazinha chata que eu sou!


►No meio dessa bagunça toda deve ter umas coisas cabulosas apodrecendo no fundo.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

É tipo....

Um dia publicaremos um livro de metáforas. Vai se chamar “É Tipo...”.
Como sempre, eu me empolgo com as idéias que tenho e ouço. É tipo... uma explosão em cogumelo.
Aí chega um dia em que outras idéias me ocorrem... é tipo um grito no meio de uma aula que te tira dali e depois não tem mais volta e a aula está perdida.
Hoje eu acordei sem pressa, continuo aqui sem pressa, acho que ainda vou tomar um bom banho sem pressa antes de sair de casa sem pressa. Mas agora grita em minha mente a necessidade de pegar o estágio e fazer ele andar pra frente de novo. Eu perdi o fio da meada e tudo desandou. É tipo a sua tia quando percebe lá pro final do cachecol que deixou uma malha solta na quinta carreira e vai ter que desmanchar e fazer todo de novo.
No semestre que vem vou tentar fazer diferente. Pelo jeito o emprego não vou largar, né... agora que não se sabe se vou continuar com a bolsa ou se já era. Quero então pegar o mínimo de matérias que eu posso e pegar dois estágios (continuar no de neuropsicologia e pegar o estágio da Linx de gestalt-terapia). Mais uma vez, vai ser puxado. Mas acho que não tanto quanto foi esse. E estarei fazendo coisas interessantes. E não teremos tantos feriados em segundas no semestre que vem, e não teremos evento para submeter pôster nem nada, e, bem, ia dizer uma coisa, mas isso eu já deixei de ter há seis meses... só não estava a fim de encarar.
Acho que eu preciso de férias! Principalmente férias de dinheiro... não consigo lidar com ele. Um super sintoma que passa de geração em geração na minha família, aparentemente.
Aaaahh... cansei! Posso largar tudo agora e fingir que o semestre já acabou mesmo?




►É tipo quando você escolheu um sapato não muito confortável e seu pé está te matando antes do meio dia.

sábado, 17 de outubro de 2009

Nada de poesia.

É nessas horas que eu digo o quão enrolada até o pescoço estou, e como a sorte sempre tende a passar a mão na minha cabeça, me tornando assim essa pessoa irresponsável que sou.
Eu podia até ficar horas discursando sobre os mais recentes conflitos em matéria de relacionamentos interpessoais. Podia reclamar do fato de que meu curso passa e eu cada vez menos sei o que fazer dele. Outro tema bem batido é o que me fez abrir o meu blog há poucos minutos: a nostalgia.
Mas agora me vejo confabulando sobre essas coisas que acabei de citar, e não apenas isso. Sabe como é o cérebro humano em seu modelo conexionista, não? É tudo uma rede semântica muito auspiciosa para a associação livre (see what I’m talking about?).
Não não... agora mesmo estava me perguntando por que alguns tipos de tecido têm um cheiro tão característico quando se guarda eles por meses sem tirar do armário... ou por que o sorriso simplesmente vem quando os olhos repousam em certas coisas.
Mas não adianta. Não adianta tentar escrever sobre a poesia das coisas simples da vida. Essa não sou eu. Pelo menos não sou eu agora.
Tem um eco na minha cabeça. Hoje ele resolveu trazer de volta coisas nas quais não penso muito freqüentemente. Deve ter sido eu, aliviada por saber que minha apresentação no evento não será mais na segunda, e sim na quarta, tentando adiar mais ainda essa responsabilidade. Enfim, descobri que não lembro mais de algumas coisas que sei que aconteceram. É como aquela frustraçãoinha que se tem quando as memórias de infância param de vir em primeira pessoa e passam a vir em terceira: eu sei que vivi, eu só não lembro que vivi... é como se não tivesse vivido. Mas enfim, estou viajando aqui. O que ficou marcado mesmo é que ainda guardo as fotos mentais que tirei por aí. Se bem que já faz alguns anos que não tiro nenhuma.
Tenho essa sensação estranha de que tenho me deixado levar pelo vão da vida, sabe? Como se eu tivesse perdido alguma coisa lá atrás naqueles gramados e bancos e ônibus e ruas e quartos e festas entre adolescentes nerds e encontros em shoppings para discutir desenhos animados e músicas em uma língua que eu decorava mas nunca entendi. Falando assim, parece idiotice. Mas eu me sinto tão diferente que às vezes, vai que eu me esqueci de ser alguma coisa que eu prezava muito na época.
Na verdade isso tudo é um movimento de regressão. É o medo por não ter um objetivo. Eu nem nunca fui muito de precisar de objetivos para sentir segurança antes da faculdade e tudo mais. Mas bem, faculdade faz isso com as pessoas. Pelo menos me mostrou que, bem, minha vida não vai ter um ponto de chegada se eu não der a partida... e dar a partida para mim significou simplesmente mergulhar cada vez mais nessas fugas. Trabalho, pesquisa, evento, estágio, psicologia cognitiva, neuropsicologia, psicanálise, psicanálise lacaniana, gestalt terapia, fenomenologia, filosofia grega, gastronomia, terapia, cachorros, roupas, dinheiro, planos de viagem, amigos sim, amigos não, reclamação, reclamação, reclamação... posso ainda ser sorridente, infantil, alegre, tímida, boba, submissa... como sempre fui (e dizer algumas dessas coisas sobre mim mesma na verdade quase dói fisicamente). Mas agora o núcleo de quem eu sou é a preocupação. Me preocupo até em me preocupar demais. Acho que é ansiedade também... o que for. The thing is... eu não gosto tanto assim dessa pessoa que eu sou agora. Já tive melhores!
Sabe... você cansa de suspirar. Meio que sobrecarrega o pulmão, o cérebro, o coração e todo o seu sistema imunológico. Suspirar é na verdade a causa do meu cansaço, e não só um indício de que ele existe.
E é por isso que eu não escrevo. Nada bonito, nada bem planejado, nada que outros irão ler e achar enigmático ou pensar que eu sou intelectual ou culta ou qualquer bobagem dessas. Nada de poesia... Como diria a Phoebe, eu não consigo encontrar nenhuma palavra que rime com aaahhaahAAAHAAAAAAAAHAAAAAAAAAA!


►Sabe a sensação do salgado demais...?

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Home sick.

Passou-se um longo dia. Sem faculdade, sem terapia, sem trabalho, sem estudos. Assassinei tudo por causa da gripe e acabei hanging out no Central Perk com os Friends... Claro que não sem dedicar as ultimas horas desesperadas do dia para colocar alguma coisa no ar naquele PPBLab.

Eu ia... Mas não fui.
E assim nada vai. Tudo fica ou volta.
E eu continuo enquanto nada continua. E todos se cansam, e eu tenho essa beleza de tolerância infinita.
E tudo passa e eu espero.
E eu finjo, o que é mais importante. Porque onde é que eu estaria se não fugisse? Num lugar bem melhor, eu garanto.
Ou quem sabe não.
Mas como ele me disse, e era verdade, assim eu ainda não sou nem faço, nem nada.
Não me admira essa gripe.
Não me admira o silêncio.
E como era de se esperar, a responsabilidade é minha. Nada vai pra frente se eu não empurrar. Newton queria nos dizer alguma coisa com a lei da inércia, não?
E eu ia dizer. Mas não disse.
Hoje eles literalmente comeram uma lágrima minha.
E eu percebi o que ele disse. Que eu ia acabar sendo falsa. Acho que já sou. Finjo amar incondicionalmente enquanto acumulo rancor silenciado.
Isso não pode acabar bem...
Coff coff coff... sniff.
Ai que dorzinha na minha existência!


►Sem falar nas costas, nos músculos da coxa, na cabeça e na garganta!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Explosivo

O que a gente faz quando fica cansado de alguma atividade? Bem, acho que paramos de fazer o que quer que esteja nos cansando e partimos para outra. Porém, um dos maiores problemas da humanidade particular que habita a minha mente é uma coisa que eu chamo de “nhhhhiaaaaAAAaaaAAAAaAaaAaaAAaa” (bonito nome, eu diria). Cansar de tudo, absolutamente. Até daquela coisa que deveria estar me ajudando a lidar com esse cansaço de tudo. Porque eu não quero mais pensar em futuro, nem em passado, nem em trabalhos, nem em estágio, nem em pôsteres, nem em revisão pra prova dos meninos, nem em dinheiro para pagar meu irmão, nem nos problemas que ainda tenho (e sempre vou ter) com a minha mãe, nem no equivalente ao item anterior para a minha irmã... Repare que no ultimo post baboseei sobre um sonho que tive com minha mãe e minha irmã... sugestivo?
É por isso mesmo que compro roupas novas, DVDs de filmes bonitinhos, escuto aquela sagrada música da Lauryn Hill: Ex-Factor (puta que pariu!). Takes my mind off things...
Tivemos uma daquelas boas conversas de irmão pra irmão (literalmente), e acho que foi a única coisa que realmente gostei nesse fim de semana. Sem ofensa a qualquer pessoa que tenha dividido momentos comigo durante esse fim de semana. Eu apenas não estava completamente lá com vocês.
Amanhã, primeira coisa que vou fazer é tomar vergonha na cara e levantar da cama, tomar um banho e me chutar para fora dessa casa às sete da manhã! Cansei desse negocio de acordar tarde porque fico reativando o soneca... que coisa de frouxo!
Depois vou fazer uma ultimate agenda! Aquela que vou seguir com obsessão. Até semana que vem, coisas estarão prontas e definidas e fodas quem tiver uma opinião contrária sem ter oferecida a devida assistência naquilo em que não era mais que uma obrigação oferecer!
A última coisa em que vou pensar essa semana é no estágio, já que a perspectiva está mais longe agora.
Finalmente a matéria da Andréia começou e agora tem mais uma preocupação de urgência. Mas eu me viro com isso depois que resolver os pôsteres.
E nessa semana eu ME PROIBO de perder com improdutividade.
Mas antes de tudo, é de extrema urgência que eu recarregue o meu mp3 para que eu sobreviva a isso tudo ainda com alguma sanidade.
Agora, falando de boa... não estou nem um pouco a fim de ir amanhã na terapia... acontece né?






►”cuz no one loves you more then me... and no one ever will.”

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Ontem?...

