terça-feira, 31 de março de 2009

O mundo não mudou...

Ele me perguntou: e aí?
Eu disse que estava tudo bem. É quase impossível iniciar a escavação quando se sabe que tem uma pedra tão dura lá em baixo. Claro que eu não queria ouvir metade daquilo. Mas esse é meu mais novo prazer desconfortável.
Alguém me salva! Me tira desse mundo... me bota numa bota. Me transforma numa pulga.
Cada dia é um novo dia para habituação. E já me bastam as cruas verdades de todo dia. Esses tem sido dias verdadeiros demais para o meu gosto.
Eu estou em uma espiral, e o movimento é para dentro. Podia alguém me botar num triângulo... eu teria pelo menos alguns limites e três opções.
Três... número recorrente esses dias.
E agora eu descobri que preciso fazer para amanhã algo que eu NÃO SEI FAZER para concorrer a uma bolsa acadêmica que eu JÁ GANHEI! É tanto ATP pelo raloabaixo...
O mundo promete, o mundo desaponta, o mundo tira tudo de mim,o mundo me dá mais do que eu planejei, o mundo me irrita, o mundo surpreende, o mundo gira... alguém me salva! Me tira desse mundo... me bota numa bota. Uma que combine com a minha saia preferida!



►Boa noite...

quinta-feira, 26 de março de 2009

Não.

Não estou deprimida, só sou realista.
Não quero a morte, pois tenho medo do que vem depois.
Não quero mal para ninguém, eu ficaria bem se só acontecesse o que se deseja.
Não sou obsessiva, sou até frouxa demais para a minha mãe (mão?).
Não me preocupo com a minha saúde, ela não me incomoda mais, já faz um bom tempo.
Não sou rebelde, eu até sigo demais algumas regras.
Não sou vítima, não há como ser vítima do acaso.
Não sou religiosa, e não preciso dizer mais nada a respeito.
Não sou explosiva, demora muito tempo pro meu pavio começar a esquentar.
Não sou tímida, às vezes encabulo as pessoas que estão comigo com as minhas extroversões.
Não sou gay, eu aprecio a beleza humana.
Não tenho paranóia, prefiro fingir que sou tão importante que as pessoas estão sempre me seguindo com os olhos.
Não sou importante, tento só ser melhor do que eu era ontem.
Não sou reprimida, apenas me falta repertório comportamental.
Não tenho prisão de ventre, só comi muito mal ontem.
Não sou histérica, meu corpo é fisiologicamente coerente.
Não perdi meu tempo ontem, os sentimentos foram feitos para serem sentidos.
Não sou capaz de ser razoável, minha mente é sempre tomada por espíritos (mentira).
Não tenho medo de abelhas, elas são realmente irritantes.
Não tenho medo de ETs... e eles lá existem?
Não sei controlar meus hábitos alimentares, não há tempo para isso.
Não perdi minha sanidade, só perdi um momento de auto-controle.
Não fiquei preocupada, hoje acordei de bom humor.
Não fechei essa gestalt... me pergunto quando.
Não é do interesse, mas ganhei um sapato hoje.
Não faria isso... mas droga, já está feito.
Não me lembro mais do primeiro não... ah sim, lembrei!
Não foi de propósito, mas esse post ficou bom!
Não é uma série de negações, é uma sátira à minha vida mental cotidiana.




►Os perspicazes que aproveitem. Ou não.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Calada

O caminho do meio... é tão difícil assim? Parece que essa minha genética extremista não permite. Ou quem sabe isso esteja mesmo na minha ontogênese. Eu e minhas palavras...
Exagero sim. Estresse sim. Cansaço sim. Desespero também. Também infundado... Mas eu preciso sim de me esconder do mundo nesse momento.



