terça-feira, 28 de outubro de 2008

Angústia Sartreana

Essa raiva é mesmo de mim? É mais um medo de ter raiva dos outros? É mais um medo de ter raiva? Esse tempo está me irritando! Puta que pariu, já é terça feira!
Por que é que estou correndo tanto? A pressão vem de mim, não tem ninguém no meu pé dizendo o que devo ou não devo fazer (e isso é um ponto crítico, devo dizer). Quem sabe por isso mesmo eu esteja correndo tanto. É essa maldita terça feira que chega antes do que devia e me faz perceber como eu fiquei parada enquanto os dias passam por mim feito vento.
Às vezes eu tomo umas atitudes paliativas, achando que delas virão as soluções... todas elas.
Ontem encontrei o meu pai, e começo a ver semelhanças entre nós dois. Claro que eu, na situação dele, não faria com a minha vida o que ele faz com a dele... Mas o que é que eu estou fazendo com a minha vida, estando na minha própria situação? De maneiras bem diferentes, nós dois temos o dom de fugir dos problemas... a diferença é que ele está em depressão, e eu ainda encontro esperanças em coisas variadas... deve ser o meu signo tentando achar um sentido maior e otimista para o universo.
Percebi que eu estava no fundo do posso quando uma mensagem de fim de programa da Ana Maria Braga me fez pensar nos meus problemas. Pensei: meu deus, eu sou uma dona de casa! NÃÃÃÃO!
Pois é... como eu quero ser capaz de dizer fodas pro mundo e olhar para o meu umbigo!


►Segunda feira vagabunda: não tive aulas, fui pra casa das minhas tias e passei o dia todo lá me sentindo uma pirralha de dez anos de novo... o contraste foi sair de lá dirigindo e dando carona pro meu pai...

domingo, 26 de outubro de 2008

Momento em paralelo

Ironias riem da minha cara todo dia. And the facts were these... quanto mais caminho, mais empurrada me sinto pelo tempo e menos sei o que estou fazendo. Minha vida despencou de uma vez. Na verdade, sejamos um pouco mais literais, eu estive colecionando e adiando os meus fantasmas e de repente todos saem ao mesmo tempo para me assombrar. Já sabemos que esse semestre não está muito bom para ninguém. De repente ficou mais difícil viver (sinto que já mencionei isso indefinidas vezes).
O tempo passa, às vezes mais rápido do que podemos suportar... mas esse é um momento paralelo e único. Não teve começo ou fim, dura pra sempre e não é medido em tempo.
Será que é essa minha nova consciência exagerada de futuro ou a falta de consciência do passado? De alguma forma me sinto uma folha em branco sem nenhum talento para me tornar a poesia que sempre sonhei em ser.


►And the facts are these...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O meu pensamento...

... é uma linha trêmula que escolhe seu próprio caminho próximo ao chão. Bem próximo mesmo. Às vezes sinto como se ela fosse dar um pulo ou desenhar uma espiral em 3D... mas não posso esperar tanto assim de uma simples linha trêmula.
Até os dias bizarros me parecem comuns demais. Eu não devo estar muito para me maravilhar com novidades hoje, ou qualquer dia desses aí...
Mas é claro que estou acuada. Agora já penso em aversão... insights têm lá suas peculiaridades. E eu me cansei. Já tem mais de ano que me cansei. Cansei de tudo isso, toda essa energia que se gasta sem destino, sem qualquer vantagem econômica. Cansei de mim, me debatendo contra essas cordas e correntes invisíveis feitas de ar. Cansei até das futilidades que me servem de consolo. Onde mais se vê sentido? Quem sabe em uma vida paralela onde meu único mérito é poder me considerar mais inteligente que a média e onde posso me ver num futuro qualquer sendo respeitada e reconhecida pelas coisas que minhas sinapses conseguem fazer, como se fosse um circo de habilidades pitorescas. Mas é uma vida paralela. Vida mesmo é essa coisa na qual nunca consegui me sair bem. Sou um desastre em viver, admito. Minha família, meus amigos, meus conhecidos, meus amores, meus ídolos, meu passado, meu presente, minhas vontades, meus medos, minhas certezas, meus descaminhos, minhas várias e várias e várias limitações... só sei me virar quando o interlocutor é imaginário... e eu no meio de tudo, sem saber quem afeta quem e pra onde esse trem está indo. Para Barbacena, quem sabe, ou para as terras ermas de lá na puta que pariu.
De que me adianta? Se ao menos houvesse resposta para isso... mas não vem resultado, eu não aprendi nada, eu não mudei em nada, eu estive apenas presa em uma gaiola brincando com meus cubinhos coloridos, absorta em delírios sobre o mundo e como ele funciona.
Eu digo: me dê um reforço e eu te darei o comportamento desejado.



