terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Antigos sete anos

Depois daqueles dias cósmicos em que você desconfia do mundo, até a luz branca da tela do computador é brilhante demais para que eu possa compreender. Tem umas horas em que eu paro para pensar sobre o mundo e suas varias possíveis explicações.
Hoje foi um dia que eu estava precisando viver. Também por causa da cerveja, mas não só. Principalmente por causa da companhia e da incrível pseudo-brainstorm e aquele sentimento de que por mais rápido e alto que eu fale, eu nunca vou conseguir expressar plenamente o que estou pensando, mas então a pessoa apenas sorri e eu sei que ela simplesmente entendeu. Sempre bom, rezar com gente assim.
Agora mesmo recebi um e-mail com uma relação das formas de entrar em contato com todas as pessoas legais que conheci semana passada.
Começo a pensar em como o mundo é grande demais para mim.
Como eu disse hoje, eu sou perdida. Bem, eu sei que eu estou aqui... mas aqui viria a ser...?
Ai ai... essas perguntas sem reações, esses gritos de alegria em silêncio, esses pequenos sorrisos que querem dizer aquilo que não se fala.
Sabe... eu fujo. Fujo do que simplesmente admito ser covarde demais para enfrentar. Acho que preciso pedir desculpas e paciência a mim mesma. Respiremos profundamente, que o mundo ainda está girando até onde eu sei, e eu ainda não parei de caminhar por ele!
Mas enquanto me preparo para o salto, tenho esses momentos arrebatadores (adoro essa palavra) que me colocam de frente com esses fatos que nunca colocamos em palavras. Por que será? Acho que as coisas já se tornaram muito normais (com isso quero dizer recorrentes), e nós acabamos perdendo aquele brilhozinho irritante de crianças de sete anos, tentando saber o porquê e o como de praticamente tudo.
Se você está aqui nesse blog e chegou até esse ponto desse texto, aposto que você é dos meus! (ou porque já é um dos meus melhores e maiores amigos, ou porque é interessante o suficiente para se interessar por esse amontoado de palavras aparentemente inúteis mas com grande potencial filosófico). Pense em como seus setes anos se foram... pense na esquina em que eles se perderam de você.
Agora lembre-se de como é ter a sede de dissecar o significado de tudo e de como é fácil apenas olhar para uma conversa de bar e ver muito além da cerveja, dos papos sobre sexo ou até mesmo das tramas sociais que te levaram até ali. Tente enxergar a energia que flui em volta de duas pessoas que compartilham a atenção sobre um assunto qualquer.
O mundo parece mais intrigante assim. O mais legal é apenas não querer explicações religiosas, espirituais ou cósmicas. Gosto do caos como ele é: denso, enorme, pesado e fascinante!



►Hoje eu descobri que sou um leãozinho! Parece que me sinto mais forte por saber que eu pareço ser forte... vê se pode!

domingo, 21 de dezembro de 2008

A diferença.