►Podia o tempo parar para mim.

terça-feira, 24 de março de 2009

Fantasiosa versão da mais crua verdade

Dia longo, dia insuportavelmente longo. Foi péssimo na verdade. Até o ponto em que a máscara quase me convenceu da possibilidade de sorrisos espontâneos e, bem... pois é.
Teve até uma espécie de sessão descarrego enquanto dirigia de volta para casa, com a pança cheia de carne (instintos grotescos brotam fácil em dias difíceis como esse). E, como se eu conversasse com um amigo ideal, aquele que na verdade eu nunca tive, mas sempre tentei pregar como figurinha no rosto de alguns, comecei a conversar e xingar e gritar sozinha, para mim mesma, acho. Sabe aquele choro de criança, com berros e soluços? Picture that!
Daí foi hora de planejar. Por mais impossível que pareça estar, minha tarefa agora é confiar em mim mesma e ser proativa (coisa que nunca fui, mas é pra isso que serve crescimento pessoal, right?). Estava passando do lado do Carrefour e pensei, por que não me encher de besteira? Já não sei se vou engordar de tanto comer besteira ou se vou emagrecer de tantas refeições ignoradas nesse semestre. Já não sei nada desse semestre. Já não sei de mais nada!
Resumo da última temporada: não tenho tempo e não tenho dinheiro. Ignoro mesmo assim porque sinto que tenho apoio emocional em outros cantos (apoio este que vem, por sua vez, a causar problemas). Então um monte de merda, seguida por mais merda. Claro, merda é como banana, vem em penca. Então comecei terapia, e me surpreendi mais do que esperava, surpreendentemente. Primeiro porque eu tinha não apenas uma, como várias demandas difusas que se misturaram em umas três ou quatro lagrimas de exposição à realidade. Como sempre, é na hora que eu abro o bico que as glândulas lacrimosas (ou uma variação da palavra) se sentem livres para, digamos, do their thing... Depois porque "realizei" que mesmo na terapia, acho meio difícil eu sentir que estou me mostrando completa, eu inteira, sem tirar nem pôr. Afinal, acho que eu nunca experienciei esse tipo de estado de consciência, se preferires chamar assim... depois disso, bem, o de sempre. Aliás, quase. Agora sou bolsistas!! Ganhei a bolsa que estava concorrendo e, por umas boas horas, tudo ficou mais leve com a promessa de mais um dinheirinho e a esperança de sair desse país mais brevemente que eu imaginava. Outros detalhes pequenos e bla bla blas... mais desespero e aquela familiar sensação de estar sendo prensada entre as paredes. Mas enfim, sobrevivi até o presente momento. O ultimo fato relevante foi a intervenção direta da Tayane hoje. Admiro a assertividade dela e, claro, a muié é foda e não faria isso se não fosse minha amiga de verdade! Mas, como toda verdade bem dita, fiquei péssima e isso acabou com o meu dia! Fiquei lá, na secura e no cansaço. Meus próximos e já recorrentes problemas giram em torno das minhas aulas, cada vez mais chatas à medida que eu vou ficando cada vez mais cansada, do meu tempo e à sistematização das minhas tarefas, da minha carteira definitiva, que eu preciso arranjar tipo pra ontem, e mais uma porrada de coisas. Agora cabe perfeitamente um palavrão daqueles mais chulos e feiosinhos. Mas não. Prefiro planos, sentir que estou fazendo alguma coisa para sair dessa merda desgraçada de poça de lama onde me atolei há um bom tempo.
Agora, eles vão me desculpar, mas a raiva é de tudo e todos. Se eu ao menos soubesse expressar raiva... cabeças iam rolar! Mas acho que sou "boazinha" (meaning frouxa mesmo) para me vingar, nem que seja demosntrando a minha insatisfação de forma clara. Até segundas ordens, vou me isolar. Ou até que o foco seja a gloriosa eu.




►Fico eloqüente em épocas de crise. There’s no pearl without any pain, right?

terça-feira, 17 de março de 2009

So called caos

Tentei começar um post agora há pouco. Mas não quis. Hoje eu não quero escrever sobre mim, ou sobre coisas da vida ou de filosofia cíclica de quem não tem serviço. Afinal, eu tenho muito serviço!
Enquanto estou aqui, assistindo aos quatro DVDs da Alanis que comprei de uma colega de trabalho, tentei pensar na vida, fazer aquele balanço de perdas e ganhos, bons e maus humores. Mas também não valeu a pena. Hoje foi um dia péssimo e que acabou por me surpreender: eu esperava que fosse ainda pior. Só não entendo por que o dia precisa disso ou daquilo para ser um dia bom. Hoje o dia foi ruim não pelo acréscimo do que é ruim, mas pela falta do que é bom. Ou não tão simples assim...
Amanhã darei um passo à frente. Eu só queria poder dar todos os passos de uma vez e ficar livre do esforço, poder viver por conta do laboratório, dos meus desenhos e de conversas que fazem a diferença.