Ai que preguiça quando eu faço esse tipo de coisa. É certo que reclamar é uma espécie de satisfação masoquista de desejos muito escondidinhos lá nas masmorras da minha mente. Mas não sei como ainda não aprendi que eu me sinto tão melhor quando me sinto útil e eficiente.
Essa noite eu sonhei que a minha mãe e aminha irmã tinham morrido no mesmo dia em acidentes de carro diferentes. Minha mãe tinha sido atropelada duas vezes (e morrido na segunda) e a minha irmã estava num carro que bateu ou capotou muito feio. Então eu comecei a encarar a minha vida diferente, como ela teria de ser uma vez que as duas não estivessem por perto. Eu já estava pensando em como pararia de estudar e trabalhar para poder cuidar bem dos meus avós e estava pirando sem saber como tocar a construção da nova casa onde eles vão morar. Então caiu a ficha de que elas tinham morrido e que não apareceriam mais. Nessa hora eu acordei chorando com a luz do sol na minha cara. Desde então o meu dia foi um pouco bizarro. Fiquei pensando no que poderia significar o sonho, mas larguei isso para lá quando cheguei na faculdade. Mais uma vez a professora não foi, só que finalmente foi por motivo de saúde e acho que ela foi aproveitar a vida. E eu, naquela preocupação com todas as coisas que precisam ser feitas por mim, apenas repassei na minha mente varias vezes a frase “não era para você estar aqui na cantina não fazendo nada!”. Fui almoçar, voltei para a fafich, os meninos estavam alegres e falantes como sempre à minha volta, mas eu sentia crescer cada vez mais uma pressão no peito, como se respirar ficasse pesado e dolorido. Humberto traduziu o sentimento em angústia. Fomos então corrigir testes e eu me tranqüilizei uns 5%. Mas ainda havia uma sombra por trás do meu rosto, ou uma espécie de véu turvo entre mim e o mundo. Não consegui botar em palavras o real problema. Até agora não sei bem qual foi o real problema, mas será que teve alguma coisa a ver com esse sonho? Foi a conta do Humberto e o Lafa saírem do laboratório e eu comecei a chorar. Não escandalosamente ou histericamente como faço às vezes, mas o familiar nó na garganta veio fazer uma visitinha. Por fim fui para a cantina e encontrei Flor e Jonas lá matando tempo. Acabei contando para ela sobre um pensamento intrusivo que me estava incomodando: o PPBLab. E a reação dela foi tão pateticamente tranqüila que eu me senti uma idiota. Afinal, por que ficar preocupada por não saber de uma coisa e não apenas ir lá ficar sabendo? Nessa hora me lembrei do gato doSchrödinger e a brilhante conclusão do Tomaz: se você não sabe de uma coisa, você não sabe de uma coisa. Então decidi que eu preciso ir até a caixa, abri-la e ver se o gato está vivo ou não.
Depois foi trabalho. O lugar onde não preciso pensar. Essas duas horas e meia por dia em que passo no trabalho se tornaram uma espécie de tempo mental livre de problemas, responsabilidades e lembretes. Porque falar inglês é natural e os alunos dão trabalho, mas eu gosto deles. Acho que sirvo mesmo é para dar aula a adolescentes no auge da hiperatividade. Me sinto à vontade lá.
Por fim liguei a TV, me esquecendo da angustia, do véu turvo, da boate, dos artigos que ainda preciso ler para amanhã, e fiquei assistindo aquele filminho de puro entretenimento e nenhum conteúdo de verdade: Quebrando a Banca (nome horrível, mas tradução de titulo de filme tem que ser ruim ou não é o que se propõe a ser).
É... esse foi um dia sombrio. Espero que amanhã, algumas coisas fiquem mais iluminadas.
E eu diria mais... eu diria que é por isso mesmo que estou indo dormir!



►Bye...

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Hoje, dia 30 de setembro...

Feliz aniversário para aqueles que o fazem.

Algum dia na vida, vou reparar que minha memória de gravador está começando a falhar e aí, quem sabe, eu perca uma parte de mim. Acho muito estranho ver como a minha avó já não é nada do que eu me lembro dela. Me pergunto sobre o que ela pensa quando fica parara olhando para o nada.

E aqui estou eu defendendo o peixe de meu mestre e sua pesquisa em Memória Autobiográfica. Pois é, meu mestre. Aquele que se vai para nunca mais. Por alguns dias eu tive raiva, preguiça ou sei lá o que dele... na verdade passei pelos estágios: primeiro não acreditei que ele iria. Depois, quando as evidencias ficaram claras demais, fui obrigada a entrar em desespero. Mais tarde vi que o desespero não me levava a lugar algum e então comecei a prestar atenção nas rachaduras da situação toda. Foi quando eu senti raiva. Mas agora só tenho saudade do que poderia ter sido um futuro. E saudade principalmente daquele pontinho de luz dentro de mim que me dizia que eu estava no caminho certo e me impulsionava para frente.

Agora tudo está diferente. Não tem mais certeza nenhuma pairando na minha aura. Acho mesmo que na minha aura ultimamente só rola preocupação e hipocrisia... mas tudo bem (ou está tudo bem enquanto eu ainda tiver mais que uma semana de prazo).

Vou mesmo é tirar um dia para zerar a minha lista de espera. É claro que isso não vai me dar paz ou mais horas de sono, mas se não for assim, como será que seria o ser?

Agora, outra imagem me vem à mente. E eu me pergunto como é possível eu estar tranqüila com o despovoamento atual do meu, digamos, emocional. Depois de muito tempo de sofrimento que rendeu uma grande amizade; uma já amizade que poderia render alguma coisa, mas não rendeu; e de uma amizade de amizades que acabou não rendendo nada por causa de uma outra amizade... agora eu estou, desde aquele churrasquinho duvidoso, desligada disso.

Quanto aos desafios da reconstrução de mim – pois é, o novo projeto que visa uma nova eu pelo qual eu inclusive vou mudar de nome – não me iludo em pensar que não mais o que fazer, mas me acomodei por alguns dias no que já fui capaz e, bem, não consigo estar preocupada com isso agora.

Acho que estou naquele nível ótimo de energia que fico buscando sempre. Nem muito eufórica, nem muito apática. Apenas aqui.

Minha única preocupação é o PPBLab (Laboratório Virtual de Ensino em Processos Psicológicos Básicos) – a coisa que eu criei e recebi dinheiro para criar, mas perdi o dinheiro por burrice, mas essa já é outra estória.

Bem, falando nessa estória, veja bem: eu, que trabalho no Greenwich e não ganho lá grandes coisas, consegui uma bolsa acadêmica. Yey! Até aí tudo bem. Eu iria guardar todo o dinheiro da bolsa para ultrapassar as fronteiras disso que chamamos de nosso país (de preferência atravessando algum oceano para isso). Mas eis que eu bato o carro, levo multas, furo um pneu, estaciono em carga e descarga e o carro é rebocado, mais multas... é impressão minha ou esse carro que é praticamente a solução da minha vida, está meio que empacando a mesma? Agora não tenho mais dinheiro. O pouco que eu tenho na verdade serve para pagar dívidas. E bai bai travessia de fronteiras...

Pfff...

E, infelizmente (ou não tão “in” assim), agora preciso sair de casa, pegar um engarrafamento rotineiro e assistir a aula da Linx e alimentar mais ainda as minhas duvidas sobre o meu futuro profissional... divertido não?

►Engraçado a variedade de relações estabelecidas com os vários aniversariantes de hoje. Mas é só para refletir mesmo...

domingo, 27 de setembro de 2009

Cansacinho de malandro...

Quer um filme para chorar? Assista My Sister’s Keeper (Uma Prova de Amor, em português – tradução porca). Chorei dos primeiros dez minutos de filme até o fim. Fiquei um pouco anestesiada depois disso e ainda não entrei novamente na minha própria realidade.

Preciso preparar os testes que vou aplicar amanhã, mas estou em um daqueles momentos em que não consigo me concentrar. Ultimamente tenho trabalhado menos do que sei que tenho capacidade para, mas mesmo assim o meu tempo não sobra. Acho que tenho é ficado tempo demais dormindo (o cansaço dessa correria me faz precisar dormir mais do que eu posso e, então, não consigo mais levantar na hora em que meu despertador toca). Também tenho ficado tempo demais sentada na cantina, conversando e descobrindo como fiquei popular. Fazendo aquilo que o Humbert não tem feito (interessante notar que ele agora entrega o serviço desumano que demandam dele).

Estou com muita raiva no momento por não ter conseguido ingressos para o Improvável. Minha raiva aumenta quando me lembro de que o Viegas está lá, assistindo ao Improvável e não teve a decência de comprar ingressos para mim! Vou ficar de cara feia para ele por mais algumas semanas.

Abriu um buraco em mim... só porque estou parada, não vou mais me mover. Não quero me mover, não quero assistir ao DVD que está na minha bolsa... não quero mais transcrever o questionário de trauma infantil... não quero mais aplicar o Stroop, não quero mais ouvir a palavra WISC na minha vida.

Minha reação em territórios desconhecidos me incomoda. Eu queria ser mais despirocada às vezes. Mas é para isso mesmo que serve a cerveja e a vodka, não é mesmo? Estou precisando diversificar as companhias.

E acho que finalmente, desde a oitava série, eu ceguei a um grau de maturidade para lidar com a questão da diversidade sexual. Claro que eu ainda não sou uma autoridade para lidar com isso, longe de mim. Essa minha visão de ultimamente até me faz criticar amargamente as próprias autoridades no assunto. Eu digo que agora eu cheguei a um ponto ótimo que não envolve adoração ou aversão (pois qualquer um dos extremos é doentio).

É... preciso atualizar o quadro de horários dessa semana. E dessa vez, nada de perder tempo com vida social!



►Fffffff, pfffffff...

sábado, 26 de setembro de 2009

Dispenso

Dispenso contato visual. Dispenso conversas sem propósito. Aliás, dispenso qualquer coisa sem propósito. Dispenso nomes. Dispenso ser nomeada também. Dispenso tecnologia e dispenso horas de sono. Dispenso principalmente a obsessão.
Não sei se é por saudade do Fefs, se é por falta de perspectiva afetiva, por poucas horas de sono essa noite, por estar indo trabalhar num sábado às oito da manhã, por estar passando mal ou por não conseguir ser autêntica com ninguém... mas hoje é um daqueles dias atípicos em que eu finalmente falo que não estou animada para nada (geralmente eu demoro a soltar essas palavras nessa configuração tão específica).
Pelo menos ganhei perspectivas na faculdade. O problema é esse, inclusive, que me faz voltar a ter angustias quanto a ela, já que quando finalmente defino meu caminho, me aparece mais uma bifurcação tentadora. O drama agora é que descobri que a psicologia cognitiva que eu amo, mas até então só havia encontrado em pesquisa, tem uma aplicabilidade linda e que DÁ DINHEIRO! É o que eu faço no meu estágio: avaliação neuropsicológica de pacientes psiquiátricos no Hospital das Clínicas (chique né? Eu até trabalho de jaleco e me chamam de Doutora). Só que eu tinha que me apaixonar pela Claudia Linx e o seu estágio de clínica existencial fenomenológica né? Como agora eu concilio duas coisas incompatíveis e ainda faço elas bem?
Dispenso dilemas...
Dispensaria ir para o trabalho agora, mas não dispenso o dinheiro (outro grande drama meu)!
E é nessas horas que eu paro de ligar. É tanta coisa pra pensar que tudo que eu consigo fazer é listar elas e não fazer mais nada.
Apresentação do projeto da minha bolsa na semana de graduação, apresentação da pesquisa de linguagem na semana de iniciação científica, preparação dos respectivos pôsteres, corrigir atividades das minhas três turmas, ir trabalhar, corrigir testes do estágio, estudar testes do estágio, fazer revisão bibliográfica sobre TOC, publicar para ter mais chances no mestrado, ler os textos de psicologia hospitalar, ler os textos de fenomenológica, ler os textos de TTP-I, corrigir WISC, pagar dívidas, não gastar mais nada, ir no aniversário da Bella, ir no encontro das NBs hoje, levar os cães para tomar banho e vacinas, upar o conteúdo do laboratório virtual de PPB (que eu criei como projeto da minha bolsa e agora tenho que manter vivo), preencher o meu Lattes que até hoje está vazio, ir numa nutricionista, ir na terapia, assistir o meu dever de casa da terapia... lidar com a terapia...
Tudo que eu quero mesmo fazer agora é sentar para ler o meu Entrevista com o Vampiro que eu comprei essa semana!
É... dispenso isso tudo agora.



►Dispenso comentários

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Coming next: Superman and the father of Psychoanalysis!