►O tempo está propício para fazer um piquenique, navegar em alto mar e ser bastante pessimista.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Comprimindo

Queria alguma palavra para descrever esse sentimento comprimido.
A apresentação foi bacana, fiquei meio nervosa, mas me saí bem. Afinal foi uma super novidade da minha vida essa de apresentar trabalho em evento acadêmico. Mas esse mundo é o mundo que ainda me faz sentir que eu posso ser alguém na vida.
Eu quero um gato...
Meu orientador é tão papai coruja! E a minha diversão do momento se resume em laboratório e os meus seletos amigos.
Estou perdida... não sei mais como vão ser meus dias.
Tenho uma teoria: tem algum planeta bloqueando alguma fonte de energia pra Terra, ou então estamos no foco de um buraco negro que está sugando tudo que há de bom por aqui, como um dementador ou qualquer coisa besta... porque simplesmente todo mundo está passando pelos momentos mais difíceis dos últimos tempos nesse semestre. Por que ficou de repente tão difícil viver assim? O mundo está louco, e só.
Ontem vi um filme muito bom.
Hoje calei a boca mais do que devia.
Amanhã, não sei o que vou fazer. Só espero decidir até ir pra cama, se não vou acordar amanha e saber que aí vem mais um dia dos piores.
Como já disse várias vezes, que bunda!



►Mau humor?

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

About tragic thoughts

Ok, so now what? I have been there before and I do know what I don’t want.
How is it gonna be from now on? Well, let’s see if time will answer that one.
If it doesn’t, I swear I’m getting myself inside a mental clinic! Cause there’s no way someone can be that stupid.
So I lose my time… the precious time I should be using to study for the “presentation” of the research tomorrow…
Everything is gonna work out, I guess. I mean, I feel so bad, but so bad, that I just can’t see the goodness that I know is there. At least I know it is there!
Why do I feel that one year was the same as none time at all? I thought I had grown, but turns out I’m just the same girl pretending to be fragile so that people would notice and feel bad about making her sad… how is that for something to own up to?
Well, now history repeats itself, I see myself again trying to find impossible ways of forcing things to be perfect, maybe because I feel I’m not worthy of getting what I try to have or because it just doesn’t happen… and I simply don’t know how to go for it, I mean… I don’t have the behavioral repertory for that.
Oh, god. I feel so lost…
Now what? I’ll just keep living in desperate need of therapy and a terrible self esteem… meanwhile, I can always think about these practical chalanges I buy to feel that me being living has some kind of sense!


►A tragic post about tragic thoughts... Well... just being honest.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Dor

Eu estou de saco cheio!
O que me resta de bom são alguns poucos amigos e o laboratório.
Hoje é um dia ótimo para estar de mau humor. Gripe, calor, dor de cabeça, brigas em família...
Não queria estar aqui... tem lugares muito mais agradáveis para eu estar nesse momento. Mas a razão me manda suportar (como sempre) caladinha e agüentar firme até a poeira baixar.
Enquanto isso, tenho coisas a terminar e a estudar.



►Não posso mais me ancorar numa mentira!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Você brilhou!

Eu estive abusando da sorte... às vezes é necessário pisar no chão e perceber que tanto prazer assim só pode estar levando a desespero. Nada contra o prazer, é claro. Sou uma grande partidária. Mas também é bom o sentimento de missão cumprida, o reforço paterno, o alívio depois de nadar quilômetros até chegar à terra firme.
Por isso hoje eu pensei duas vezes antes de interromper as obrigações sem razões aparentes. Eu adoro essa famosa desculpa de que não consigo me concentrar por muito tempo. Mentira... foi o que eu fiz. Fiquei de oito da manhã ao meio dia estudando enfurnada naquela salinha simpática. E no final das contas não dei conta de terminar (por falta de fonte).
Recebi uma estrelinha de “você brilhou”. E como foi bem salientado, eu trabalho voluntariamente e tem que haver algum retorno... mas eu já fico tão satisfeita com um retorno como o que recebi: alguém que admiro até encostar na cerca elogiando a minha escrita, meu poder de síntese e meu esforço!
Mas de toda forma, ainda não acabou. Foi só um encerramento dentre mil coisas acontecendo. Agora preciso terminar aqueles tais artigos para poder ter uma conversa decente sobre essa pesquisa amanhã cedo. Sim, eu tenho menos de doze horas para ler digamos muita coisa!
Hoje assisti às aulas! Cheguei a estranhar o fato. Claro, porque eu não faço mais isso! minha vida agora se resume em laboratório, corredor da fafich e cervejas em momentos inusitados. Boa fase, eu diria!
Estive descobrindo coisas sobre mim. E estive me testando de forma até sapequinha...
Engraçado... para alguém que se define pela não-definição e faz escândalo em publico quando se empolga demais e nem liga para isso, eu até penso demais na opinião que as pessoas podem ter sobre mim. Eu costumo me fazer acreditar que as pessoas me acham interessante, inteligente, espertinha, engraçada e sarcástica: a minha definição de mim mesma! Pelo menos meu feedback é positivo de todos os lados (ou quem sabe nem todos).
Mais engraçado ainda é descobrir essas coisinhas irônicas da vida. É tão fácil deixar um ciúmes bobo crescer e virar inveja e até desconfortos desnecessários... e quando você descobre que aquela pessoa com quem você não foi muito com a cara na primeira impressão também nao foi muito com a sua? E quando você descobre as melhores pessoas escondidas nas cascas mais improváveis?
Sabe de uma coisa... eu já sinto é o contrário. Quanto mais uma presença me intimida e quanto mais inveja tenho de alguém, mais eu quero me aproximar para ver como a pessoa é. Afinal, se alguém me intimida é porque de alguma forma é merecedora da minha admiração também.
São tantas voltas... e o tepo vai passando sem eu ver, e eu vou vivendo no meio dessa bagunça.
Mas então vamos lá! Ler até os olhos caírem, viver um dia de cada vez e me alimentar de forma saudável!



