sábado, 6 de novembro de 2010

Nudez.

Sabe, eu geralmente passo muito tempo pensando, me preocupando com o que pode me vir pela frente e me vitimizando diante de tanta imprevisibilidade. Às vezes eu chego a me irritar com isso: eu fico bem chata de vez em quando.

Sim, eu ainda faço isso. Essa não é uma declaração do tipo “olhe como sou uma pessoa melhor agora”. Mas como é bom uma vez ou outra experimentar aquela tal nudez psicológica que eu tanto desejo. Apenas ver as coisas como elas são. E o que elas são é puro caos e sorte e.... bem, muita sorte!

É muito fácil viver na rotina. Não requer esforço, não requer sequer a menor consciência do que se está fazendo. Ontem, ou foi outro dia, você me disse que a felicidade vem com um preço: a infelicidade. Mas eu acho que acredito no oposto. É na miséria de ser quem somos que podemos encontrar alguma paz.

Eu sofro um pouco todo dia. Sempre foi assim desde que resolvi ser alguém por mim mesma. Alguns dias são mais difíceis. Alguns dias eu separo para viver a inércia e descansar a minha reflexibilidade crítica. Tem dias que precisamos de um tempo de ser.

E as horas passam. E eu por aqui, conversando com essa nova eu que você fez surgir. Ela me faz lembrar da sua presença... e da presença de sua ausência.

Sabe... eu gosto de você! Em um nível interessante: adoro quando isso acontece! É você pessoa para além de você você. Um conceito confuso, mas acho que você me entende. Você tende a me entender.

E cá estou eu, falando além do que poderíamos chamar de discreto ou reservado. Mas quer saber de uma coisa... eu não estou nem aí! Hahaha Eu apenas gosto de materializar esses sentimentos que me vêem no meio do nada enquanto faço o que há de mais inútil e improdutivo.

Agora vou voltar às minhas leituras fantasiosas enquanto espero a sua volta.



►Acho que sou sonâmbula...