Well, I can like vanish for some days – ok, months – but I’m still alive and, most importantly, finding things to be concerned about! What can I say, that’s just me.
Quick update… therapy is going painfully well, I guess. Family is like always, but with a bit of bitter-sweet on it. Work is still both exiting and exhausting at the same time. Life has, once again, changed completely and yet my every day is still almost the same. Feelings have never been more confusing and conflicting. Movies have never been more touching (well, some of them). My house has never seen more dog excrement than now that Nietzsche, the Superman, and Freud, the father of psychoanalysis, have joined us (don’t be scared, it’s just the names that we, intellectual folks, gave to our new dogs: Nietzsche, the mongrel that was promised to be an authentic Griffon dog, but bought for no more than 60 reals, and Freud, the chow chow who is not so fond of human heat and baby talk, but surely does like to have a byte of all there is to be ruined in the house).
Life is, like always, and anguish and an excitement.
This semester, I think, is going to be really tough. Not only because of my job, but because of the several subjects I enrolled myself in and my internship at the hospital and my scholarship yet to be completed (or, if you will, restarted from scratch), and the dogs and the house construction here beside my house so my grandparents will live next to us, then there’s my grandparents, and all the money I still have to save so I’m able to travel (which is no longer happening this year, unfortunately, since I did myself the favor of crashing my car and having to pay for it, for my car isn’t, how should I say… secured).
Anyway… these last days I guess I’m just very grateful for the swine flu, which gave me one more week of vacation, very excited about this graduation party (Pedro’s) that I’m going tomorrow and kind of with a bad headache for watching Whose Line Is It Anyway and Friends the whole day. Think it’s time for some sleep, right?



►Praise my unique writing skills! Yeah… as if!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Sundae, bluddy sundae!

Music is back. It comes with water sometimes. Right now, I can feel some kind of pointed edge and bright colors mixing like fluid in the air. Than it changes to something dry… like jumping on sand. Like screaming in silence. Suddenly my body is no longer still. I feel the flow inside my chest, like eating something hot and with a soft taste of salt and… cream, some kind of.
As the songs change, my mind gets carried on. I missed the feeling.
Meanwhile, my paper is incomplete here and I am listening to the songs with closed eyes. How irresponsible am I?

Today I feel a little twisted. My therapy is getting on my nerves… maybe because I keep doing the same old crap over and over again. But I guess that’s the most human part of me (or maybe not).
The semester is almost over now. Just one more paper to go (this one that I should be doing now), and things at work are heading to the end also. The responsibilities ease a little bit, but I’m still with a lot in my mind to worry about. Well, that’s me, right?
Just heard (or read) some irritating news. But, like always, I’m gonna have to chose here. I even think that the choice is already made.
Still having to live with uncomfortable thoughts and wishes. Whatever.
What matters right now is just the song playing. Seriously, do watch Elizabethtown if you haven’t yet!



►Little noises are the most disturbing ones!

sábado, 27 de junho de 2009

Burrices

Tudo para não ter que começar o que deve ser feito. Deve ser esse o lema de tudo no mundo.
A vida continua sempre graciosamente idêntica ao de sempre. Às vezes até parece que uma coisinha pode mudar completamente o curso das coisas, mas os pequenos cursos trocados e bifurcações só servem para nos distrair do fato de que vista de longe, a vida é um trilho circular de trenzinho Fisher Price. Que metáfora mais interessante...
Hoje eu me sinto uma garota polilingue, com algum conhecimento (o suficiente para se ter consciência de que ele não é suficiente), com algum estilo, com muito bom gosto, sem muitas estruturas para guiar qualquer coisa... cheia de incômodos e feita basicamente de expressões faciais. Acho que estou para sempre destinada a pegar só no tranco. Acho que eu escrevo muito sobre música e os seus efeitos em mim. Eu acho que se eu sou especialista em alguma coisa, essa coisa é fugir. Mas também acho que eu tenho todo aquele potencial que ele me disse que eu tenho. Mas calmaria? Não existe.
Outro dia eu parei para pensar no que estou fazendo. E caiu a ficha de que eu já tenho uma profissão, como dizem por aí. Legal foi descobrir a novidade óbvia: eu ADORO ser professora. Uma das maiores surpresas da minha existência. Mas eu ainda sei bem que de longe, é tudo só um trenzinho circulando.
Bem, é hora da vergonha na cara né? Que tal encarar o trabalho e junto com ele a possibilidade de que você não saiba bulhufas do que está falando e que o trabalho fique uma bosta e que eu me envergonhe na frente dos meus colegas de grupo que parecem ser tão mais inteligentes que eu. Pelo menos não vai ser a primeira ou ultima vez na vida que eu vou me arriscar nesse campo.
Na é que eu sou burra... é só que eu sou preguiçosa (lema para a minha vida!)



►suspiro... isso é falta do que falar.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Pedestais quebrados

Ninguém é santo aqui. Semana passada marcou bem esse curso. Um mar de hipocrisias e gente mesquinha. Acho que estou questionando de uma vez tudo que eu construí sobre a minha formação em três anos. Não é pouca coisa.
Eu tenho chorado por perdas... ele me disse para aproveitar e curtir o meu luto, mas que eu vou ter que arregaçar as mangas depois. Parece que o mundo ficou frio e seco. Nada mais é mágico, nada mais tem cara de resposta. E eu tenho que endurecer.
Só ainda não sei evitar de me afetar além da conta. O mundo suga a minha energia com uma facilidade que só vendo. Mas eu ainda estou segurando as pontas. É só o que eu faço.
Vou aprender é a pegar o problema inteiro e sustentar e desmontar. Ter coragem para ser livre não das coisas, mas para as coisas. Ter coragem de ser eu mesma. Um pouquinho de orgulho também não me faria mal.
Fugir nunca vai me ajudar em nada. Sabe aquele momento antes da decisão final, quando você sabe que dali não passa e que esse é o fim... aquele momento prolongado com segundos que passam em horas e você respira fundo para juntar a coragem de abrir a boca ou se mover. Estou nesse momento da minha vida. Respirando fundo antes de pular do penhasco.



►Lembrete para mim: eu sou eu e ela é ela.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Bifurcações

Continuar trabalhando pouco por pouco dinheiro ou ir trabalhar demais por muito dinheiro? Tenho medo de não dar conta do método do Brasas, nem da rotina obviamente mais exigente que eu estou acostumada. Mas Eu quero dinheiro mais rápido para poder viajar no fim desse ano. Acho que já decidi tentar ir para o Brasas, mas tenho uma impressão de que vou me arrepender e me agradecer (paradoxalmente) por isso mais tarde.
Parar de procurar outra orientação em psicologia cognitiva, interromper um caminho iniciado para ir buscar outros interesses ou me virar e continuar me matando de tarefas? Não sei o que vai acontecer com a minha bolsa agora que já tenho quase certeza absoluta que meu orientador vai voltar para o Sul. Ele só não fez ainda o anuncio oficial, mas é óbvio que aqui ele não vai continuar. Eu ainda tenho o meu currículo Lattes para atualizar. Não sei se encontro aqui no departamento outro orientador para continuar seguindo essa linha cognitiva. Quem sabe o Leandro ou o Cristiano. Mas, de repente, nasceu esse interesse avassalador (como foi o interesse pela cognitiva há um ano) pela psicologia existencial. E agora parece que terei chances para me aprofundar nisso. Será que consigo levar a cognitiva, a existencial, o trabalho exigente e todo o resto tudo junto?
Me engajar de verdade ou continuar experimentando? Me aprofundar nas coisas implica necessariamente deixar de lado um leque de outras possibilidades que eu queria ter tempo para poder me dedicar.
Me desesperar ou apenas não me afetar de forma alguma? Essa terapia está me deixando toda confusa. Acho que essa é a filosofia da coisa, por pelo menos algum tempo. Mas Estar confusa não é uma coisa muito promissora nessa época da minha vida. Se bem que, o que melhor do que confusão e caos total no inicio da adultice? O básico é que descobri que tenho a vida inteira usado as palavras erradas para as coisas erradas. Eu estive introjetando, ou sendo introjetada. Ah... é um longo caminho esse que estou começando a enfrentar... Tomara que eu pelo menos chegue em algum lugar com tudo isso.
Ir ou não à aula de desenho na belas que tenho matado demais? Pois é, adoro desenhar e fiquei meio assustada e, bem, não sei qual a palavra, por ter ficado um ano inteiro sem tempo ou criatividade para desenhar direito. Então comecei a fazer a matéria na Belas. Só que de repente, desenhar virou uma obrigação cobrada semanalmente. Com essa falta de energia sobrando que eu estou nela e a minha mais nova impaciência acumulada, fico cada semana menos a fim de ir. Acabou que hoje, decidida a ir apenas por vergonha de estar matando demais, cheguei à conclusão de que eu não preciso ter vergonha ou receio algum de matar a aula. As coisas podem me decepcionar de vez em quando sem que o mundo tenha que se despedaçar... acho que só estou um pouco impactada de descobrir que, quem sabe, eu não iria gostar tanto assim de cursar Belas Artes... pelo menos não nesse momento da minha vida. Vou deixar essa questão em stand by. Tem tanta coisa acontecendo na psicologia que eu devo sair daqui uma quimera. Se bem que semana passada, tomando um Carbenet Sauvignon com a Fê e o Igorinho, voltei a sentir uma pancada do meu desejo de fazer gastronomia e ter o meu próprio restaurante. Parece que agora a Fê vai ser minha sócia. Não podia ser melhor!
Eu fico ou não com aquela blusa vermelha que comprei para dar de presente para mim e procuro um outro presente? É que é aniversário da minha irmã, e eu comprei uma blusa vermelha linda por não ter encontrado o presente que eu queria comprar inicialmente. Mas e se eu procurasse em outro lugar? Eu realmente quero muito aquela blusa vermelha!

Estive o dia todo passeando por esses dilemas esquizofrênicos da minha cabeça perturbada. O peso que eu sentia na semana passada sumiu por alguns dias e virou outra coisa diferente depois. Não sei definir muito bem o que tenho sentido. Sei que hoje já gastei minha cota semanal de lágrimas (dia de terapia é assim né...) e que parece que estou pensando nos meus problemas de uma forma mais clara. Pelo menos consigo fazer planos amedrontadores... mas são planos!

Ah, agora é hora de contar meu último sonho estranho. Não lembro muito bem de tudo, lembro bem é de uma cena grotesca que, por favor, não leia se você corre o risco de ficar enjoado ou coisa do tipo... eu mesma estive, mas me dessensibilizei com o passar das horas do dia.
Pois bem, a cena é a seguinte: tinha uma espinha na minha testa (já começa bem, hein). Na verdade era um cravo, eu acho. Daí eu fui espremer e aí pulou para fora um vermezinho vivo. Quando eu puxei ele todo, ele era enorme e tinha uma base mais gordinha, tipo uma bunda redonda. Segurei a coisa na minha mão e soltei no chão. Quando eu olhei para o espelho novamente, eu vi que eu tinha puxado a coisa de dentro do meu olho e que agora o meu globo ocular estava torno, meio que afundado no buraco (sabe quando o botão do controle remoto afunda e você fica tentando puxar ele de volta? desse jeito!). Então eu fiz isso. Enfiei o dedo no buraco e puxei o meu olho de volta para o lugar. Foi uma sensação deveras desagradável. E é isso que eu lembro desse sonho. Quão bacana foi ele? haha
Vou passar a fazer um inventário de sonhos aqui. Isso deve ser útil em um futuro não tão distante.

Eu caminhei um monte... mas por que ainda tenho a impressão de estar parada? Quem sabe porque eu ainda continuo a mesma pessoa andando sem rumo no meio da areia monocromática. E justo quando escrevo isso, começa a tocar a música mais cutucante possível no meu mp3. Coincidências? Nada! Murphy!
Acho que vou continuar a atribuir as verdades a essas não verdades ou não ciências. Deve ser essa a minha forma de religião e fuga da incerteza. Também é uma justificativa que me mantém andando em círculos dentro de mim mesma... mas esse já outro assunto.