►Muita saúde e boa forma!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Continua a girar

Não tenho tempo e não tenho leitores. Mas continuo ignorando a bomba relógio e reservo um tempo de improdutividade no meu dia para escrever. Para ouvir música também. Sem ela, o que seria de mim?
De repente me bateu saudadinha de pessoas e das suas respectivas épocas. Tem sempre alguém batendo na porta...
Hoje me arrastaram para o cinema. Eu não queria ir. Sim, queria, mas não podia. Tentei argumentar umas três vezes que ainda precisava terminar o meu pôster, mas eles ganharam e eu já estava indo despreocupada com eles. Mas uma coisa é certa. Eu nunca mais vou na onda da Fernanda para escolher o filme! Não entendi porque ela não quis assistir o Ensaio Sobre a Cegueira (quero muito ver e nunca arrumo tempo). Ela me fez passar pela experiência até engraçada e deveras pitoresca de comprar um ingresso para aquele filme lá... como chama? Casa das coelhinhas? Uma merda dessa aí... e entramos para a sala de cinema nos sentido idosos perto da manada de pré-adolescentes que já estavam lá jogando pipoca, gritando, comentando de seres do sexo oposto e toda sorte de bobagens. Foi uma experiência que eu não pretendo repetir! Mas, como tudo na vida, até pude desenvolver algumas reflexões interessantes em cima disso. Eu sou um ser inquietante que não vive feliz sem algo para ocupar a mente.
Estou com saudade de ler sem compromisso. Comprei vários livros e ainda não tive tempo para ler nenhum. Queria também ter tempo para ler tudo que arrumo para ler na faculdade. Daí acabo tendo que selecionar o crucial. E minha bomba relógio está contando... um segundo de cada vez. Assim é bem mais angustiante, por sinal.
Pois é. Já quase terminei o pôster, só falta a parte que depende de eu terminar de ler os tais cinco artigos. O corpo inteiro dói, mas ainda estou viva. Já repeti o cd de Gotan Project umas três vezes e ainda não cansei. Está passando Titanic na TNT, e por algum motivo misterioso eu não troquei o canal. Quem sabe por alguma dessas forças misteriosas que regem o universo e que fazem vasos de petúnias pensarem “oh não, de novo não” em plena queda livre... o sono já passou para outro level e eu sei que não terei descanso ou tranqüilidade por mais um bom tempo. O que é que estou fazendo aqui? Acabo de me imaginar tomando um chocolate quente em um café em Londres num dia chuvoso e cinza, usando um cachecol preto e um sobretudo creme, conversando com um rosto familiar.
Eu estou lá e estou aqui. Essa é a beleza de se cultivar desejos em uma hortinha. Eles crescem quase que sozinhos.



►Que dia é hoje? Eu já morri?

domingo, 12 de outubro de 2008

Conflito em prosa.

E quando a vida está de cabeça pra baixo, você não sabe mais onde tudo começou e se tudo pode um dia acabar, as pessoas não têm mais as mesmas faces e as lembranças ficam turvas para aqueles momentos menos representativos. É tão fácil alguém ou alguma coisa entrar e bagunçar tudo... Voltar a estabelecer uma ordem demora horrores. Às vezes nem volta a ter uma ordem.
Tem hora que penso que essa nova forma de lidar com as coisas é mais saudável que a antiga. É provável que ela seja tão ou mais doentia. São sempre voltas que eu encontro para manter comigo o que não quero perder.
Essa bagunça toda me tornou alguém que eu nunca esperava poder ser. Costumava pensar, quando o professor de geografia no colégio passava sermões aos vagabundos, que eu era uma dos tais vagabundos. Não conseguia ver muito futuro para mim... eu não conseguia me estabelecer bem nem no presente.
Agora eu sou capaz de tanta coisa que não acreditaria se me contassem há uns dois anos. Mas ainda sou incapaz de tanta coisa...
Não sei se estou gostando desse novo level de relacionamentos. Estou mesmo é com medo. Medo de isso me acostumar às minhas fantasias. Medo de que a queda seja maior quando for para eu cair.
Pois é, eu gosto de ser levada pelas situações... gosto até demais. Acho que meu lado capricórnio vai brigar eternamente com a sagitariana que há em mim.