►Como se estivesse lá de novo...

sexta-feira, 13 de março de 2009

Possible new susprise

Yes, things can start to change in an imaginary jump. And if you don’t be careful, you will be in a totally different and fresh new problem without seeing it coming. That’s how shit happens. But also, that might be how the most extraordinary things come to life. Let’s just wait and see what shall come of this…


►Just like that…

segunda-feira, 9 de março de 2009

O importante é o que importa!

Olha só... a namorada do meu pai morreu hoje, o que vai com certeza agravar a depressão já existente dele.... A minha avó está cada dia pior... já de cama e não me reconhece mais. Hoje descobri que vou ter que aprender a lidar com algumas presenças desconcertantes. Ainda estou com aquela sensação de que sou uma péssima professora e de que não presto pro trabalho. Tenho uma lista dedar a volta no quarteirão de coisinhas de que preciso me lembrar e concluir, e com prazo. Tenho problemas dentro de casa, daqueles em que a decisão mais madura é simplesmente não fazer nada a não ser ignorar, mas o climinha vai aumentando gradualmente. Minha cabeça parece estar sendo prensada entre uma barra de ouro e uma fatia de limão. Eu não tenho tempo para a vida mais. Vou começar de verdade a pegar todo esse bolo de conhecimento que acumulei e tentar transformar isso em resultados. Inseguranças bombam horrores. Eu queria ter tempo para fazer um estágio em hospitalar ou clínica, mas nesse semestre não há mais como. Sinto que estou atrasada. E a pesquisa, a fonte dos orgasmos mentais, parece que não vai dar tempo. Afinal, para onde está indo o tempo do mundo? Ainda com medo dessa minha falta de caminho sob os pés. Estou me escorando em sentimentos que eu não quero pra mim. Estou me deixando enrolar nas minhas próprias armadilhas. Estou com alguns problemas existenciais martelando a cabeça. Eu vou começar terapia, devido a todas essas coisas que me atormentam e mais algumas, mas o meu salário vai INTEIRO embora nisso... Em outras palavras, estou meio que explodindo por dentro.
Mas estou de bom humor.
E o importante é o que importa!



►Ah que desgraça... que merda... que vontade de tomar um sorvete e saltitar pelo bosque perfumado...

domingo, 8 de março de 2009

Ai que agonia...

Seria isso mudança pra valer? Ultimamente estou sempre dividida entre a recusa e o orgulho pela mudança. Sei lá... não sei se estou me inquietando demais ou de menos com essas coisas.
Hoje vi uma antiga, mas antiga meeeesmo, amiga num restaurante com seu namorado e seu novo cabelo muito loiro. E pensar que, nas épocas de oitava série, eu era a loira e ela a morena... e agora... ela a loira e eu a... ruiva(!?). Ela não me viu. Estava muito ocupada olhando para outros lados e eu muito ocupada esvaziando o meu prato. Foi interessante a ver... fez pensar nas épocas distantes e esfumaçadas...
Nesse meio tempo, tive um momento de revelação. Que revelação que nada... foi apenas uma conversa tranquila... conversas sérias costumam não ser muito tranquilas para mim. Mas essa é mais uma das coisas que vêm mudando... onde é que isso tudo vai dar?
Eu tenho estado sem paciência com algumas coisas. Coisas desnecessárias, pessoas que se fecham em seus mantras, conversas sem destino (digo, conversas cujo único destino é a irritação de ambas as partes). Hoje mesmo já passei por uma salada de emoções.
Meus dias têm sido mais intensos que o normal. Muita coisa acontecendo em um curto período de tempo, dá nessa loucura minha. Em menos de cinco minutos passei de apatia a irritação extrema a ponto de quase esmurrar o computador só porque o meu e-mail não estava abrindo. Afinal, não tinha nada lá de importante...
Ontem eu chorei. Estava precisando. Há alguns dias ia acumulando informação na garganta. Mas ainda tem tanta coisa me rodeando. Tantos medos de mim mesma, tantas frases meio ditas e tantas coisas conscientemente escondidas das pessoas... isso aumenta solidão. Aumenta a vontade de me jogar por aí, inconseqüentemente, em sentimentos que nada fazem além de me machucar depois.
Ah... me canso só de pensar em quão cansativo isso tudo está. Até sinto saudades daquelas épocas em que eu não precisava fazer nada... os meus dias iam me levando aos lugares e estava tudo bem e a minha maior preocupação era conseguir um dinheiro para comprar o próximo volume de Harry Potter...
Parece que eu estou, digamos, infeliz... ainda não saí dessa fase complicada. Começou por volta de maio do ano passado e eu ainda estou em elevadíssimo nível de stress e suspiros de impaciência. Pois é... já tive épocas melhores.
Eu preciso, mas preciso MESMO, sair daqui por um tempo.