►Even if I lost sanity... whether with or without you...

sábado, 6 de junho de 2009

"It's the same in any language"

Elizabethtown... well, this is a hell of a good movie!
Today was a regular day... I just did regular stuff. And still I feel different from a week ago. Something must have happened, or not... Bu today... today was pretty regular.
Pizza until you can’t breath. Beautiful clothes I had never wore… ideas for presents that may not be so good, but that's the point, I think. Make up to make my face look nice... I actually do think that I'm beautiful, and I'm just being a little (lot) stuck up about this, haha!
Some really good music and I feel like inside another world.
I guess everything might change from now on. Maybe I’ll get myself a haircut, or maybe I’ll just stop waiting until I learn my lesson. Maybe there aren’t any lessons out there to be learnt… I don’t know. For now, it’s enough to be in silence, remember images and sounds I collect and be whatever I’m being right now…
I always though that the world was beautiful beyond the obvious ugliness. Guess it’s possible to feel great when everything seam to melt.
This morning, I remembered what my dream was about. It’s been a while since I last recalled a dream. Well, this one had it’s weirdness, as expected. There was this pool in a house that was part a night club, part some friend’s house, part a TV station, I don’t know. There was a party going on. There were crocodiles and sharks inside the pool, and I was inside it, but kind of in spirit or something. I know this because I remember imagining how it would feel to be chewed by a crocodile, but when it caught me, I didn't feel it, so I guessed I was just there in consciousness, but not in body. Then the scenes repeated themselves and I was outside myself, seeing everything again. And then I was searching for someone to come and do something, something he had done the first time I saw the scene, but now he was taking too long to show up... so I went inside to look for him, but this particular person was recording some TV show… then I left and kind of crushed into some specific other person. This was that interesting and annoying part of the dream. My reaction, that felt like natural but, in reality would be just shameful, to this and the reaction that came back at me. It was kind of a mental picture of how I've been behaving for almost my whole life. Should I do something about this dream? I shall take it to therapy! haha.
I feel more like myself. I feel like there is a future for me, even if it’s not the way I planned it to be. And I feel like I don’t need to have a plan right now. Can I just follow the song?



►Music comes and goes… but never loses it’s magic.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Bom dia...

Tinha me esquecido de como é bom me sentir leve assim. Como se nada fosse tão poderoso a ponto de conseguir estragar meu humor. E se bem que o dia tentou me derrubar, mas eu sobrevivi até o fim. Estava com saudades de me sentir satisfeita com a existência.
Descobri uma nova paixão, descobri que eu tenho potencial para sobreviver à minha próxima e eminente grande perda, descobri que eu sou uma bobona preconceituosa, mas que ainda consigo me deixar enxergar a beleza das coisas, descobri que eu ainda consigo sentir a simplicidade de respirar fundo e pensar que o futuro virá... descobri que te amo demais...!
Até parece que me apaixonei. Que nada. Só tive a chance de liberar, de uma vez só, um monte de tensão acumulada e de pensar melhor sobre a forma como eu encaro a minha vida.
Percebi essa nova coisa serelepe em mim hoje, quando estávamos na aula de Estágio Supervisionado I e estávamos apresentando os estágios II (que teremos que escolher a partir do semestre que vem) e eu me interessei por todos. Foi quando eu pensei: “Nossa... a empolgação sagitariana em mim voltou!”... (será que eu tive um período entendido de inferno astral?)
Pensamento nada a ver... eu sei que meu humor varia... e que nessa correria e dificuldade que a minha vida virou é mais que compreensível eu estar mal a maior parte do tempo. Ainda há tantas decisões a serem feitas... mas hoje estou aproveitando ao máximo o gostinho da simplicidade. Estou leve, como não fico já há algum tempo. E, finalmente, vivi o dia por ele mesmo. Um dia de cada vez...
Depois de tanta energia gasta, cheguei em casa exausta. Fui hoje com algumas das minhas pessoas preferidas no mundo a um festival de vinhos. Pude até exercitar as minhas aspirações a enóloga. Conversei horas com uma mocinha muito simpática de São Paulo que estava representando uma casa de vinhos nacional sobre esse mundo paralelo. Fiquei também satisfeita com a minha capacidade de estabelecer relações espontâneas e avulsas com pessoas que nunca vi quando estou de bom humor. Hoje eu me senti uma pessoa legal.
Agora meus pés estão latejando, os olhos estão pesados e eu preciso dormir as horas atrasadas de sono que não pude dormir durante essa semana agitada.
Dúvidas... perguntas... ainda tenho milhares, mas escolho não estar atormentada agora. Quero continuar a flutuar sobre o mundo.



►Boa noite...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Morrem verdades

Que mundo é esse? De repente tudo perdeu o sentido (e não falo apenas de um tudo... até a base do conhecimento do conceito de tudo se abalou). Como se vive sem alguma estrutura? Sem pensar constantemente em dinheiro, no futuro, na minha existência isolada do resto do mundo quando a vida é assim: uma luta solitária pela sobrevivência. Constantemente me procurando nos olhos de um outro, e nunca sentindo nada. Nunca preenchendo o vazio de estar sendo empurrada para essa luta que eu não conhecia, que eu não pedi, que não significa nada para mim. Passando a agir como esperam que eu faça. Mendigando por atenção e sorrisos.
O mundo não que me ver, como não quer se ver e ser visto. Sim, o mundo é um só inteiro, e seria realmente “something” se pudéssemos queimar as notas de dinheiro e olhar nos olhos uns dos outros.
Mas hoje eu me sinto diferente. Me sinto inferior. Sinto inveja daqueles que possuem o que eu não possuo. Posso não invejar carros ou festas e ostentações, mas invejo experiências, conhecimento, caminhos trilhados. Coisas que tornam o outro um outro que não eu.
O meu problema é não saber quem sou eu. Até onde a minha inveja faz parte de quem eu sou. Até onde eu sou e onde eu deixo de ser. como posso eu viver, lutar, saber, fazer sem conhecer um motivo, sem ter a minha razão, sem ser alguém?
Penso no mundo como um amontoado de indivíduos solitários. E penso em mim como um indivíduo que não existe. Eu, sozinha, não sendo ninguém.
Que mundo meu é esse? Que mundo é meu? O que é o mundo?
E onde é que entra a minha conta bancária nisso tudo?



►Foram uma sessão de terapia, um filme e mais algumas horas de pensamento sem direção que fizeram isso comigo.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Linhas paralelas

Não tem importância... é só essa minha forma sem princípios de levar a vida. Quase um nada, como esses fiozinhos de cabelo balançados pelo vento que incomodam o meu nariz.
Acho que eu devia estar me preocupando com alguma coisa. Acabo me preocupando com isso. Eu não devo conseguir viver sem me preocupar.
Como sempre, eu não aproveitei o tempo que salvaria a minha pele. Eu sempre luto pelos resultados faltando minutos para ter que entregar o relatório final. Como agora. Já estou sustentando não muitos, mas todos os prazos esgotados. Eu já devia ter me acostumado com essas viradas infelizes da vida, mas continua sendo péssimo quando descubro que não mudei, que criei novas formas disfarçadas de fazer a mesma coisa que sempre fiz. O fato é que eu não levo até o fim o que começo. Sou uma árvore de possibilidades, e nenhum dos meus galhos se fecha, se define. É como se os galhos continuassem em direção à eternidade em linhas paralelas. E assim eu vejo algumas folhas que vão brotando pelos lados dos galhos, mas nunca vejo o fruto no fim do galho.
Que clichê de metáfora, mas vão bora...
Ultimamente tenho suspirado muito.

Eu me esqueço de me dar algum tempo de presente. De me dar de presente algumas frases de verdade. Algumas relações puras em si. Algumas respostas despretensiosas ao mundo.
Ultimamente tudo que faço é planejar sem cumprir. Só não vejo como planejar e cumprir se eu não tenho planos imediatos e se eu não funciono com reforçamento remoto.

Vou viajar no fim do ano! Para bem longe. Para onde sejam necessárias horas de viagem e seja proibido um telefone. Onde o meu mundo não existe. Para que eu possa deixar para trás por alguns meses tudo. Absolutamente tudo. Assim como eu nunca consegui fazer na minha vida. Vou fazer um work and travel ou, se tudo der certo, vou trabalhar na Disney. Obviamente não sem ir para o Canadá por mais um tempo.
Vou arrumar uma forma (dinheiro, já que todo o meu dinheiro está sendo gasto em terapia ou salvo para a viagem que mencionei acima) de ir no Cirque du Soleil esse ano.
Vou maquinar sobre esse emprego, se vou e para onde vou mudar.
Vou, assim que resolver as questões pendentes das matérias que estou cursando porcamente, resolver as questões pendentes das pesquisas que gosto de dizer por aí que faço.
Depois disso vou me mover. Vou construir alguma coisa concreta, feita de coisas que eu tenho e sei fazer em vez de coisas que terei e saberei. Ou teria e poderia saber...
Vou dançar.
Vou cantar no banheiro.
Vou viver sem banalidades e futilidades. Vou ignorar opiniões sobre mim. Vou solidificar a minha própria opinião sobre mim.
I won't feel sorry... I will feel ready!



►A little wink and I'll be there... but the blues are still blue.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Postura

Moral? E o que é isso mesmo?
Engraçado demais essas ironias cíclicas. E a decepção berra em mim hoje. Esse lugar é podre, eu nem tiraria a razão. Que vergonha para aqueles que não conseguem sentí-la. Eu sinto vergonha por esse mundo.
Mais uma ironia... quem diria esse niilismo saindo da minha boca. Quem diria eu pensar mal daquilo que tem sido minha casa por três anos e meio. Quem diria em algumas horas, tudo trocar de lugar. Quem diria eu sentindo simpatia pelos discursos do professor de Psicologia Transpessoal. E quem diria, eu finalmente senti uma pontinha do que vários por aqui chamam de pressa de formar.
Será que o mundo é tão errado assim, ou mais ainda?
Desilusão.

Isso acima sou eu puta. Nunca tive tanta raiva, eu acho. E nunca estive tão impotente. Paradoxo, eu diria, pois eu nunca fui de querer fazer alguma coisa para mudar a realidade. Eu não sou de me implicar, entende? Mas é justamente no dia em que sinto, pela primeira vez, a necessidade de defender aquilo em que acredito, não posso fazer nada por quem merece.
Eu estava certa quando disse que em um ano tudo pode acontecer. Gostaria que não estivesse tão certa assim.

Escrevi algumas coisas soturnas durante a última aula. Tenho escrito sem objetivos ou razões. Quem sabe só para aliviar a tensão na existência (seja lá onde ela se localize no espaço). Estou triste.
Quem sabe, no momento, o melhor que eu faço é fazer essas coisas que me comprometi a fazer.

Coincidências acontecem. E eu estou lendo "A elegância do ouriço".
Que fique marcado para a minha posterioridade como a garotinha suicida tem um argumento forte. Mas covarde. Acho mesmo é que eu vou em frente. E que dê no que der. Planos para futuros remotos nem fazem tanto sentido mais. Mas eu divido que algum dia eu vá sentir verdadeira segurança sem precisar de muletas. Espero que a terapia me ajude justamente aí!
(som de um suspiro)



► No balanço do dia, ganhei algo de bom: Zeitgeist (assiste, se tens inteligência!).

domingo, 24 de maio de 2009

Medo, Fuga.

Medo. Meu orientador de pesquisa vai embora... e eu precisava conversar sobre isso com alguém que pudesse me dar um apoio emocional. Como sempre, eu preciso de apoio emocional.
Mas ele não é só um orientador de pesquisa... Eu brinco, chamando ele de Papai e não é a toa. Ele virou meu pai da faculdade. Tudo agora o leva como referencia. Eu construí meu futuro como construí por causa dele. Até o dinheiro que pretendo juntar até o fim do ano para viajar para fora desse país de sempre depende do projeto que ele orienta e que, com isso tudo, também está colocado em dúvida. Já estou vendo tudo acontecer... ele veio desmarcar a reunião de amanhã falando sobre como as coisas estão indefinidas. Isso não pode ser bom sinal.
E agora? Eu simplesmente não sei o que vai acontecer. Se vou simplesmente perder a bolsa, se as pesquisas vão parar, se vai ficar mesmo tudo pela metade. Poxa, aquele cara é a coisa mais legal daquela faculdade inteira!
Isso tudo me faz pensar em como durante um ano eu signifiquei tudo da minha vida por causa dessa pessoa que veio do Sul.
Isso tem me incomodado... nem eu sabia o quanto. Mas depois do e-mail desmarcando a próxima reunião, acho que caiu uma ficha e eu entrei em choque. E agora, e agora, e agora?
Perdi o pouco chão que tinha conseguido construir. Perdi as duas coisas boas que me aconteceram durante o ano passado, um dos piores anos que já tive de viver. E, sinceramente, esse ano não começou tão bem... na verdade começou péssimo, e eu ainda na esperança de que ele vá acabar melhorando uma hora. Não é possível que ele fosse pior que o passado. Mas parece que ele está insistente em superar o ano passado.
E, sem mais palavras, só posso respirar fundo e procurar uma coisa qualquer que me faça esquecer. Fuga.