►Eis que meu telefone toca... era a minha vida me botando contra a parede.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Feliz por não ser tão feliz assim.

Quase meia noite e eu ainda não li nenhum dos artigos. Acho que agora não leio mais. O sono resolveu mostrar as caras, acho que ele esteve tímido e se escondendo o dia todo. Adoro poder dizer que agora a minha vida não para mais quieta. Quando completo uma tarefa, me aparecem mais três. E por culpa minha, é claro. Claro que eu tinha que terminar a minha parte dos verbetes antes de todos e ainda por cima me oferecer para ajudar com os que ainda não foram feitos. Acabei pegando mais três para fazer até semana que vem. E a semana do conhecimento chegando e eu aqui sem segurança para fazer o meu pôster ou para apresentar a pesquisa. Mas já consegui recursos para arrumar essa segurança: os cinco artigos que não li ainda e já é quase meia noite.
Ainda não atualizei o meu quadro de horários. Minha memória prospectiva está sendo muito exercitada nessas ultimas semanas. Literalmente... e agora, sem meu quadro de horários, não consigo mais viver em paz. Quem diria, eu esquematizando compromissos em um pedaço de papel? Como as pessoas mudam quando estão sob pressão! Outro dia eu realmente cogitei a possibilidade de comprar uma agenda. Me assustei com o pensamento imediatamente. Claro: as palavras agenda e Paula não entram na mesma frase se não com um “não funciona para” entre as duas. Mas bem, estou aberta a essas novas experiências de quem eu posso ser. Só acho muito engraçado como cada coisa que me acontece num dia dá um jeito de se encaixar na minha definição de mim mesma. Eu tenho esse costume de me relativizar 24hs por dia.
Hoje foi um dia serelepe. Ri mais que o normal até para mim. Esqueci totalmente o cansaço e me diverti sem motivos aparentes. É aquele sentimento de confiança que tanto se busca por aí. Confiança na minha inteligência, na minha garra para conseguir as coisas, na minha competência para me virar em situações adversas, nos meus resultados, no meu controle diante daquilo que me altera, na minha capacidade de me superar naquilo que me machuca... acredite, algumas coisas são muito melhores depois do sofrimento e do esforço pela conquista. E algumas coisas são realmente muito melhores da forma como as circunstancias permitem. E que bom que eu não consigo tudo que eu quero! Eu seria alguém tão detestável se não me obrigasse a lidar (com muito, mas muuuito sofrimento) com a perda...
Sim, eu sei que dias tão bons assim tendem a ser seguidos por dias péssimos, cansativos e com uma taxa de auto-estima abaixo do zero absoluto. Mas que se dane! É por saber que ela vai acabar que eu não vou mais acreditar na alegria?
Minha frase do momento: vai tocando em frente, quérida, que um dia chega em algum lugar!
Eu e essa minha simpatia pelo caos...



►100% dos que concordam comigo tendem a discordar do mesmo. 99% dos meus pensamentos tendem a se contradizer numa dupla negativa (minto, tripla e meia). 120% do que eu digo tende a ser encontrado no gerador de lero lero.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Que climinha mais lounge!