Pode tudo mudar, mas a vida continua a mesma seqüência de impasses e soluções provisórias. Acho que me desencantei, mais uma vez, com o que não esperava. É... tudo que vem tem que ir embora, não é?
De toda forma, voltamos à estaca zero. É sempre assim. De zero a um, um e meio... e de volta a zero.
Fiz vinte e um! Agora sou mundialmente maior de idade... Pois é, e daí? Tudo que senti foi que esse aniversário não foi um aniversario. Ficou faltando alguma coisa. Na verdade faltaram varias coisas, uma em cada aspecto do evento. Por isso não sinto a menor diferença. Como se, ao contrário do ano passado, eu não precisasse negar a nova idade porque ela realmente ainda não veio bater na minha porta. Até pensei que poderia ser ela quando ouvi um barulhinho estranho. Mas quer saber... ainda não tive o ânimo de ir lá na porta olhar e ver se são os vinte e um mesmo. Afinal, o que significa vinte e um? Pois é, eu gosto de dissecar significados.
Essa última semana foi estranha. Principalmente pelo fato de agora eu ser uma pessoa empregada e com uma carga de responsabilidades dobrada. Conheci tanta gente, e como sempre fiz algumas amizades em potencial. Ia ser legal levá-las à frente. Vejamos o que vai acontecer... mas olha que estranho está isso tudo. Eu estou muito estranha. Aliás, o mundo está muito estranho.
Acho que deve significar isso, quando as coisas param de ter que ter um significado mágico. É quando chega uma leve decepção, porque as coisas acabam por conseguir te empurrar para o lado negro da força... e você acaba realmente se calejando. Acho que o mundo é injusto e godless demais para que possamos manter essa visão mágica das coisas. Porque afinal as coisas são difíceis mesmo. Se não for por mim, ninguém vai me levantar no ar em nuvens e me transformar em uma princesa que dança balé e canta com os animaizinhos silvestres.
Eu estive tentando engolir isso durante esse ano. Lutando contra a idéia e chorando pela injustiça que é a minha vida. Que patética, cara!
Sim, o próximo ano vai ser difícil, eu vou ter que aprender a me organizar ainda melhor. Eu preciso saber me controlar, eu preciso saber os limites. Eu preciso principalmente saber até onde eu posso pular, saber qual o meu próprio limite, e me dedicar ao máximo para que faça pelo menos jus a ele.
Amanhã continua.
No ultimo ano aprendi a enfrentar coisas que nunca confiaria em mim mesma para enfrentar. mas tem uma coisa que deixei de lado: a minha capacidade de sugar diversão do básico. Acho que a minha meta para o ano que vem vai ser essa. Reaprender a ser feliz usando o que eu mais prezo em mim mesma: criatividade.


►É, eu não fui. Às vezes me culpo pelas minhas faltas. Às vezes me pergunto se a frustração não é apenas pela falta de espaço... “quem é que eu QUERO ser?”, é a grande questão!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Really big thoughts!

Fui nocauteada... just now. Por mim mesma, I guess.
You see... de repente percebi que é impossível estar em dois lugares at the same time. Quer dizer, é impossível ter a mente dividida between two worlds. Well... claro que não é impossível, mas precisa-se de muita destreza to do so!
Me deu uma semana para me preocupar com meu novo emprego. Mais uma vez me provei que eu sou capaz de fazer coisas se eu me dedicar a elas de verdade. Testei minhas habilidades sociais e me encontrei mais natural que nunca. Está sendo uma ótima semana, quase louca. Engraçado que quase todo mundo naquele teachers training course me lembre alguém que já conheci ou que conheço. Durante essa semana tudo que me vem à cabeça é essa minha nova eu, professora de inglês, modelo para jovens de todo tipo.
Foi na hora do almoço que me peguei pensando mais uma vez naquilo tudo que antecede esse emprego. Pensei na minha (e do Humberto) nova pesquisa sobre sinestesia. Pensei no livro. Pensei em como estou cheia de idéias e conhecimentos mal acabados e em como me empolga a idéia de polish them. E então pensei em como isso tudo se diluiu enquanto estava concentrada em dar uma aula, uma simples aula de Listening que fosse pelo menos interessante.
Mais uma vez eu vejo como sou mais do que espero de mim. E mais uma vez me assusto diante de tudo que espero de mim no futuro. É um passo de cada vez, right?
Em cada lugar que eu piso, mais uma peça.
This is one puzzle that has no final solution... just momentary satisfactions and endless search for clues!


So, tomorrow is my birthday... and I'm going to spend my whole day inside this new world I'm starting to get myself in. started thinking about some things I have been forgetting about. Actually it’s great to forget about those things… proves that things can change in my head when I want them to, and that I can restart things, make new lives, be cheerful again!
This time I’m really turning twenty one. I guess it was a jump actually for me. I remember when I wrote last year about me turning nineteen again and not getting grown up and stuff like that. I couldn’t possibly imagine how this year was going to be the mightiest age and maturity jump I’ve ever seen happening! I mean, for everyone… including me!
So now I have this whole new me to be and all these quests I’m searching to defeat (wrote beautifully just now!) and this new mission!
In one year I’ll still be here, telling how I went through another tough time and built myself again from the basis!
Time, huh… Doesn’t it fly?