►Vite... hollow... vazio.

sábado, 23 de maio de 2009

Expresso

Vai pra onde mesmo?
Difícil dizer algo meu. Difícil aceitar que nada é tão de mais assim. Eu queria ter um mascote que me mimasse o tempo todo. Mas devo admitir que estar sozinha nesse momento é o que há de mais saudável. Saudável de dolorido. Ter que passar pela secura do crescimento empurrado pelo povo de trás da fila.
São responsabilidades que eu deixo bambas demais. Passo a me achar menor que eu poderia ser. Eu poderia ser grande, poderia já saber. Eu sei que só não cresci tanto porque não sei ainda qual a altura quero ter na vida. E parece que tudo é mais confortável visto daqui de baixo...
Mas um dia eu vou estar lá no alto. Eu só queria sentir paz no meu caminho. Mesmo que ele não seja definido. Queria respirar fundo e realmente sentir o ar entrar e sair. Numa hora dessas, as aulas do Loui não parecem tão babacas... Na verdade, nesse semestre (tirando todas as novelas de departamento que parecem que vão estragar a minha vida, dramaticamente falando) já foram duas surpresas: eu realmente gosto de Psi Existencial e Humanista e começo a pensar que minha carreira clínica vai mesmo é por esse lado em vez da psicanálise; nessa semana assisti uma aula do Loui que eu realmente gostei. Mas eu já sei qual é o segredo aí... quando eu me envolvo de verdade, mesmo que para meter o pau, eu gosto... me sinto alguém na sala de aula e não uma poeirinha que assiste (ou nem isso) ao professor americano tentando pronunciar as palavras corretamente sem sucesso (sem falar na risada esquizofrênica dele).
Queria escrever um pouco sobre a noite de ontem. Saí com meus amigos depois da aula para beber e acabei descobrindo o que já sabia, mas agora explicitado. Eu sou o elemento híbrido entre dois países em guerra. E eu não tomo lados, não compro brigas, e fico calada... como era de se esperar vindo de mim. Bem, tenho o poder de não deixar isso me atrapalhar (demais).
No mais estou atrasada. Acho que vai ficar para um outro dia né... olha só como agora estou evitando o que antes corria atrás como um cachorrinho! Não deixa de ser triste... sinto saudade. Mas tomara que isso resulte em uma eu melhor.




►Comi o caminhão de bombeiros... mas eu queria mesmo era ter perguntado o que aconteceu de tão trágico.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Mais um post sem vida

Então percebi que não tenho tempo pra pensar nessas besteiras... mas que eu queria começar de novo, queria.
Blé... estão todos tentando enfiar minhocas na minha cabeça. E eu deixei pra lá... tenho coisas mais importantes para fritar nesse momento.
O problema é que toda vez que paro pra pensar, não penso em nada.
Estou cansada como nunca, e quanto mais há de obrigação, menos sei definir para que mesmo estou fazendo tudo isso... tenho vivido sem justificativas a longo prazo, e isso desgasta, faz a gente se perder demais. Eu nunca soube muito bem como definir coisas e planos.
Mas pra que essa pressa toda, se eu ainda tenho anos e anos de indefinição pela frente?
Eu acho que eu devia estar fazendo o trabalho de violência e educação... será que eu vou mesmo deixar para fazer isso amanhã cedo e, mais uma vez, avacalhar tudo com os meus planos picaretas? E nem quando eu pego e trabalho de verdade eu consigo acreditar que estou me dedicando o suficiente. É uma compulsão à vagabundagem que eu vou te contar...

Hm... perdi uma chance de começar algo novo. Não faço nada para criar uma nova chance. Racionalizo sobre querer ou não uma chance dessas agora. E fico parada, achando ótimo e péssimo não ter aproveitado aquela chance. É o paradoxo de ser quem eu sou.

Sabe de uma coisa... eu não queria estar apenas sobrevivendo...

E se eu ignorasse tudo? Quer dizer... c não é uma letra tão feia assim...
Droga... ta, eu sei que eu não posso...
Que chatice!

Sabe que eu queria ter estado lá às dez e meia da noite? Queria ver qual seria a reação. Inclusive a minha própria. Com certeza não seria nada agradável. Mas eu sinto falta de como a vida era, de como as cores eram diferentes, de como pequenas coisas significavam demais, de como o tempo passava... de entrar naquele mundo diferente que eu nunca mais visitei. Acho que isso eu queria de volta.

Some fun:


"Pictorial evidence that proves that Martians
don't have antennas on their heads."
www.droodles.com



►As fotos coloridas são de atores da globo... as preto e branco devem ser de figurantes... larara wererererere rere reeee.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Rasgo

E lá se vai o ano passado, escorregando pelos meus dedos. Tudo que ele teve de ruim e do melhor. Tudo que ganhei com ele. Tudo que acho que ganhei com ele. Inclusive eu mesma. Eu sinceramente não precisava dessa minhoca na cabeça. Podia viver bem sem que tocassem nos meus pedestais. Mas tocaram, e agora tento racionalizar e ser quem sabe um pouco parcimoniosa. É difícil, sendo quem eu sou.
Foram vários pensamentos novos hoje de manhã, enquanto dirigia sentindo o vento frio no rosto em direção ao meu enfrentamento semanal comigo mesma. Como ele disse, eu brinco com a psicologia... fico rodeando mas nunca chego na verdadeira questão. E eu poderia dizer que isso se aplica à minha vida.
Hoje eu falei... falei até o tempo exceder, e continuei falando... e queria falar mais. Queria tanto contar sobre como me sinto ofendida de ser deixada para trás, quando me mostram que são mais capazes de move on que eu... quando eu sou a patética abandonada. Queria contar de como me vingo de formas silenciosas, como procuro pequenas satisfações pseudo-sádicas (que acabam sendo por definição apenas masoquistas), sem me importar em atingir alguém, contanto que para mim a sensação de vingança venha. Como depois de sábado tenho sentido um vazio que me pegou de surpresa... como eu queria não ter perdido aquela chancezinha tão breve.. como eu tenho medo de quem eu sou, medo de que eu esteja me deixando perder tudo que tem de bom para se aproveitar. Como eu não pareço chegar perto daquilo que eu realmente quero. Como eu me deixo desejar o impossível com cada vez mais desespero. Como eu não me reconheço em 90% do que diz respeito a mim.
Ficou para a conversa que eu tive comigo mesma no carro.
Por que eu pareço estar funcionando em english mode esses dias? Superexposição, I’d guess...
Enquanto julguei que podia, adiei uma coisa que, pelo jeito, ainda pode esperar um pouco. Para amanha, tenho um trabalho a fazer sobre um filme que vi até a metade e um texto que li até a quarta página de trinta. E com esse cansaço do pagodão (internas comigo mesma nao sao justas, não é?) que eu fui no sábado e o fato de ter dormido essa noite das três da manhã às seis... o melhor que eu faço é ir dormir mais cedo, acordar realmente cedo, ir para a faculdade, assistir o filme, ler o texto e pegar o horário da própria matéria para fazer o trabalho, aparecendo no ultimo minuto apenas para entregar o trabalho vomitado de ultima hora... graduação é uma beleza!
Agora, só mais uma coisa... pra onde vai? Quer dizer... sem o medo de me perder e sem destino programado, como ainda me preocupo com o que me vai acontecer? Só me pergunto hoje se, um dia, vai ser possível reconstruir aquilo que vale a pena ter de volta.



►Umas 100 calorias? 60... 50? Menos??? Se for menos não dá pra acreditar... 40?? A normal?

quarta-feira, 13 de maio de 2009

À noite de um dia comum

Tempo já não há para tanto malabarismo. Mas vou malabarindo. Claro que ignorando algumas coisas, empurrando outras com a barriga, procrastinando o máximo que posso cada deadline. A diferença de agora para o segundo mês desse semestre é que agora eu realmente acredito que eu tenho força para isso.
Mas como sinto falta viu? Nunca pensei que tomaria Che Guevara como modelo de filosofia de vida, mas no momento é totalmente necessário.
Os melhores momentos sãos os que eu não estou aqui. Dormindo ou viajando no meio de palavras impressas... ou ouvindo arranjos musicais anestesiantes. Ou pensando na morte da cabrita que teve esclerose múltipla e perdeu sua função executiva... ou até testando em um experimento mental até onde vai a minha inteligência. Mas é quando estou cara a cara com os números, com os formulários, com os relatórios, com os boletins parciais, com as provas meio corrigidas, com os textos não lidos, com os testes esperando que eu os corrija... minha solução é passar pelo tempo antes que ele passe por mim. E logo logo, já é noite e eu já passei por mais um dia...
Quero fazer, no entanto, uma reclamação formal. Queria poder não dormir. Ta que quando estou dormindo é tudo tão mais fácil. Eu não preciso ser eu enquanto estou dormindo. Mas essa minha necessidade de dormir me rouba tempo. E eu já vejo como estou me tornando uma dessas pessoas estressadas da cidade grande com sintomas estranhos que começa a fumar e tem dores de cabeça constantes. Bem... não se eu puder evitar!
A terapia está assim... me pegando de jeito pelos pés e sacudindo tudo. Ainda não me virou de cabeça para baixo, e eu estou esperando esse momento. Mas não são as coisas óbvias que me balançam quando estou naquela sala olhando para a luz do sol que entra pela persiana e bate na parece atrás dele em listras finas e amarelas... o que me perturba é a vulnerabilidade. Estar transparente para alguém. Ver como ele percebe coisas que eu não quis mostrar. E ter que ouvir coisas do tipo: “você é muito sofisticada, mas às vezes você raciocina muito raso.”. Curto e grosso, direto ao ponto que vai me cutucar. Mas tinha que vir mexer com a minha idealização de ego? Não podia deixar eu me iludir com as minhas fantasias de auto-estima não? Se eu não for inteligente, perspicaz e sarcástica, então o que mais há aí para eu ser na vida? Frágil, passiva, mulherzinha, chorona, esguia, acuada, apavorada, trancada, mole, conformada e um saco de pancadas?
Percebe-se a confusão que eu estou né?
Bem, nada como umas ironias básicas para fechar o dia e me mandar para o mundo do nada. Até quando eu decidir acordar de novo.



►Amnésia anterógrada nao seria uma má idéia hoje.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Implosão

Quando se pensa que o mundo acabou, que já não tem mais como me tirarem o chão, alguém me vem e diz que a forma que usei durante esse tempo como válvula de escape está literalmente matando todos ao meu redor. Quando eu penso que as coisas estão melhorando, vem a resistência.
Agora o jeito é ir empurrando até o nível da loucura.
Acabou de tudo. Eu agora vou viver de faculdade e trabalho. E ponto final.
Será que eu consigo bolar meios alternativos de sair disso? Tem sempre a criatividade privilegiada que a natureza me deu...



►Só não grito porque não quero arcar com as conseqüências de gritar.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

A tela plana me deixou perceber...

