sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Pululantemente


Placebo vai se apresentar em BH no Chevrolet Hall dia 16 de abril! Agora me pergunta se eu vou? Quase morri de taquicardia quando fiquei sabendo. Tive que sair pulando pela casa para dar vazão à empolgação. Eu vou realizar um sonho de quatro anos de idade já! Assim que os ingressos estiverem à venda, o meu já estará em mãos!
Estou experimentando alguns sentimentos bastante adolescentes! De muitas formas, é bastante empolgante. Acredito que haja alguma adrenalina envolvida nisso tudo. Mas, apesar do rótulo de adolescente que acabei de colocar no sentimento, não ligo muito...
Estou sim é achando muito absurdo como eu ainda consigo refletir sobre isso. Mas vamos dar um crédito: eu já passei por isso antes e sei como é a coisa. Mesmo assim ainda é um pouco estranho perceber que seus ídolos, aquelas pessoas que você coloca em um pedestal eterno, são na verdade pessoas que fazem merda e amadurecem com o tempo. Hoje vi um bando de fãs menininhas adolescentes darem chilique porque Matt Bellamy fuma e isso é feio e vai estragar sua linda voz e é ridículo e que elas estavam muito desapontadas com ele... ah come on! Ele é gente como a gente! E isso, isso dá pra fazer!
Essa é uma época desleixada da minha vida. Digo, essas férias foram. Semana que vem as aulas começam novamente, mas ainda não me sinto no clima de voltar a me dedicar ás coisas. Acho que é porque voltei a me sentir um pouco perdida e sem motivação na faculdade. Apesar de estar fazendo dois estágios que eu gosto muuuito, a idéia do que vai ser da minha vida depois que essa trabalheira toda terminar voltou a deixar minha cabeça nublada. Estou com saudades da rotina, mas não quero mergulhar em nada. Não quero ser inteligente mais. Para mim é o bastante ser sociável e cantarolante.
No trabalho estou sendo desafiada todas as terças, quintas e sábados. Acho bom. Vejamos se sou capaz de... pull this off, por assim dizer.
2006 voltou enquanto escuto Placebo por horas. Memórias de 2006 voltaram junto. Parece que faz tanto tempo... ao mesmo tempo parece tempo algum. Como assim eu já tenho quatro anos de faculdade?



►Change your taste in mennn...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Raiva enlatada


Hoje o meu carro pifou... e qual é a novidade nisso, não é mesmo? A novidade é que ele demorou alguns bons meses para voltar a me dar trabalho. Suspeito de que ele não goste de mim. Portanto, amanhã vou ter um atípico dia movido a ônibus. Por mais estranho que pareça, isso me animou um pouco. Tem muito tempo que não ando de ônibus olhando para essas cidades feias e essas pessoas feias e pensando em coisas randomizadas.

Eu tenho descoberto coisas sobre mim, diferenças entre as minhas carências emocionais que me fazem ser assim ou assado e as coisas que eu realmente sou. Hoje descobri que existe uma pequena Monica em mim. Eu NÃO CONSIGO conviver com um ambiente sujo. Desorganizado tudo bem, bagunçado, caos absoluto até que vai. Mas se eu vir manchas ou resíduos ou poeira no chão ou sobre as superfícies eu fico desconsertada. Bate uma angustiazinha!

Também vi que eu não confio tão facilmente nas pessoas. Na verdade acho que existem apenas três pessoas no mundo em quem eu confio 95% e uma quarta em quem confio 89% (é engraçado como esse ranking não é tão óbvio quanto alguém que me conheça poderia imaginar. Me surpreendo com ele também). A maioria das outras pessoas que eu conheço devem estar em uma porcentagem abaixo de 80. Mas, afinal, nem em mim mesma a confiança chega aos 100%. Acho que me tornei uma pessoa muito desconfiada, haha.

