quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Ano novo em meados de janeiro

Naquela época eu me sentia insuficiente. É uma coisa minha. Eu tento alcançar de verdade os pedestais que os outros criam para mim em suas fantasias. Porque se eu não for tão boa quanto, ou melhor, que o que esperam de mim, então não sou digna de que gostem de mim. Ou algo nesse clima. Algo muito tipo 2 (eneagrama e essas coisas).

O problema é que foi sempre assim com todo mundo. Era uma tal mania de me rebaixar. Falta de confiança, insegurança e sintomas depressivos vinham de brinde. Eu tinha até raiva de todas aquelas pessoas no mundo que eram ou tinham alguma coisa que eu pensava que alguém esperava que eu tivesse ou fosse (confuso). Porque afinal, por que eu seria de qualquer forma interessante ou bacana de se ficar perto se eu não fosse alto astral como fulana, ou tivesse cabelo assim ou assado, ou fosse meio despirocada como sei lá quem, ou me vestisse de tal forma ou discordasse de uma opinião muito forte, ou me atrevesse a seguir a minha própria vontade sem me importar se isso iria contrariar a vontade de outro alguém? Nada permanece saudável dessa forma. Muitas coisas foram se roendo de fora para dentro sozinhas com o tempo e eu só via o fim chegando quando percebia a bagunça que já tinha se tornado tudo.

Uma coisa que eu NUNCA imaginaria era falar (na cara, nas costas, por qualquer meio de comunicação tangível) minha opinião sobre coisas que me irritam em alguma pessoa, ou criticas ou simples expressões de coisas que me incomodaram em algum momento da vida. Sabe, é exposição demais. Não ser a sempre boazinha, sempre bem humorada e sempre caladinha e satisfeita. Enfrentar sempre trás o risco da perda ou da frustração. Outra coisa que eu tenho feito muita força para aprender a lidar com.

Mas agora isso já não me amedronta tanto. Claro que ainda amedronta. Estou muito longe de concluir algum caminho terapêutico. Mas veja como a vida mudou de dois meses para cá... na verdade de seis meses para cá. A vida mudou junto comigo.

E se tem uma coisa certa é que eu sou uma pessoa bacana e gostável sem precisar de cabelos, roupas, acessórios, opiniões e gostos diferentes daqueles que eu tenho e gosto. Afinal o meu gosto é o melhor do mundo. É meu, oras!

E então, finalmente, chego aos meus desejos para 2010:

-emagrecer

-viajar para NY em Junho (processos e preparações já em andamento!)

-aprender a ser psicóloga (ou começar... ou continuar aprendendo)

-ler (continuações diversas para esse desejo)

-ser eu mesma pelos meus próprios motivos.

-gostar dessa eu mesma.

-saber daquelas coisas que desejei não saber ter decidido não saber... sabe, aquelas? Pois é.

-ver se aprendo a lidar com esse maldito mundo financeiro

-fazer listas menores!


Pois já era tempo!

You know how I feel...



Já tinha um bom tempo que eu não me viciava em alguma coisa. Desde a semana passada, lá pra quinta feira, quando eu baixei a discografia de Muse, não consigo largar essa banda. A ponto de sonhar com as musicas e sair vendo entrevistas e tudo mais. E em um prazo de cinco dias eu já ouvi 220 faixas (isso é muito tempo sentada na frente do computador), baixei o show deles no estádio de Wembley, e até já cheguei ao ponto de achar o vocalista, Matt, que, coitado, é bem feinho, incrivelmente foda e sexy! Mas falando sério, aquele cara é meio que um geniozinho da música, toca piano pra caramba e os agudos que a voz dele alcança me intrigam! Como ele faz isso?

O estilo das músicas é uma loucura. Nada tem a ver com nada, uma única musica muda de blues para heavy metal e outra tem uma guitarrinha à la new metal com uns efeitos eletrônicos à la Daft Punk ou algo parecido. E é essa loucura deles e o clima super intenso de todas as músicas o que eu mais gosto na banda. O estilo musical muda loucamente, mas as melodias vocais são sempre muito dramáticas. Sem contar que eles têm aquela cara típica de britânicos sarcásticos e, claro, o sotaque mais legal do mundo!

Estava com saudades da música. Já não me envolvia de verdade assim com ela desde meados do ano passado. Até parei de falar nela. Coisa pitoresca!

Outra coisa que me invadiu novamente foi a vontade de desenhar. Semana passada na quarta eu fiquei o dia inteiro me borrando de grafite. Saíram algumas coisas bem legais desse dia produtivo.

