segunda-feira, 18 de maio de 2009

Rasgo

E lá se vai o ano passado, escorregando pelos meus dedos. Tudo que ele teve de ruim e do melhor. Tudo que ganhei com ele. Tudo que acho que ganhei com ele. Inclusive eu mesma. Eu sinceramente não precisava dessa minhoca na cabeça. Podia viver bem sem que tocassem nos meus pedestais. Mas tocaram, e agora tento racionalizar e ser quem sabe um pouco parcimoniosa. É difícil, sendo quem eu sou.
Foram vários pensamentos novos hoje de manhã, enquanto dirigia sentindo o vento frio no rosto em direção ao meu enfrentamento semanal comigo mesma. Como ele disse, eu brinco com a psicologia... fico rodeando mas nunca chego na verdadeira questão. E eu poderia dizer que isso se aplica à minha vida.
Hoje eu falei... falei até o tempo exceder, e continuei falando... e queria falar mais. Queria tanto contar sobre como me sinto ofendida de ser deixada para trás, quando me mostram que são mais capazes de move on que eu... quando eu sou a patética abandonada. Queria contar de como me vingo de formas silenciosas, como procuro pequenas satisfações pseudo-sádicas (que acabam sendo por definição apenas masoquistas), sem me importar em atingir alguém, contanto que para mim a sensação de vingança venha. Como depois de sábado tenho sentido um vazio que me pegou de surpresa... como eu queria não ter perdido aquela chancezinha tão breve.. como eu tenho medo de quem eu sou, medo de que eu esteja me deixando perder tudo que tem de bom para se aproveitar. Como eu não pareço chegar perto daquilo que eu realmente quero. Como eu me deixo desejar o impossível com cada vez mais desespero. Como eu não me reconheço em 90% do que diz respeito a mim.
Ficou para a conversa que eu tive comigo mesma no carro.
Por que eu pareço estar funcionando em english mode esses dias? Superexposição, I’d guess...
Enquanto julguei que podia, adiei uma coisa que, pelo jeito, ainda pode esperar um pouco. Para amanha, tenho um trabalho a fazer sobre um filme que vi até a metade e um texto que li até a quarta página de trinta. E com esse cansaço do pagodão (internas comigo mesma nao sao justas, não é?) que eu fui no sábado e o fato de ter dormido essa noite das três da manhã às seis... o melhor que eu faço é ir dormir mais cedo, acordar realmente cedo, ir para a faculdade, assistir o filme, ler o texto e pegar o horário da própria matéria para fazer o trabalho, aparecendo no ultimo minuto apenas para entregar o trabalho vomitado de ultima hora... graduação é uma beleza!
Agora, só mais uma coisa... pra onde vai? Quer dizer... sem o medo de me perder e sem destino programado, como ainda me preocupo com o que me vai acontecer? Só me pergunto hoje se, um dia, vai ser possível reconstruir aquilo que vale a pena ter de volta.



►Umas 100 calorias? 60... 50? Menos??? Se for menos não dá pra acreditar... 40?? A normal?