Hoje eu estou feliz. Por que? Bem, porque eu tenho o laboratório, porque eu tenho o meu cérebro, porque eu tenho uns bons amigos, porque eu uso amarelo quando me dá na telha, porque fantasias não podem me machucar de verdade, porque tristeza é para gente deprimida, porque a menina que se suicidou hoje me fez pensar em coisas profundas, porque eu estou começando a meta-filosofar sobre a minha terapia, porque os meus caminhos viciosos não precisam ser sempre os mesmos, porque hoje vou dar uma aula bem light lá no Greenwich, porque semana que vem não vou ter aulas, porque acho que vou ter um bom tempo para botar em dia as coisas que estiveram me esganiçando, porque estou a toa no horário de Técnicas Gráficas porque a professora viajou, porque tenho mais uma vez uma obsessão fora dos assuntos acadêmicos e dá-se um jeito no resto, porque eu ainda posso sempre arrumar desculpas mirabolantes para não ter cumprido com responsabilidades, porque me sinto feliz por pessoas, porque me sinto nostálgica desde sábado... será que preciso de mais motivos?
Uma coisa me cutuca... mas essa é a de sempre, a que me desestabilizou já tem um tempo. E bem, continua a me manter na minha já habitual instabilidade emocional. Mas se não dá pra superar, o jeito é lidar com isso a cada dia.
Como já mencionei, hoje de manhã uma menina do prédio da biblioteconomia pulou do quarto andar do prédio e foi encontrada alguns minutos depois, morta no jardim, por uma amiga de sala. Essa notícia me chocou horrores. Comecei a pensar demais em morte. É sempre perigoso me deixar ficar pensando em morte. Mas bem, no final das contas eu estava fazendo humor negro sobre o fato. Coitada da menina... mas aí pensei: por que coitada? Poderia até dizer coitada da amiga ou da família, mas e eu com isso? Sério, sem querer parecer uma vara sem coração, mas já parecendo, eu não tenho obrigação de me sentir mal por ela... o fato é que me senti mal por mim... como eu disse, é meio perigoso me deixar pensar em morte. Eu geralmente vou fundo demais nas viagens, até que me pego questionando coisas básicas demais para me manter em um nível aceitável de sanidade ou interação social.
Outro dia estava aqui na Fafich pensando... em como é tão bom esse clima do lugar, mas em como é uma existência um pouco vazia. Cruzar com amigos no corredor, sentar no laboratório para passar o tempo, voltar à cantina para comprar um salgado, ir a uma aula e fingir que estou super interessada no tema. Não é a toa que estive meio... não sei bem a palavra para descrever... inerte, acho. Acho que é a rotina. Dessa rotina brotaram as duas coisas mais importantes da minha vida atualmente (digo importante no grau de afeto sobre o meu humor). Aquela que sempre me levanta, mas dá um enorme medo de nunca chegar tão alto quanto desejo e aquela que é pura contradição, me faz me sentir radiante e ao mesmo tempo como uma uva passa empoeirada esquecida atrás do sofá da sala.
Que emoção, hein. Por isso me peguei sentindo tanta saudade assim.
Às vezes acho que deixei a minha vida chegar a um ponto sem volta... mas na verdade, qualquer ponto da vida é um ponto sem volta. Eu apenas ainda não aprendi direito como se vive um dia de cada vez.
Afinal, para que tanto peso nas coisas? Meu próximo passo será a leveza. Começando pela felicidade nunca plena que sinto hoje. Mas quem disse que precisa fazer força para sorrir?



►Uma nova era Pato Fu vem vindo aí.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Je suis parti... je suis revenu.

O que será que eles pensam? Queria poder ler uns pensamentos por aí de vez em quando. Mas é divertido imaginar os diálogos mesmo assim... ainda que sem nenhuma certeza de que diálogos desse tipo sequer aconteçam.
Acho que encontrei mais um modelo para os meus dias futuros. Engraçado como em todos os dois falta uma coisa essencial que eu não quero que falte. E engraçado como esse assunto já foi abordado hoje mais cedo. E mais engraçado ainda como é possível sair por aí brincando com ferida exposta e ainda voltar sorrindo pra casa no fim do dia. Mas ah como é bom fantasiar. Esquecer que realidade existe e fingir que já estou lá, lá de onde os meus sorrisos vêm.
Às vezes sinto um frio na barriga. Medo de não ser capaz das coisas. Medo de ser uma mera mortal. Nossa... esse foi um dia intenso!
Quando cheguei em casa, ganhei um perfume. Daqueles cheiros de se inspirar para o sexo, falando sério! Eu super pegava alguém que usasse esse perfume. E agora é meu... meu.... meu.... muahahaha! Meu quarto inteiro ficou impregnado com o cheiro dele. E eu nunca me senti tão confortável com a minha vaidade (no senso comum da palavra) como agora. No outro sentido de vaidade, acho meio difícil algum dia ser confortável, a não ser que eu passe a ler mentes.
Tenho que estudar. Estou sendo enrolada de novo. Mas não é minha culpa. O tempo parece escapar das mãos como um daqueles brinquedinhos irritantes de geléia que escorregam e você NUNCA consegue segurar.
Abraços... e as pessoas que os dão de presente. E algumas imagens... olhares... composição e harmonia de elementos. Ou apenas eu que desenvolvo um carinho e admiração muito visceral pelas pessoas. Pode o que for acontecer, mas sem isso, sem essas pessoas que reviram o eu estômago, minha vida seria sem gosto.



►Um pequeno passo para a humanidade... um enorme passo para mim!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Too much

Eu sinto como se as coisas acontecessem comigo de forma incompleta. Bem, comparado com o que e como acontece com outras pessoas, eu fico sempre sentindo falta de alguma coisa. Nada muito específico. Algo da ordem da essência básica. Da ordem da minha própria experiência da coisa em si.
Por exemplo: a terapia. Não sei. Deve ser impaciência mesmo, mas falta alguma coisa. Quem sabe um motivo de verdade? Quem sabe me sinto assim porque... bem, porque eu busquei a terapia para em algum momento da minha vida, eu fosse livre para falar tudo, a verdade completa, deixar de mostrar só o lado bonitinho de mim e encarar o que sempre fica entalado aqui dentro. Eis que percebi que ando fazendo a mesma coisa na terapia. Onde é que está essa eu completa afinal?
É muita confusão para a minha cabeça. Às vezes sou grande demais e não consigo suportar. Às vezes pequena demais, às vezes densa demais. Às vezes solta demais. Às vezes em pedaços, às vezes sem reflexo. Às vezes comprimida, outras expandindo. E nada disso eu consigo suportar. Então reclamo, choro, tento pedir socorro ao mundo da única forma que sei fazer: mostrando uma mísera parte de mim. Eu nunca estou satisfeita com essas pequenas partes de mim. Tudo porque eu descobri que não suporto mais a minha companhia.
Minhas historias são turvas. Meus relacionamentos de mentira. Meus objetivos invisíveis. Minhas conquistas sempre menores que a do coleguinha ao lado. Até minhas lágrimas parecem não ter motivo suficiente. Minha aparência não é lá essas coisas (por que será que criei esse prazer narcísico quase viciador em me fantasiar... comprar roupas, sapatos, maquiagem, acessórios, coisas de mulherzinha em geral?).
Agora ficou mais claro o que eu quis dizer quando falei que tem eu demais em mim? Estou experienciando uma saturação do que supostamente eu sou. Ao mesmo tempo, não faço a menor idéia do que isso (o que eu sou) quer dizer.
Engraçado mesmo é eu vir ao blog para falar das minhas angustias com relação à terapia. Afinal, quem melhor que eu para filosofar comigo sobre o nonsense que é isso tudo... esse computador, esse cachorro ao meu lado, essas tarefas, esse caderno esperando para ser preenchido, essas pessoas esperando resultados de mim, esses prazos que vão estourando, esse senso de responsabilidade que mata a tranqüilidade a facadas, esse tempo vazio que infelizmente tem que ser ocupado, essas voltas sem destino... essa pessoa que vos fala!
Sintomas fazem sentido! Não sem motivo que agora arrumei uma estória fantasiosa para infurnar a minha mente por alguns sagrados momentos onde posso não ser absolutamente ninguém! (tradução: estou lendo Twilight!)



►Take it, feel it, accept it, enjoy it... then just throw it away…

sábado, 11 de abril de 2009

Chão

Achei uma música. Daquelas que nem são aquilo tudo. Não é pela letra nem pela complexidade instrumental... é uma daquelas músicas que, sei lá por que, chamam a atenção. Acho que é a batida mais a combinação de acordes do baixo. Acho que é isso...
Eu estou gripada! Peguei uma gripe mutante da Raquel ontem. Foi só eu dar oi a ela e de repente estou gripada! Começou com garganta inflamada. Agora já estou com febre, dor no corpo inteiro, mais acentuada na cabeça, aquela pressão incomoda no rosto de quando você tem sinusite, falta de ar, garganta doendo e coçando ao mesmo tempo, dor no pulmão quando respiro muito fundo, dor nos olhos, desconforto em qualquer posição e uma leve contradição com respeito à percepção subjetiva do clima. Parece que estou reclamando? Na verdade, não vou ser hipócrita de falar que é prazeroso estar gripada. Mas é verdade, eu gosto de ficar gripada. Ainda não sei bem por que.
Estou aqui, assistindo Matrix pela milionésima vez enquanto como chocolate e uso meus dotes investigativos para encontrar a tal musica que citei no primeiro parágrafo.
Às vezes, flashs de memória indesejável me atacam. Me fazem lembrar de como eu detesto lembrar das coisas que me fazem lembrar. Mas não é impossível mudar de assunto.
Ontem assisti um filme daqueles de mudar o seu dia (se não um período maior de tempo). Into The Wild. Aquele filme que o Vieguitos dizia para assistir com tanto entusiasmo e, bem, eu estive meio desestimulada com relação a filmes de um tempo pra cá. Mas, enfim, assisti! E gostei! Gostei da frustração do final, gostei da determinação do meio, gostei da criatividade do começo e gostei da solidão da obra como um todo. Tenho pensado em solidão de uma forma menos amarga. Mais como essência.
Dias ruins, épocas ruins na verdade, pois movimento deixou de significar mudança. Criação deixou de significar novidade. Alegria deixou de significar felicidade. Se bem que nunca significou. Estive presa na minha ilha de pensamento. Chegou um dia em que nada era mais seguro ou verdade. E não a minha vida, mas cada um dos meus dias perdeu a estrutura que eu esperava que tivesse. Me pergunto se algum dia já experienciei tal estrutura. Bem, whatever.
Me perguntei o que é isso tudo. De certo não vejo mais razoes transcendentais em nada. Não vejo esperança em ninguém. Ou melhor, em mim mesma... mas isso tudo sem perder a vontade de virar a página. Engraçado eu querer tanto virar a página sem conseguir acreditar que lerei boas noticias na próxima. Pois é, como se chama isso tudo?
Do fundo dos meus pensamentos inúteis... acho que já chega de negatividades pra mim. Hora de sorrir para o livro e virar essa maldita página!



►O que será essa coisa imensa que se aproxima tão rápido? Acho que vou chamar de chão... será que seremos amigos? Oi chão!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Minutos

♥Eu não vou conseguir...

♠Ah, vai sim!

♥Mas, como é que eu vou fazer quando tiver que enfrentar isso de verdade? Não só como exercício mental...?

♠Sinto informar, mas você já sabe a verdade. Você vai ter que fazer aquela coisa complicada que você menos quer fazer na vida.

♥Ah, pára!

♠É sério... mas confia em mim. Você já tomou decisões difíceis antes, você VAI conseguir.

♥Não quero que esse dia chegue...

♠E quem é que quer, meu bem?

♥Ta, eu sei... é só que não posso evitar de pensar em como teria sido melhor se assim não tivesse sido.

♠Pretérito imperfeito não, bem. Agora é hora de outros tempos verbais: presente e futuro do subjuntivo!

♥Eu sei... quando é que vou passar de reatividade para proatividade?

♠Day by Day...

♥Não consigo imaginar a vida mais sem essa parte de mim...