Agora, com essa crise de eficiência e o fim dessa loucura toda se aproximando começo a pensar em como fiquei acostumada com a correria. Acho que vou me sentir meio perdida e ociosa quando não tiver mais esses verbetes para me preocupar ou quando não tiver mais a semana do conhecimento para me deixar em parafuso. Claro que quando forem me aparecendo mais projetos, mais compromissos e mais responsabilidades eu vou abraçando.
As matérias da filosofia que estou “cursando” esse semestre se transformaram nas menores das motivações. Na verdade, estou pensando seriamente em abandonar a matéria de estética de Hume, que é a única na qual estou matriculada. Mas como eletiva não conta como créditos e nem contribui para o rsg, que se dane. Essa matéria já está me atrapalhando mais do que trazendo qualquer coisa de bom. Quanto às duas outras, estética já me desmotivou há tempos, desde que a Virginia começou a passar Kant e eu nada entendendo. Ontologia ainda pode me trazer coisas boas, por isso vou continuar assistindo. Ainda vai chegar a aula de filosofia da mente! Mas eu estou passando por um período de direcionamento e focalização do meu interesse. Claro que também é um período de dúvidas crescentes, de decepçoes e surpresas...
Como pode-se perceber, meu interesse está todo direcionado a essa coisinha complicada que costuma-se chamar de mente. Hoje eu estava em uma mesa da cantina discutindo assuntos triviais com meus colegas de turma. De seis pessoas, apenas duas (eu e Igor) ainda tinham convicção de que estavam no curso certo. Todos estão entrando em crise com o curso e eu ainda estou aqui achando que a melhor coisa que já fiz foi marcar um xizinho na psicologia no dia em que me inscrevi pro vestibular. Não faço a menor idéia do que vou fazer da minha vida, mas pelo menos tenho um puta prazer com o que estudo. Sinceramente, não me imagino fazendo qualquer outro curso (claro que ainda farei belas artes, mas é outro assunto. Não é nada profissional, é por prazer). É... eu tenho que ser é psicóloga mesmo!
E agora estou quase correndo atrás desse estágio mesmo. Sei lá, eu dou um jeito e flexibilizo os meus horários e arrumo uma forma de continuar me dedicando ao laboratório (eu já criei um vínculo afetivo enorme com essa idéia de laboratório). Mas ter dinheiro é algo que faz falta e eu estou me cansando de depender do bolso sofrido da minha mãe. Nunca gostei de pedir nada. Agora que ela não está podendo me dar nada mesmo, estou passando fome, me desgastando, deixando de ler textos por não ter como tirar os xérox... fica difícil. Além do que, arrumar um emprego me parece um passo penoso e fatídico. Mas sem ele eu vou continuar me sentindo empacada.
Como sempre, para me provar o contrário, saber que eu sou capaz e crescer, eu preciso assumir as perdas e os ganhos e dar uma reviravolta radical na minha vida.
Para se unir ao conjunto e completar o quadro vem a questão afetiva, que anda tão paralisada quanto antes. Já nem sei se estou realmente procurando por isso. Se na verdade não estou procurando por uma repetição de um tipo de relação doentia. Eu estive é procurando me sentir necessária na vida de alguém, me sentir uma prioridade. E procurei em várias fontes. Mas não é aí que deve pousar a minha auto-afirmação. Afinal, investir em mim mesma não significa fugir do sofrimento e sim criar uma base para saber lidar com ele. Já assumi o fato de que sofrimento não vai faltar, mas quem sou eu para reclamar? Aquela que sempre tira diversão no importa de qual situação, que sempre vê o lado bom das coisas, que sempre confia no bacana das pessoas, que sempre anima para fazer qualquer coisa por mais comum ou incomum que seja. Não adianta negar, eu sou uma pessoa se não feliz, com um enorme potencial para tal.



►A descoberta do século: Gotan Project! Que climinha mais lounge!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Consciência


Sonho


Pergunta pro verbo!

Deixei o meu carro no mecânico para curar suas mazelas e vou ficar uns três dias de ônibus. Até estou gostando da idéia. Tenho uma certa saudade daquele tempo todo que se gasta dentro do ônibus ouvindo música e pensando na vida. Falando em música, passei um tempo amusical, apenas ouvindo o que já estava me cansando de ouvir. Querendo conhecer alguma coisa nova. Pois bem, redescobri muita coisa no meio desses meus trinta Gb de música.
Hoje eu estou num clima... “Fresh” (na falta de palavra mais adequada para descrever).
Fim de semana com bônus de aprendizados atrasados em gramática. É só perguntar pro verbo! Foi uma boa aula de francês, mas me fez sentir como o curso do Luziana por si só não faz ninguém falar francês. Eu sei que adianto muito o meu lado com o meu interesse por música e cinema franceses, mas eu tenho umas dificuldades que só treinando e escrevendo em francês para resolver. Sábado foi um dia avulso. Voltamos do francês e fomos fazer um almoço que só ficou pronto à cinco da tarde.
Ontem prometia ser um dia sem graça qualquer. Mas foi bem agradável. Chamamos meus avó para almoçar aqui em casa e eu cozinhei com a minha mãe. Uma coisa bem nostálgica. Já tinha mais de uns cinco anos que nós não uníamos animação para fazer um almoço empolgado de domingo. E ao som de Tom Jobim e João Gilberto cantados por Caetano. Depois a Diva passou aqui em casa para irmos votar. Ou não votar, digamos assim. a parte de votar foi indiferente. Mas demos uma passeada pelo meu ex-colégio e lembramos de coisas divertidas e nos abismamos com as diferenças desde que formamos. Voltamos para casa e o calor estava tão insuportável que tivemos a brilhante (e que brilhante) idéia de ir à casa da mãe da Diva para nadar em sua piscina. Levamos sorvete e fizemos milkshakes até, bem até acabar o sorvete... Adoro quando a Diva aparece avulsamente. Sempre nos rende alguma coisa divertida, ou mesmo que fiquemos a toa jogando adedanha, nos divertimos horrores.
Voltamos para casa uma 19:00 e eu fui trabalhar nos verbetes de novo. Até fiz um bom progresso, mas ainda estou tendo dificuldades com isso.
E bem, hoje eu vou ter tudo para voltar de saco cheio e exausta. Mas whatever. Às vezes eu posso me sentir independente de eventos para me considerar viva.
Acordei com vontade de usar verde e ouvir lounge. De me despreguiçar como um gato e tomar um banho de uma hora.