Estou atualmente em processo de planejar o meu novo quarto. Ele vai ser bem bacana! Também parece que vou fazer uma viagem inusitada ao Rio semana que vem. Olha só!

Pois então, vou voltar às minhas musiquinhas aqui.



►Sentindo aquele vazio tranqüilo de não se ter obrigações... for now...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Dejá vu.

E então ele disse: Paulinha, você está diferente....

É eu sei. Aint that a bitch? Na verdade não. Gosto de saber que sou capaz disso. Afinal, eu pago uma nota preta (atrasada quase sempre) para que justamente isso aconteça.

Até hoje não consegui fazer aquela tradicional arrumação geral das minhas coisas de fim/começo de ano. Não paro quieta. Outras vezes não me deixam quieta.

Eu vou me mudar da minha casa. Big big deal! Legal é que vou me mudar para a casa ao lado (nossa, foram quase dois segundos de suspense agora). Vou morar com os meus avós na casa que estamos construindo imediatamente ao lado direito. Ontem estive por aí escolhendo cores e padrões de decoração. Agora eu terei um banheiro só meu!

Em compensação, cuidar da minha avó com Auzheimer não parece ficar mais fácil com a prática. Ela só piora e eu tenho me preocupado. Como vou fazer quando as férias terminarem e eu voltar à minha rotina beirando o impossível (isso porque eu tenho sido a cuidadora da minha avó e ela tem exigido MUITO trabalho). Essa historia está me deixando um tanto cansada.

Outra historia que preocupa é o dinheiro, mas essa já é de praxe. Quem sabe seja melhor não viajar para o rio como estava planejando e juntar o dinheiro que tenho (depois de pagar tudo que tenho que pagar, obviamente).

O trabalho já me enjoou. Não estou nem um pouco empolgada para voltar no inicio de fevereiro. Mas pelo jeito essa vai ser a minha única fonte de dinheiro agora que minha bolsa acabou e o "former" orientador foi para o sul e sumiu do mapa por lá...

Em meio a isso tudo tenho saído por aí com alguns amigos e, quando estou de saco cheio de ficar na rua, me fundo ao sofá para jogar The Sims 3 ou assistir a Heroes (que por sinal está uma bosta desde aquela segunda temporada.... mas essa quarta está um desastre... que merda é essa que estão fazendo com a estória?).

É... estou bem férias mesmo. Tomara que o tempo passe como uma lesma e eu ainda esteja de férias até me cansar delas...


** Sessão reservada para uma homenagem a uma célebre pessoa:

Fefs que hoje completa seus 22 anos de existência e que teve o atrevimento de ir morar muito longe de todos nós para realizar seus sonhos no Canadá!

Um dia vou ser atrevida como você!

Te amo horrores! Parabéns!


►Chaaaaaaaaaaaaiiiin Will keep us together...

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Mais um, novinho em folha

O ano acabou e eu não vi passar. Brindamos dois minutos depois. Eu estava bêbada demais para ligar pra isso. Eu nem tinha parado pra pensar. Só percebi hoje que eu não conclui meu ano como sempre faço. Não pareceu um fim de ano como os outros. Não pareceu um ano inteiro como os outros. Mais tarde passei mal de bêbada, isso foi novidade. Temos planos empolgantes, tomara que eles funcionem. Estou com uma sensação de incompletude. Tá faltando alguma coisa. As coisas na minha casa estão ficando cada vez mais difíceis. Minha avó com Alzheimer e agora chegou a parte feia da doença. Ninguém sabe lidar com isso direito. Enquanto isso eu batalhando para aprender a pensar no que faço e ouço. Também tem essas noticias difíceis de digerir. Não foi lá um bom natal. No meu ano novo faltou o João. Mas o João sumiu do mundo. Faltou um monte de gente. Lembrei agora mesmo da tradicional (ou não) homenagem que faço aos meus amigos que se destacaram em minha vida durante o ano. Nesse ano tenho tops não nomeados. Ah, sei lá. Ainda não sei porque não quero pensar em 2010. Afinal eu não preciso.

Por isso mesmo apelo para a minha saída. O novo vício agora é assistir Heroes. A minha veia nerd não me deixa mentir. Alias, é sempre algo desse tipo, fantasioso, inteligente, bem calculado que me faz esquecer qualquer coisa. Uma forma muito eficiente de me refugiar dessa bagunça à minha volta.



►Quem sabe outra hora...