♠Da mesma forma que não conseguia imaginar quando se deparou com aquela outra decisão difícil... Jesus, até parece que não aprende com a vida...

♥Aprendo, eu acho... mas ainda é difícil...

♠Sempre será, bem... sempre será.

♥Então tá... já vi que o jeito vai ser viver um dia de cada vez. Ainda não aprendi isso. Acho que é por isso que estive tão cansada, sobrecarregada, estressada, desesperada... estive tentando viver um semestre inteiro em um dia só!

♠Epifania?

♥Não... sigo me perguntando se consigo mudar... se não vou acabar me matando de overdose de mim mesma? Às vezes tem excesso de mim dentro da minha cabeça e não há para onde fugir. Só há o conforto de continuar me confortando. Perco tudo quando vejo esse conforto derretendo à minha frente. Quando me esbarro comigo mesma pelo corredor. Quando me atolo em lama, de novo. Quando imagino que estou sozinha em minha fantasia. Quando sei que o que eu quero não existe. Quando não vejo como posso chegar a olhar para outras direções... quando eu sou eu demais.

♠É para isso que eu estou aqui. Para que você sempre saiba que existe uma “não você” dentro de você. Para que você sempre saiba que essa “você” não se limita ao que se vê de fora. Para que a solidão possa significar alguma coisa além de silêncio absoluto. Para que valha a pena acordar no dia seguinte.

♥Obrigada... means a lot to me!

♠Não vá chorar agora!

♥Não ia chorar... você não estava lá quando chorei? É mesmo um ciclo sem fim essa minha vida...

♠Que bom que ainda não se acostumou... mas fica tranqüila e dorme bem essa noite. Amanha não haverá nada. Sem compromissos, sem obrigações. Você não vai precisar agradar a ninguém.

♥Vou tentar me lembrar disso!

♠Pelo contrário... amanhã é dia de esquecer!

♥Até segunda feira, então.

♠Te vejo na sua angústia!




►Pessoas me perturbam. Se pelo menos eu me satisfizesse sem elas.

domingo, 5 de abril de 2009

hm...

Fiz errado, como era de se esperar. Eu só não entendo essas voltas que a minha cabeça dá, e como isso tudo me faz sentir nojo de mim mesma. Nojo nada. Não vou dizer que me sinto mal... mas também, não sinto nada de mais. Eu quero esse algo de mais. E ele está tão perto e tããããão longe de mim. Anos e anos podem se passar e eu ainda vou estar com essa ferida aberta, escancarada, infeccionando.
De um jeito ou de outro, vou dando o meu jeitinho pelo caminho para respirar. Mas, de toda forma, eu não paro de fazer tudo errado! Eu adoro mesmo ficar me submetendo a essas situações. Por que eu tenho que ser boazinha o tempo todo? É compulsivo... eu bem que tento ser sádica, como já me foi dito ser necessário para uma vida normal de ser humano.
Ai meu deeeeus... que vontade de acabar agora e apagar a existência. Eu quero, antes disso, poder matar uma letra do alfabeto... ela me irrita. Vindo de mim, esse desejo é quase uma espécie de revolução solar.
EU MEREÇO MAIS!
E eu estou cansada. Cansada de continuar sendo assim, submissa, idiota, lerda, ingênua, sem jeito, sem iniciativa, sem postura, sem coragem, cheia de meias frases, cheia de pensamentos guardados só pra mim, idiota o suficiente para continuar com a mão no fogo, mesmo depois da queimadura de terceiro grau.
Ah, que bosta é essa rodeando a minha cabeça? POR QUE NÃO, for Crist sake???
Vai acabar? Será que dá pra ser pra ontem?



►Irônico como esse assunto foi abordado em uma situação meio.... irônica.

terça-feira, 31 de março de 2009

O mundo não mudou...

Ele me perguntou: e aí?
Eu disse que estava tudo bem. É quase impossível iniciar a escavação quando se sabe que tem uma pedra tão dura lá em baixo. Claro que eu não queria ouvir metade daquilo. Mas esse é meu mais novo prazer desconfortável.
Alguém me salva! Me tira desse mundo... me bota numa bota. Me transforma numa pulga.
Cada dia é um novo dia para habituação. E já me bastam as cruas verdades de todo dia. Esses tem sido dias verdadeiros demais para o meu gosto.
Eu estou em uma espiral, e o movimento é para dentro. Podia alguém me botar num triângulo... eu teria pelo menos alguns limites e três opções.
Três... número recorrente esses dias.
E agora eu descobri que preciso fazer para amanhã algo que eu NÃO SEI FAZER para concorrer a uma bolsa acadêmica que eu JÁ GANHEI! É tanto ATP pelo raloabaixo...
O mundo promete, o mundo desaponta, o mundo tira tudo de mim,o mundo me dá mais do que eu planejei, o mundo me irrita, o mundo surpreende, o mundo gira... alguém me salva! Me tira desse mundo... me bota numa bota. Uma que combine com a minha saia preferida!



►Boa noite...

quinta-feira, 26 de março de 2009

Não.

Não estou deprimida, só sou realista.
Não quero a morte, pois tenho medo do que vem depois.
Não quero mal para ninguém, eu ficaria bem se só acontecesse o que se deseja.
Não sou obsessiva, sou até frouxa demais para a minha mãe (mão?).
Não me preocupo com a minha saúde, ela não me incomoda mais, já faz um bom tempo.
Não sou rebelde, eu até sigo demais algumas regras.
Não sou vítima, não há como ser vítima do acaso.
Não sou religiosa, e não preciso dizer mais nada a respeito.
Não sou explosiva, demora muito tempo pro meu pavio começar a esquentar.
Não sou tímida, às vezes encabulo as pessoas que estão comigo com as minhas extroversões.
Não sou gay, eu aprecio a beleza humana.
Não tenho paranóia, prefiro fingir que sou tão importante que as pessoas estão sempre me seguindo com os olhos.
Não sou importante, tento só ser melhor do que eu era ontem.
Não sou reprimida, apenas me falta repertório comportamental.
Não tenho prisão de ventre, só comi muito mal ontem.
Não sou histérica, meu corpo é fisiologicamente coerente.
Não perdi meu tempo ontem, os sentimentos foram feitos para serem sentidos.
Não sou capaz de ser razoável, minha mente é sempre tomada por espíritos (mentira).
Não tenho medo de abelhas, elas são realmente irritantes.
Não tenho medo de ETs... e eles lá existem?
Não sei controlar meus hábitos alimentares, não há tempo para isso.
Não perdi minha sanidade, só perdi um momento de auto-controle.
Não fiquei preocupada, hoje acordei de bom humor.
Não fechei essa gestalt... me pergunto quando.
Não é do interesse, mas ganhei um sapato hoje.
Não faria isso... mas droga, já está feito.
Não me lembro mais do primeiro não... ah sim, lembrei!
Não foi de propósito, mas esse post ficou bom!
Não é uma série de negações, é uma sátira à minha vida mental cotidiana.




►Os perspicazes que aproveitem. Ou não.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Calada

O caminho do meio... é tão difícil assim? Parece que essa minha genética extremista não permite. Ou quem sabe isso esteja mesmo na minha ontogênese. Eu e minhas palavras...
Exagero sim. Estresse sim. Cansaço sim. Desespero também. Também infundado... Mas eu preciso sim de me esconder do mundo nesse momento.



►Podia o tempo parar para mim.

terça-feira, 24 de março de 2009

Fantasiosa versão da mais crua verdade

Dia longo, dia insuportavelmente longo. Foi péssimo na verdade. Até o ponto em que a máscara quase me convenceu da possibilidade de sorrisos espontâneos e, bem... pois é.
Teve até uma espécie de sessão descarrego enquanto dirigia de volta para casa, com a pança cheia de carne (instintos grotescos brotam fácil em dias difíceis como esse). E, como se eu conversasse com um amigo ideal, aquele que na verdade eu nunca tive, mas sempre tentei pregar como figurinha no rosto de alguns, comecei a conversar e xingar e gritar sozinha, para mim mesma, acho. Sabe aquele choro de criança, com berros e soluços? Picture that!
Daí foi hora de planejar. Por mais impossível que pareça estar, minha tarefa agora é confiar em mim mesma e ser proativa (coisa que nunca fui, mas é pra isso que serve crescimento pessoal, right?). Estava passando do lado do Carrefour e pensei, por que não me encher de besteira? Já não sei se vou engordar de tanto comer besteira ou se vou emagrecer de tantas refeições ignoradas nesse semestre. Já não sei nada desse semestre. Já não sei de mais nada!
Resumo da última temporada: não tenho tempo e não tenho dinheiro. Ignoro mesmo assim porque sinto que tenho apoio emocional em outros cantos (apoio este que vem, por sua vez, a causar problemas). Então um monte de merda, seguida por mais merda. Claro, merda é como banana, vem em penca. Então comecei terapia, e me surpreendi mais do que esperava, surpreendentemente. Primeiro porque eu tinha não apenas uma, como várias demandas difusas que se misturaram em umas três ou quatro lagrimas de exposição à realidade. Como sempre, é na hora que eu abro o bico que as glândulas lacrimosas (ou uma variação da palavra) se sentem livres para, digamos, do their thing... Depois porque "realizei" que mesmo na terapia, acho meio difícil eu sentir que estou me mostrando completa, eu inteira, sem tirar nem pôr. Afinal, acho que eu nunca experienciei esse tipo de estado de consciência, se preferires chamar assim... depois disso, bem, o de sempre. Aliás, quase. Agora sou bolsistas!! Ganhei a bolsa que estava concorrendo e, por umas boas horas, tudo ficou mais leve com a promessa de mais um dinheirinho e a esperança de sair desse país mais brevemente que eu imaginava. Outros detalhes pequenos e bla bla blas... mais desespero e aquela familiar sensação de estar sendo prensada entre as paredes. Mas enfim, sobrevivi até o presente momento. O ultimo fato relevante foi a intervenção direta da Tayane hoje. Admiro a assertividade dela e, claro, a muié é foda e não faria isso se não fosse minha amiga de verdade! Mas, como toda verdade bem dita, fiquei péssima e isso acabou com o meu dia! Fiquei lá, na secura e no cansaço. Meus próximos e já recorrentes problemas giram em torno das minhas aulas, cada vez mais chatas à medida que eu vou ficando cada vez mais cansada, do meu tempo e à sistematização das minhas tarefas, da minha carteira definitiva, que eu preciso arranjar tipo pra ontem, e mais uma porrada de coisas. Agora cabe perfeitamente um palavrão daqueles mais chulos e feiosinhos. Mas não. Prefiro planos, sentir que estou fazendo alguma coisa para sair dessa merda desgraçada de poça de lama onde me atolei há um bom tempo.
Agora, eles vão me desculpar, mas a raiva é de tudo e todos. Se eu ao menos soubesse expressar raiva... cabeças iam rolar! Mas acho que sou "boazinha" (meaning frouxa mesmo) para me vingar, nem que seja demosntrando a minha insatisfação de forma clara. Até segundas ordens, vou me isolar. Ou até que o foco seja a gloriosa eu.




►Fico eloqüente em épocas de crise. There’s no pearl without any pain, right?

terça-feira, 17 de março de 2009

So called caos

Tentei começar um post agora há pouco. Mas não quis. Hoje eu não quero escrever sobre mim, ou sobre coisas da vida ou de filosofia cíclica de quem não tem serviço. Afinal, eu tenho muito serviço!
Enquanto estou aqui, assistindo aos quatro DVDs da Alanis que comprei de uma colega de trabalho, tentei pensar na vida, fazer aquele balanço de perdas e ganhos, bons e maus humores. Mas também não valeu a pena. Hoje foi um dia péssimo e que acabou por me surpreender: eu esperava que fosse ainda pior. Só não entendo por que o dia precisa disso ou daquilo para ser um dia bom. Hoje o dia foi ruim não pelo acréscimo do que é ruim, mas pela falta do que é bom. Ou não tão simples assim...
Amanhã darei um passo à frente. Eu só queria poder dar todos os passos de uma vez e ficar livre do esforço, poder viver por conta do laboratório, dos meus desenhos e de conversas que fazem a diferença.