► Where do I go to get some perfect life?

domingo, 5 de outubro de 2008

Paralisia do sono.

Essa noite eu tive uma crise de paralisia do sono mais uma vez. O mais assustador é que essas “crises” duram cada vez mais. Ou seja, é cada vez mais tempo de angustia por não conseguir me mover e estar consciente disso.
Ultimamente eu sempre tenho consciência do que está acontecendo. Chego a pensar “ah não, mais uma vez?”.
Dessa vez foi assim: eu estava sonhando, e eu não lembro bem o que estava acontecendo no sonho, ou como eu fui parar no meu quarto. Em certo ponto eu estava no quarto e me deitei na minha cama. Então, de repente, eu sabia que estava acordada, mas não completamente. E o sonho continuou acontecendo, mas eu sabia que estava meio acordada. Então um homem estava deitado na cama da minha irmã, do meu lado direito, se levantou e veio até a minha cama. Mas ele não tinha cabeça. Tinha, mas quando eu olhava para ela, a cabeça desaparecia e se misturava com o teto atrás dela. Eu estava cagando de medo daquele homem com uma blusa de frio cinza claro. Na verdade não estava com medo dele, mas estava com medo de ele ser de verdade e realmente estar ali enquanto eu estava meio acordada e não conseguia me mover. No fim estava com medo porque nessas situações fica difícil distinguir o que ainda faz parte do sonho e o que já é real, porque eu experimento os dois ao mesmo tempo (seria isso uma quase alucinação?).
Eu comecei a tentar mover pequenas partes do meu corpo. Tentei fechar o punho com força e cravar as unhas na palma da minha mão para sentir dor. Eu sentia que estava fazendo isso, mas não conseguia sentir nenhuma dor. Era como a sensação de sonho mesmo: eu sinto as coisas mas não as coisas em si... eu sinto um fantasma das coisas, uma quase sensação. Eu fechava os olhos e parecia penoso abrir novamente. Mas eu abria e via ali o meu quarto escuro. Tentei resmungar, mas não saia som da minha garganta.
Em certo ponto minha respiração começou a ficar pesada. Foi a primeira vez que ficou difícil respirar no meio de uma coisa dessas. Três vezes seguidas a respiração pesou, mas voltou ao normal. A maior agonia era que eu tentava respirar mais fundo, mas como eu já disse, eu não conseguia mover nada do meu corpo por vontade própria. Da terceira vez que a respiração ficou pesada ela falhou. Eu fiquei alguns segundos sem mover o peito e aí, com a falta de ar, meu corpo se contorceu todo e eu acordei, finalmente.
Essa noite foi uma das vezes mais longas, e claro que uma das mais angustiantes.
Respirei fundo, bebi um gole de água, voltei a dormir.
Quando já era de manhã eu estava sonhando que estava coçando insistentemente a perna mas a coceira não passava. Quando acordei eu tinha certeza (não sei como) que eu estava fazendo os movimentos do sonho com o corpo.
Estou começando a me preocupar com esses meus pseudo-distúrbios do sono (sem contar com aquele dia que descobri que sou sonâmbula ao me pegar jogando água em mim mesma quanto dormia...).

Me apareceu um dilema financeiro: um estágio bem remunerado em uma área em que eu sei que não iria gostar de trabalhar versus o laboratório que me dá tesão e abre caminhos para coisas que quero para o meu futuro, mas onde não tenho garantia alguma de conseguir uma bolsa... Eu me conheço, vou acabar suportando por mais algum tempo indefinido a falta de dinheiro, não poder comprar nada, não poder almoçar durante a semana, não poder ir a shows, não fazer nada em prol da minha super dedicação à minha vida acadêmica.



►Pequena pausa nos verbetes (a prioridade do momento) para respirar.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Pseudo-palavras

Preciso, em primeiro lugar, de um plano de ação. Para dar conta dessas tarefas que não acredito ser capaz de realizar, mas o mundo me empurra para elas (ou que seja eu mesma que me empurro). Depois, preciso de dinheiro. Porque eu sempre me coloco nessas situações em que tenho que escolher alguém para decepcionar, quando decepcionar é em si uma tortura.
As complicações às vezes até parecem inventadas.
Hoje aconteceram coisas de sempre. Algumas levemente assustadoras, algumas saudosas, algumas que incomodam por essência. Ia ser bom me livrar de metade dessas paranóias.
No fim são poucos os momentos do dia que eu dedico a mim mesma. Este é um deles. É neles que eu volto àqueles pensamentos sobre como meus pensamentos não têm substância.
Acho que o meu problema é estar focalizando demais esse meu esquema de mim mesma. Algo que eu considero bom, inclusive. Sabe quando se percebe que quanto mais bem esclarecida e inteligente eu sou, menos satisfeita eu estou com a forma “natural” das coisas acontecerem?
Eu estou tranqüila. Eu sei que me viro. Mas para isso, esses pensamentos “negativos” (entre muitas aspas) vão ter que ficar para de vez em quando na frente do computador sem mais nada para fazer. Pois é né?... se eu continuar cavando até bater na pedra eu paro de viver.
Então vamos lá. Começando por um fim de semana inteiro de livros e artigos e dicionários e mais livros e mais artigos e, se tudo ajudar, conseguir definir pelo menos sete dos meus nove verbetes de memória.
Essas próximas três semanas vão ser difíceis. Não que as seis semanas anteriores não tenham sido...