►Weird news: planning schedules for vacation!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Novo tom

Para que servem decepções? Para aprender alguma coisa, para simplesmente sentir raiva do mundo? Nunca consegui sentir raiva de verdade, nem ao menos um leve desejo de vingança. Quer dizer, contra quem ou o que me vingaria? O acaso?
Está tudo crescendo rápido demais, e eu estou estarrecida. Pode ser cansaço, pode ser medo. Mas eu sei que isso dá pra fazer (joinha!). Estou sentindo um novo ímpeto corajoso em mim que eu não conhecia. Uma nova vontade de, digamos, testar os limites do mundo (!). Claro que estou com uma cara diferente. Me sinto uma formiga num labirinto com paredes de cinco metros de altura.



►Três vezes mais que ontem.

sábado, 13 de dezembro de 2008

E o mundo cresce

Eventos, trabalho. Ângela, Gustavo, memória, sinestesia, evolução, filosofia da mente, processos psicológicos básicos, neuropsicologia, perversão, Rorschach, estágio, Greenwich, grupo de estudos, sair de casa às sete e chegar às dez, de alguma forma sobreviver, me superar, crescer e me tornar eu mesma.
E o pulso ainda pulsa...
Eu preciso e sei que consigo investir tudo de mim em mim mesma no ano que vem. Quem sabe eu descubra que tem muito mais aqui do que eu espero que tenha. Quem sabe tudo vire de cabeça para baixo, as coisas percam os sentidos e, um dia, eu ganhe essa luta contra mim mesma.
Eu não conhecia esse meu lado antes desse ano. Agora me lembro de tudo aquilo que pensei e escrevi aqui há um ano. Como eu estava nostálgica, pensando em quanto havia caminhado até aquele ponto. Parece que eu estava me preparando para o ano mais difícil da minha vida até agora. Mas esse foi com certeza O ano da minha vida. Mais uma vez, não sou mais aquela que escreveu aqui sobre orgasmos cósmicos há um ano.
Como me disse alguém que admiro, eu ainda sou muito novinha.


►Mal acabou e já está aqui de novo.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Um daqueles momentos…

Eu já devia estar acostumada a não ter certeza das coisas. Acho que isso é ansiedade. De repente o mundo desacelera e eu tenho que esperar que as coisas aconteçam em seu tempo.
Calma... o mundo ainda não acabou. E algumas coisas são grandes demais para entrarem na balança nesse momento.
Queria ser sortuda desse jeito... será que um dia eu pesco no mundo o que é perfeito pra mim?

Mas concentra! Agora é hora de pensar burocraticamente. Se amanhã (literalmente) eu descobrir que não deu certo, já tenho que bolar planos B, C, e D...

E mais essa agora? Eu estou naquela fase do jogo em que as paredes se mechem e vão me empurrando, só que eu não tenho três vidas pra gastar.

Ai que difícil!!!



►never ends!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Je Reviens

J'aime autant te dire à l'oreille,
Je ne suis pas du genre qu'on emmerde
Regarde moi bien, je reviens.

A prendre aussi tous des détours,
je me suis perdu
Tous ces jours,
mais je suis ici, je reviens.
Pour le meilleur et le pire je reviens.

Petit rappel pour mettre à l'aise,
je n'aime pas la chanson française
Je te l'avais dit, je reviens.

Tu t'es faite grande aux yeux du monde, mais
Delerm en sera ta tombe,
Promis, c'est promis, je reviens.
Pour le meilleur et pour le pire, je reviens.

Tu n'as rien à dire je reviens.

Tout est resté là à sa place, mais de mio plus aucune trace
Comme je suis parti, je reviens.
Pour le meilleur et le pire, je reviens.
Tu n'as rien à dire, je reviens.
C'est une surprise, tu m'inspires, je reviens.
Je reviens.

Juste pour le plaisir
Je reviens.


É difícil arrancar prazer da dor, mas o que poderia ser mais belo? Quem muito fala da dor só pode estar se deliciando em sonhos. E realidade eu nao discuto. Um dia começa sem nada antecipar e nada acontece. O ato e a potência de um dia são um só... são o dia. Me cansei de escrever sobre a morte. Me dei um recreio para escrever sobre a vida. E como se opostos fossem, acabo me sentindo pequena. Quem sou eu para dizer sobre o que veio e o que virá? Sim, filosofia cansa a mente. E depois dessa semana vou precisar de 32 horas ininterrúptas de sono.
Mas eu volto para visitar o desespero... juste pour le plaisir!



►Kaolin