►Como se estivesse lá de novo...

sexta-feira, 13 de março de 2009

Possible new susprise

Yes, things can start to change in an imaginary jump. And if you don’t be careful, you will be in a totally different and fresh new problem without seeing it coming. That’s how shit happens. But also, that might be how the most extraordinary things come to life. Let’s just wait and see what shall come of this…


►Just like that…

segunda-feira, 9 de março de 2009

O importante é o que importa!

Olha só... a namorada do meu pai morreu hoje, o que vai com certeza agravar a depressão já existente dele.... A minha avó está cada dia pior... já de cama e não me reconhece mais. Hoje descobri que vou ter que aprender a lidar com algumas presenças desconcertantes. Ainda estou com aquela sensação de que sou uma péssima professora e de que não presto pro trabalho. Tenho uma lista dedar a volta no quarteirão de coisinhas de que preciso me lembrar e concluir, e com prazo. Tenho problemas dentro de casa, daqueles em que a decisão mais madura é simplesmente não fazer nada a não ser ignorar, mas o climinha vai aumentando gradualmente. Minha cabeça parece estar sendo prensada entre uma barra de ouro e uma fatia de limão. Eu não tenho tempo para a vida mais. Vou começar de verdade a pegar todo esse bolo de conhecimento que acumulei e tentar transformar isso em resultados. Inseguranças bombam horrores. Eu queria ter tempo para fazer um estágio em hospitalar ou clínica, mas nesse semestre não há mais como. Sinto que estou atrasada. E a pesquisa, a fonte dos orgasmos mentais, parece que não vai dar tempo. Afinal, para onde está indo o tempo do mundo? Ainda com medo dessa minha falta de caminho sob os pés. Estou me escorando em sentimentos que eu não quero pra mim. Estou me deixando enrolar nas minhas próprias armadilhas. Estou com alguns problemas existenciais martelando a cabeça. Eu vou começar terapia, devido a todas essas coisas que me atormentam e mais algumas, mas o meu salário vai INTEIRO embora nisso... Em outras palavras, estou meio que explodindo por dentro.
Mas estou de bom humor.
E o importante é o que importa!



►Ah que desgraça... que merda... que vontade de tomar um sorvete e saltitar pelo bosque perfumado...

domingo, 8 de março de 2009

Ai que agonia...

Seria isso mudança pra valer? Ultimamente estou sempre dividida entre a recusa e o orgulho pela mudança. Sei lá... não sei se estou me inquietando demais ou de menos com essas coisas.
Hoje vi uma antiga, mas antiga meeeesmo, amiga num restaurante com seu namorado e seu novo cabelo muito loiro. E pensar que, nas épocas de oitava série, eu era a loira e ela a morena... e agora... ela a loira e eu a... ruiva(!?). Ela não me viu. Estava muito ocupada olhando para outros lados e eu muito ocupada esvaziando o meu prato. Foi interessante a ver... fez pensar nas épocas distantes e esfumaçadas...
Nesse meio tempo, tive um momento de revelação. Que revelação que nada... foi apenas uma conversa tranquila... conversas sérias costumam não ser muito tranquilas para mim. Mas essa é mais uma das coisas que vêm mudando... onde é que isso tudo vai dar?
Eu tenho estado sem paciência com algumas coisas. Coisas desnecessárias, pessoas que se fecham em seus mantras, conversas sem destino (digo, conversas cujo único destino é a irritação de ambas as partes). Hoje mesmo já passei por uma salada de emoções.
Meus dias têm sido mais intensos que o normal. Muita coisa acontecendo em um curto período de tempo, dá nessa loucura minha. Em menos de cinco minutos passei de apatia a irritação extrema a ponto de quase esmurrar o computador só porque o meu e-mail não estava abrindo. Afinal, não tinha nada lá de importante...
Ontem eu chorei. Estava precisando. Há alguns dias ia acumulando informação na garganta. Mas ainda tem tanta coisa me rodeando. Tantos medos de mim mesma, tantas frases meio ditas e tantas coisas conscientemente escondidas das pessoas... isso aumenta solidão. Aumenta a vontade de me jogar por aí, inconseqüentemente, em sentimentos que nada fazem além de me machucar depois.
Ah... me canso só de pensar em quão cansativo isso tudo está. Até sinto saudades daquelas épocas em que eu não precisava fazer nada... os meus dias iam me levando aos lugares e estava tudo bem e a minha maior preocupação era conseguir um dinheiro para comprar o próximo volume de Harry Potter...
Parece que eu estou, digamos, infeliz... ainda não saí dessa fase complicada. Começou por volta de maio do ano passado e eu ainda estou em elevadíssimo nível de stress e suspiros de impaciência. Pois é... já tive épocas melhores.
Eu preciso, mas preciso MESMO, sair daqui por um tempo.



►22:22... faz um pedido!

sábado, 7 de março de 2009

Chega, chegou... cheguei.

Eu quero terapia! Quero porque eu preciso de um momento pra mim. Sim, já faço isso no blog, já faço isso sempre que paro para olhar pro nada com expressão vazia. Mas eu preciso de um momento para ser o centro do mundo e tudo que interessa é o que se passa na minha cabeça. Eu preciso conseguir falar para alguém de tudo, absolutamente tudo, sem ter que esconder ou ignorar pedaços. Às vezes acho que também quero porque insisto em esperar que alguém tome a minha vida, concerte suas falhas e me entregue bonita e brilhante. Eu, sempre fugindo da parte difícil das coisas.
As pessoas estão morrendo à minha volta. Os lugares não brilham mais, o sol não bate mais no mesmo ângulo, aquela sala não tem mais o mesmo cheiro... as portas vão acabar se fechando, e eu me pergunto para onde vão as lembranças sólidas das coisas. Eu estou perdendo aquilo que era a constante, que sempre estava lá, que era meu refúgio do mundo.
Agora meu mundo é outro e está crescendo num ritmo que eu não consigo mais acompanhar. Estou cada dia mais longe de mim mesma.
Não sei por que, mas tenho agora uma sensação de urgência. Como se cada segundo fosse uma vida perdida. É tanta coisa para vir, tanta coisa para recuperar, tanta coisa para esquecer... eu estou cansada de ficar calada. Eu estou cansada de temer conseqüências. Eu cansei de flutuar.
Estou confusa, sem chão, sem futuro, enquanto o meu passado vai ficando ralo e sem gosto.
Em meio a esse caos todo, decidi tomar decisões de verdade. Esquecer os motivos banais para se ganhar dinheiro, esse consumismo que só presta para me manter cavando a minha cova.
A partir de agora meu esforço é pelo cuidado de mim mesma. Para atacar as angústias e para sair voando daqui, um dia...



►Tá sobrando palavras...

sexta-feira, 6 de março de 2009

In chains

Alguém deveria prender as minhas mãos para trás. Longe da minha carteira, longe do telefone, longe do controle remoto, longe do teclado, longe dos lápis de cor, longe da escova de cabelo, longe dos ouvidos, longe dos talheres, longe da chave do carro, longe da chave de casa, longe do cartão da biblioteca, longe do meu cachorro, longe das cadeiras de plástico da cantina da Fafich, longe da câmera fotográfica, longe do giz, longe dos pincéis, longe dos meus tênis, longe do shampoo, longe do interruptor, longe das maçanetas.
É só assim que eu percebo que preciso provar ao mundo que eu sei arrebentar as cordas que mantém as minhas mãos longe de mim.
Mas eu recomendaria a esse alguém que, quando o assunto for dinheiro, comida, paixões ou ócio, que me prenda com correntes de ferro! Porque é só assim que eu não caio no meu próprio descontrole.



►Redescobrindo conceitos trancados em gavetas empoeiradas.

terça-feira, 3 de março de 2009

Not capable yet.

I just hate these movies and songs about my sad little stories. Hate even more how big these stories actually are.
Well… it’s about me. Always. About me believing that my value lies on someone’s face. I have a problem with faces, you see.
I’m still there, but with new words to my vocabulary now. At least I can describe the whole situation in a different way without breaking my tongue. I think I’ve broken something else during these days of waiting when there shouldn’t be any. But, even with this new refreshed talking about all the sadness thing, I’m still pretending to be in this room, being watched by those who I watch closely. Pretending to be important to those who are so important to me. Pretending to be unique and irresistible. Really hearts when days like this come and really prove me wrong. Must be that sagittarius thing I was talking with Theus about today.
I’m irresponsible, I’m hopeless, I’m a sad little girl with too many feelings and too few strong opinions, if you might say.
Got into something that I knew would cause me trouble. Got into some other thing that I hoped to cause me happiness, was sadly wrong. Got into something that seamed to me like a solution to the pain… was just a temporary excuse to keep inside that old room. Then, when everything seams to be awful, got myself into something that shall cause me a lot of head aches and probably, a car crash… but you know what? Was the only pleasant thing I did in days and the only choice I could be kind of proud of making. So, to hell with it. Wish I could say to hell with everything, but… no capable yet.
I do hate these movies and songs. They happen to be my favorites, though.



►Biggest challenge so far… but still, one of the biggest adventures: to be a teacher. Oh god… I’m so tired already!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Tudo errado dentre poucos momentos

Bateu uma raiva de repente. De simplesmente tudo. Desse povo que não quer se entender. Desse egoísmo carimbado na testa de todo mundo. Dessa falta de feeling, de empatia. E deu raiva de sentir que eu sou a única aqui ou em qualquer lugar me preocupando com essas besteiras de ambiente saudável e relações humanas mais humanas.
Como alguém por aí disse, merda quando vem não vem pouca. E por isso, o meu dia foi uma montanha de merda, enfeitada com uma dorzinha de cabeça em forma de cereja no topo.
Primeiro foi eu furando planos comigo mesma só para sair por aí me expondo ao calor que, como já deve ter ficado claro para todos que me conhecem, não me agrada muito. Depois ir para a faculdade esperando uma renovada de espírito ao matar as saudades do clima de fafich cheia de gente puta com professores e preocupada com prova e ligando o foda-se para isso e indo beber no Cabral. Encontrei sim a fafich vazia, clima de férias. Reunião, burocracias, mais fafich vazia. Então foi a hora de sentir mesmo o amargo de ter largado a matéria que eu mais estava empolgada para fazer para ter que trabalhar. Lá fui eu, encontrar um relatório para preencher e algumas noticias nauseantes sobre uma de minhas turmas. E agora? Como faço? Com atraso, com esses problemas que eu devia esperar que viessem um dia. Comecei a aula de hoje tão abatida que vi o baque nos olhos das alunas. Voltei para casa para achar uns pingos do conceito derretido de família jogados por aí. Isso seguido de reclamações que nem eram para ser direcionadas a mim... mas, como já de costume, o papel de saco de porrada da família é meu.
Estou de saco cheio de todo mundo. Queria agora é férias de pessoas, não de tarefas. Por isso digo que hoje houveram três momentos maravilhosos e que vou considerar apenas eles como dia.. o resto eu cuspo e chuto pra lá:
Um: o suco de açaí com morango que tomei antes de ir para a faculdade. Não posso fazer nada, língua é um dos maiores focos de prazer que existem. E que se danem as calorias... a gastronomia merece um crédito, ou vários.
Dois: o abraço do Huds depois de meses e quilômetros de distância. Que saudade que eu senti daquele ser humano!
Três: agora, enquanto cuspo reclamações e resmungos e ouço músicas novas aos meus ouvidos, engulo quantas minhoquinhas gelecosas eu conseguir e sinto o sangue correndo pelos meus calcanhares...



►”I can get by in the meantime by myself...”