►Entre o cansaço e a vontade de fazer alguma coisa impossível.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Crise existencial em dez passos:

1. Eu detesto dogmatismo. Sinto uma enorme preguiça e sempre me parece tão imaturo venerar algo com tanta paixão que todas as respostas e todas as frases e todas as reações tem uma assinatura irritante daquilo que se venera. Acho que veneração deveria ser proibida por lei em prol de pessoas mais sensatas e abertas a verdades e mentiras.

2. Não faz muito tempo, eu nunca argumentaria tão fervorosamente como tenho feito. Parece que perdi uma parcela daquele medo que eu tenho de ofender ou decepcionar quando eu me posiciono. Eu sempre tive esse medo de ser alguém. É muito mais fácil só ser quem os outros dizem que eu sou. Mas chega uma hora que é informação demais para se ignorar fingindo ser a famosa average person.

3. Por trás das escolhas que não escolhemos se escondem todas as pessoas que poderíamos ter nos tornado. Mas o que aconteceu aconteceu. Já não poderia ser de outra forma a partir do momento de cada escolha. Dá uma impressão de destino controlável. Dá uma impressão de livre arbítrio determinista. Afinal escolhemos a cada segundo quem vamos ser aos olhos de outros e aos nossos próprios. Mas quem foi que disse que controlamos nossas escolhas? Simplesmente nos entregamos à vontade de nós mesmo. Engraçado pensar assim não? Cheguei a uma espécie de meio do caminho entre escolha e destino onde estou nos dois e em nenhum.

4. É nas discussões e nos argumentos que eu descubro quem é essa pessoa presa dentro da minha pele. Você não conhece o adversário até ter lutado com ele. Meu adversário sendo eu mesma e a luta sendo a simples classificação do mundo. As teorias do desenvolvimento de Vygotski e Piaget não previram o liquidificador no qual jogamos o mundo a cada novo problema. Ninguém previu que a incerteza traria esse sentimento de segurança apavorada. Afinal, ninguém no mundo prevê paradoxos.

5. Eu sei muito bem como é essa empolgação gostosa quando descobrimos o conhecimento mágico que parece fazer o mundo fazer sentido. Parece que a própria vida e o próprio caminho ganham motivo de ser. Mas quão imaturas são essas idéias eufóricas quando a cada momento se une mais um número à soma. Dois mais dois nunca vai continuar sendo dois. Como é que se planeja um fim quando o caminho é feito de gelatina? Onde é que vou chegar quando essas minhas idéias mágicas já forem apenas idéias passadas?

6. O que é futuro? Já ouvi falar disso antes, mas não lembro onde. Quem sabe pela boca da minha mãe ou pelos livros que cruzaram o meu caminho. Mais um paradoxo bate à minha porta. Eu faço planos para a próxima década, para o próximo ano, para aproxima chance, para a próxima responsabilidade. E mesmo assim não confio na minha capacidade de me sustentar eu mesma até o próximo amanhecer.

7. Onde estou? Eu sou alguém? Eu quero ser alguém? Alguém quer ser alguém? É possível querer alguma coisa? O que é que estou fazendo com a minha vida? O que é uma vida? O que é vida?

8. As respostas vão vir quando eu menos esperar.

9. E logo atrás das respostas virão perguntas piores. Certo comediante britânico disse que se um dia descobrirmos todas as respostas filosóficas para a existência e para as questões complexas que regem o universo, este será imediatamente substituído por algo ainda mais complexo. Dizem que isso já aconteceu.

10. Esse papo me deu fome... Vou fazer um macarrão!



►Estava procurando algo para escrever e de repente chegou esse espírito e me encarnou.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Sobre mim e sobre mim.

Um dia, queria escrever não sobre mim ou sobre mim. Mas sobre alguém. Sem medo de alguém ler. Sem medo de ser ridícula só por amar alguém. Sem me importar se também serei amada. Um dia eu perco o medo de defender o meu peito e correr contra o muro, e derrubá-lo e cair, e quebrar vinte ossos, e receber um não. Quantas vezes já aceitei o não que não veio para não deixar que o não venha? Um dia vou me escrever em duas frases e vou sair andando. Se houver resposta, que ela venha atrás de mim. Se não, que eu vá atrás de outros nãos.
Um dia, queria escrever não sobre alguém ou sobre alguém. Ou sobre o efeito de alguém em mim ou em mim. Um dia, queria escrever sobre mim e sobre mim.