Outra coisa que descobri é que eu não sou tão boazinha quanto eu mesma acreditava há alguns meses. Eu sou capaz de não gostar de alguém, e eu ás vezes nem preciso de um motivo para isso. Também descobri que eu não tenho muita habilidade para apoiar pessoas em momentos de desespero. Eu tenho uma tendência muito grande de tentar introduzir uma visão nova e racional à situação, para expandir a percepção da pessoa. Mas ontem acabei descobrindo que isso não é bacana para quem ouve. Quem ouve na verdade quer é algum tipo de suporte, um afago, sei lá... juro que nem entendo direito o que é que a pessoa quer ouvir em uma situação dessas porque eu não consigo cogitar a possibilidade de enganar as expectativas de uma pessoa apenas para vê-la mais calma ou feliz. Pensar nisso me dá raiva. Assim como me dá raiva a falta de racionalidade que ataca uma pessoa. Eu tenho raiva principalmente do costume de se deixar às mãos da pura reação emocional impensada, porque para mim o sofrimento não vale a pena. Não é possível que uma pessoa não seja capaz de tomar as rédeas das coisas, do próprio coração, dar uns bons tapas nele e falar “cala a boca que agora é o cérebro que vai tomar conta dessa jussanga aqui!”. Se eu não acreditar nisso do fundo do meu intestino, juro que entro em parafuso. Eu PRECISO acreditar que uma emoção não vai acabar comigo e me levar como naquela maldita musica do zeca pagodinho, sem que eu possa evitar, fazer uma escolha, fazer com que a minha vida pertença a mim e não a outra pessoa. Nunca mais quero me sentir nas mãos de alguém, como se minha felicidade dependesse de um sorriso ou de duas palavras enigmáticas que vão me deixar três semanas sem sono, imaginando o que possam ter significado.

Nossa... tive um momento de catarse aqui! Até taquicardia me deu depois desse desabafo enfático... Blog também é terapia, gente! Não sabia que era por isso que estava tão irritada ultimamente. Mas e agora? O que fazer... ainda não sei como agir diante dessa raiva. Eis um tema para a próxima sessão.



Ainda não me cansei de Muse.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Irony



I love and hate the irony.

How Hitler did a campaign against Jewish scientists and because of that was not able to build the atomic bomb after Einstein renounced his German nationality…

Or how I wrote about running away from emptiness and, hours after that, cried like a baby in front of the book I’m reading (that, ironically, was practically written about my life up until now). The book is Alice Miller’s “The Drama Of The Gifted Child”. It’s about how a child can grow up seeking for the parents’ love and approval and, for that, having to give up emotions, becoming the perfect child with no bad feelings or inconveniences. Well, actually it’s about psychoanalysis , but it’s quite intelligible to someone who hasn’t ever studied about it, although it’s a bit complex. But anyway, come on! The book is about me, mainly!

(Actually, the reason why the book was so ironic after what I wrote is hard to explain… and maybe I don’t want to =D)

Today I feel like I’m able to do things. Like I’m actually good at what I do. Teaching, driving, speaking (translating vague ideas into speech). These days are good. I also feel interesting. Maybe it’s all this music that I’ve been listening to that left me in high spirits.

Only I’ve been worrying about my will to do stuff. Like the bad stuff, stuff that demands effort. I have this really bad tendency to leave them aside. One good example is the diet I should have been doing so I lose some weight. But as Humbert told me, I get cranky when I’m hungry…

Just arrived home. Came from work, so the thoughts are still in English. Didn’t press the SAP button yet.


There’s no need for beautiful endings in this world of chaos…

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Anything



Fantasy is not just an interest of mine. It actually saves me from something seriously disturbing: nothing. Nothing is itself an invitation to anything. And nothing can be scarier than anything.

Well… my thoughts tend to go on if I don’t stop them. Today I had company. Three imaginary friends. When I realized I was talking to my empty car as if there were people there answering me back I thought “how far am I from madness?”.

I would like to learn how to sing (properly). I would like to meet people I admire and talk about life and other unimportant things. I would like to speak my mind when it’s needed. I would certainly like distances to be smaller!