►22:22... faz um pedido!

sábado, 7 de março de 2009

Chega, chegou... cheguei.

Eu quero terapia! Quero porque eu preciso de um momento pra mim. Sim, já faço isso no blog, já faço isso sempre que paro para olhar pro nada com expressão vazia. Mas eu preciso de um momento para ser o centro do mundo e tudo que interessa é o que se passa na minha cabeça. Eu preciso conseguir falar para alguém de tudo, absolutamente tudo, sem ter que esconder ou ignorar pedaços. Às vezes acho que também quero porque insisto em esperar que alguém tome a minha vida, concerte suas falhas e me entregue bonita e brilhante. Eu, sempre fugindo da parte difícil das coisas.
As pessoas estão morrendo à minha volta. Os lugares não brilham mais, o sol não bate mais no mesmo ângulo, aquela sala não tem mais o mesmo cheiro... as portas vão acabar se fechando, e eu me pergunto para onde vão as lembranças sólidas das coisas. Eu estou perdendo aquilo que era a constante, que sempre estava lá, que era meu refúgio do mundo.
Agora meu mundo é outro e está crescendo num ritmo que eu não consigo mais acompanhar. Estou cada dia mais longe de mim mesma.
Não sei por que, mas tenho agora uma sensação de urgência. Como se cada segundo fosse uma vida perdida. É tanta coisa para vir, tanta coisa para recuperar, tanta coisa para esquecer... eu estou cansada de ficar calada. Eu estou cansada de temer conseqüências. Eu cansei de flutuar.
Estou confusa, sem chão, sem futuro, enquanto o meu passado vai ficando ralo e sem gosto.
Em meio a esse caos todo, decidi tomar decisões de verdade. Esquecer os motivos banais para se ganhar dinheiro, esse consumismo que só presta para me manter cavando a minha cova.
A partir de agora meu esforço é pelo cuidado de mim mesma. Para atacar as angústias e para sair voando daqui, um dia...



►Tá sobrando palavras...

sexta-feira, 6 de março de 2009

In chains

Alguém deveria prender as minhas mãos para trás. Longe da minha carteira, longe do telefone, longe do controle remoto, longe do teclado, longe dos lápis de cor, longe da escova de cabelo, longe dos ouvidos, longe dos talheres, longe da chave do carro, longe da chave de casa, longe do cartão da biblioteca, longe do meu cachorro, longe das cadeiras de plástico da cantina da Fafich, longe da câmera fotográfica, longe do giz, longe dos pincéis, longe dos meus tênis, longe do shampoo, longe do interruptor, longe das maçanetas.
É só assim que eu percebo que preciso provar ao mundo que eu sei arrebentar as cordas que mantém as minhas mãos longe de mim.
Mas eu recomendaria a esse alguém que, quando o assunto for dinheiro, comida, paixões ou ócio, que me prenda com correntes de ferro! Porque é só assim que eu não caio no meu próprio descontrole.



►Redescobrindo conceitos trancados em gavetas empoeiradas.

terça-feira, 3 de março de 2009

Not capable yet.