Janta
Eu quis te conhecer, mas tenho que aceitar
caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
pode ser cruel a eternidade
eu ando em frente por sentir vontade
Eu quis te convencer, mas chega de insistir
caberá ao nosso amor o que há de vir
pode ser a eternidade má
caminho em frente pra sentir saudade

Paper clips and crayons in my bed
everybody thinks I’m sad
I will take a ride in melodies and bees and birds
will hear my words
will be both us and you and them together
I can forget about myself
trying to be everybody else
I feel allright that we can go away
and please my day
I’ll let you stay with me if you surrender

Eu quis te conhecer, mas tenho que aceitar
I can forget about myself trying to be everybody else
caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
I feel allright that we can go away
pode ser a eternidade má
and please my day
eu ando sempre pra sentir vontade
I’ll let you stay with me if you surrender
(Marcelo Camelo & Mallu Magalhães)


►Invejo aqueles que se declaram.

Memória cotidiana

Acumulando conhecimento e cultivando minha hortinha intelectual. Enquanto isso vou aplicando de formas banais para fixar.
Terça feira às sete e meia da manhã eu estava na aula da matéria que ainda me pergunto se deveria mesmo estar cursando. Mas a inércia me levou ali novamente. Estava assistindo a apresentação de seminário de um cara muito nerd que achou um texto de um filosofo muito nerd (buscando argumentos filosóficos para defender o estatuto de arte dos.... vídeo-games! – Rowling eyes + deep breath). Eu agüentei firme e sonolenta uma hora e quarenta disso.
Quando a aula terminou encontrei a Raquel no corredor do segundo andar. A minha chará de data de nascença. Ela comentou quase que esperando uma resposta negativa: “vamos beber?”.
Eu disse: “não convida que eu fico com vontade.”.
“Então vamos mesmo?”
“VAMOS!”
Já viu né?... Duas sagitarianas com sobrecarga de stress. A palavra cerveja ou semelhantes não podem ser mencionadas que elas já ficam bêbadas.
Fui beber com a Raquel às nove da manhã de uma terça feira. E já tinha um bom tempo que eu não bebia aquele tanto. Quando era meio dia voltamos andando no sol, rindo das coisas sem sentido que só gente bêbada consegue perceber. Conversamos tanto sobre tanta coisa que senti que tinha descarregado alguns muitos quilos das minhas costas. Também estava precisando de algo assim: falar a falar, contar tudo para alguém que estivesse distante da minha história, mas em quem eu confiasse ou pelo menos me identificasse. E a Raquel é um máximo! Como discutimos enquanto bebíamos, ela é aquele tipo de pessoa que é impossível categorizar na primeira olhada. Na segunda e na terceira então, fica mais difícil. Aquele tipo de pessoa que te dá vontade de conhecer por não ser parecida com nada que se conhece.
Fomos almoçar, conversamos mais um monte. E nos despedimos.
Fui para a aula de ética. Claro que ainda bêbada. Eu havia bebido horrores e de estomago vazio. Então eu simplesmente dormi a aula inteira. Quando “acordei” e fui para a aula do Lincoln percebi algo simpático: eu estava com ressaca! E ela durou o resto do dia. Minha dor de cabeça só passou quando eu estava em casa deitada no colo da minha mãe assistindo novela (imagina a cena).

Hoje não teve problema. Não me afetei. O gatinho da fafich me tirou de mim por alguns minutos. Tive uma daquelas reuniões de laboratório que eu adoro (e isso não foi ironia, vale apontar). Fui à apresentação da peça “Aqueles Dois” na reitoria e juro que quem não foi é um idiota! Apelidei a peça de “a-peça-que-me-deu-um-nó-na-garganta-permanente”. Simplesmente maravilhosa, e eu estou boquiaberta até agora.
Depois uma aula de Industria, um macarrão (primeira refeição do dia às quatro da tarde), uma conversa breve com pessoas que me provocam sorrisos. Dirigir em horário de pico (e redescobrir como eu odeio motoristas estressados e apressados e filhos da puta e que merecem morrer em horário de pico – EU OS ODEIO!)
Tenho um trabalho de ética para entregar amanhã e já vejo como não terei o tempo que queria ter para isso... parece que esse não vai ficar tão bonito e chiquerrimo quanto o anterior, mas deixar de fazer eu não vou.

Entre sambinhas, musicas bregas, rocks alternativos e violinos, vou me carregando (às vezes com muito esforço) por aí. Mantenho sempre uma mistura de sentimento de rotina permanente com expectativa pela pausa e pelo inesperado. De certa forma, os dois acontecem de formas paradoxalmente simultâneas.
O peito está pesado, mas é um peso que eu consigo suportar. O cansaço clama por peso nenhum, por ser carregada e receber tudo nas mãos e na boca. Mas como o Linconl disse ontem: “A vida não é quando eu formar, ou quando isso, ou quando aquilo... a vida é todo dia, a vida é paulera!”


►Hey you... do you ever miss me, or is it me who needs to be missed?