And if I could choose someplace else to be right now, it would be London, definitely!



Half asleep, half full, half Jack... I am Jack's half of a thought.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Update

Primeira semana depois do fim das férias e eu já me sinto exausta. Desconsiderando destino, espiritualidade e todo esse tipo de coisa às quais não consigo me apegar nem na marra, eu vou sair dessa situação bem mudada. Lidar com a minha avó com Auzheimer, digo. É a maior sensação de impotência possível no mundo. Porque simplesmente não há o que fazer. Tenho adquirindo uma fobia do telefone quando ele toca. Até taquicardia estou tendo quando escuto aquele barulhinho intrometido. Eu tenho me apegado muito aos meus ouvidos a fim de relaxamento. Ironicamente as musicas mais relaxantes são aquelas com riffs de guitarra no talo a ponto de estourar os tímpanos. Fazer o que, sou uma pessoa de gostos pitorescos.

Gostaria de estar lendo um pouco também, mas não estou tendo paciência. Exige muita concentração e ultimamente eu preciso e dispersar minha mente para que ela não doa 24/7.

Outra coisa que ajuda muito é adquirir obsessões bobas. Como a minha obsessão por Muse que me faz gastar horas no youtube assistindo entrevistas e virando uma daquelas groopies que eu acho ridículas. Mas calma, calma! Não criemos cânico! Eu não estou por aí dizendo que vou casar com fulaninho guitarrista de banda do outro lado do mundo (e nem vou... coisa mais adolescente histérica!).

Viajei para o Rio semana passada com a Laila e a Diva. Foi a última semana oficialmente de férias e a viagem foi planejada de ultima hora (três dias antes). Mas foi maravilhoso! O Rio, como sempre, continua lindo (e insuportavelmente quente), e me diverti horrores, me queimei de tanto sol também, sambei demais, enfrentei vertigens loucas. Durante esse tempo não me estressei com coisa alguma. Foi a gente chegar ao aeroporto de Santos Dumont para pegar o avião de volta que o estresse voltou com todos os seus piores sintomas.

Agora já voltei a trabalhar e bem, não vou reclamar muito porque eu gosto do que eu faço. Dar aula é muito bom! Mas dá tanto trabalho e por uma remuneração tão miseravelsinha! Vamos ver se nesse ano eu consigo manter controle da minha vida financeira com a planilha super versátil que a Laila fez para mim!

Da faculdade já estou com saudade. E pesar porque algumas coisas não vão mais voltar (como a pesquisa de memória e tudo que viria pela frente com o Gauer... vou sentir falta dele). Mas agora tenho a empolgante perspectiva de ser psicóloga de verdade, atendendo em psicoterapia. Sem contar com os atendimentos na neuropsicologia que vão continuar e com a possibilidade de fazer terapia cognitivo comportamental com alguns pacientes.

Estou começando a sentir a parede da formatura me empurrando pelas costas. Parece que falta tão pouco tempo e tanta coisa que ainda não fiz por lá. Mas é desumano fazer tudo que eu quero fazer. Se me dedicando mais ou menos nas coisas que já fiz eu quase tive uma síncope no semestre passado...

No mais, tenho ido muito ao cinema. Até sozinha quando não tem ninguém disponível (ou quando não estou a fim de conversar também). Mas não é porque perdi critério! Tem coisas que me recuso a assistir. Mas ultimamente tem tanta coisa saindo no cinema toda semana, e eu nunca canso de ir... último que vi foi Nine, o musical do diretor de Chicago que é muuuuuito bom! Nunca pensei que um dia gostaria de alguma coisa que a Fergie cantasse na vida! Esse mundo é muito louco!

E sabe o que seria uma big Idea agora? Um banho gigante e depois terminar de tomar o pote de Häagen-Dazs (strawberry cheasecake) que eu comprei hoje, ouvindo (pausa dramática...) Muse!


Frase da semana: “I’ve had recurring nightmares, I was loved for who I am, missed the opportunity to be a better man.” (Hoodoo – Muse)