I just hate these movies and songs about my sad little stories. Hate even more how big these stories actually are.
Well… it’s about me. Always. About me believing that my value lies on someone’s face. I have a problem with faces, you see.
I’m still there, but with new words to my vocabulary now. At least I can describe the whole situation in a different way without breaking my tongue. I think I’ve broken something else during these days of waiting when there shouldn’t be any. But, even with this new refreshed talking about all the sadness thing, I’m still pretending to be in this room, being watched by those who I watch closely. Pretending to be important to those who are so important to me. Pretending to be unique and irresistible. Really hearts when days like this come and really prove me wrong. Must be that sagittarius thing I was talking with Theus about today.
I’m irresponsible, I’m hopeless, I’m a sad little girl with too many feelings and too few strong opinions, if you might say.
Got into something that I knew would cause me trouble. Got into some other thing that I hoped to cause me happiness, was sadly wrong. Got into something that seamed to me like a solution to the pain… was just a temporary excuse to keep inside that old room. Then, when everything seams to be awful, got myself into something that shall cause me a lot of head aches and probably, a car crash… but you know what? Was the only pleasant thing I did in days and the only choice I could be kind of proud of making. So, to hell with it. Wish I could say to hell with everything, but… no capable yet.
I do hate these movies and songs. They happen to be my favorites, though.



►Biggest challenge so far… but still, one of the biggest adventures: to be a teacher. Oh god… I’m so tired already!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Tudo errado dentre poucos momentos

Bateu uma raiva de repente. De simplesmente tudo. Desse povo que não quer se entender. Desse egoísmo carimbado na testa de todo mundo. Dessa falta de feeling, de empatia. E deu raiva de sentir que eu sou a única aqui ou em qualquer lugar me preocupando com essas besteiras de ambiente saudável e relações humanas mais humanas.
Como alguém por aí disse, merda quando vem não vem pouca. E por isso, o meu dia foi uma montanha de merda, enfeitada com uma dorzinha de cabeça em forma de cereja no topo.
Primeiro foi eu furando planos comigo mesma só para sair por aí me expondo ao calor que, como já deve ter ficado claro para todos que me conhecem, não me agrada muito. Depois ir para a faculdade esperando uma renovada de espírito ao matar as saudades do clima de fafich cheia de gente puta com professores e preocupada com prova e ligando o foda-se para isso e indo beber no Cabral. Encontrei sim a fafich vazia, clima de férias. Reunião, burocracias, mais fafich vazia. Então foi a hora de sentir mesmo o amargo de ter largado a matéria que eu mais estava empolgada para fazer para ter que trabalhar. Lá fui eu, encontrar um relatório para preencher e algumas noticias nauseantes sobre uma de minhas turmas. E agora? Como faço? Com atraso, com esses problemas que eu devia esperar que viessem um dia. Comecei a aula de hoje tão abatida que vi o baque nos olhos das alunas. Voltei para casa para achar uns pingos do conceito derretido de família jogados por aí. Isso seguido de reclamações que nem eram para ser direcionadas a mim... mas, como já de costume, o papel de saco de porrada da família é meu.
Estou de saco cheio de todo mundo. Queria agora é férias de pessoas, não de tarefas. Por isso digo que hoje houveram três momentos maravilhosos e que vou considerar apenas eles como dia.. o resto eu cuspo e chuto pra lá:
Um: o suco de açaí com morango que tomei antes de ir para a faculdade. Não posso fazer nada, língua é um dos maiores focos de prazer que existem. E que se danem as calorias... a gastronomia merece um crédito, ou vários.
Dois: o abraço do Huds depois de meses e quilômetros de distância. Que saudade que eu senti daquele ser humano!
Três: agora, enquanto cuspo reclamações e resmungos e ouço músicas novas aos meus ouvidos, engulo quantas minhoquinhas gelecosas eu conseguir e sinto o sangue correndo pelos meus calcanhares...



►”I can get by in the meantime by myself...”

Sobras

Foram tantos detalhes esquecidos pelo caminho, que o resultado se tornou imprevisível... como sempre foi. Difícil não dar a mínima quando a relevância é tão alta assim. Difícil também julgar a relevância depois de tantos detalhes esquecidos pelo caminho.
Hoje é segunda feira e a vida, em toda a sua chatice e constância, mais uma vez começa a continuar. Se não fosse pelos pequenos, minúsculos focos de sorriso, não sei o que seria de mim.
Alegrias momentâneas, essas pequenas coisas que me fazem sentir uma louca consumista ou uma patética solitária, podem não servir para muita coisa ou fundamentar muito discurso... mas tem certas épocas da vida em que cada canto de pensamento é uma armadilha para o humor. E eu acho que hoje eu não quero muito a minha própria companhia. Prefiro a companhia do dinheiro.



►Isso é falta ou isso é sobra?