sábado, 11 de abril de 2009

Chão

Achei uma música. Daquelas que nem são aquilo tudo. Não é pela letra nem pela complexidade instrumental... é uma daquelas músicas que, sei lá por que, chamam a atenção. Acho que é a batida mais a combinação de acordes do baixo. Acho que é isso...
Eu estou gripada! Peguei uma gripe mutante da Raquel ontem. Foi só eu dar oi a ela e de repente estou gripada! Começou com garganta inflamada. Agora já estou com febre, dor no corpo inteiro, mais acentuada na cabeça, aquela pressão incomoda no rosto de quando você tem sinusite, falta de ar, garganta doendo e coçando ao mesmo tempo, dor no pulmão quando respiro muito fundo, dor nos olhos, desconforto em qualquer posição e uma leve contradição com respeito à percepção subjetiva do clima. Parece que estou reclamando? Na verdade, não vou ser hipócrita de falar que é prazeroso estar gripada. Mas é verdade, eu gosto de ficar gripada. Ainda não sei bem por que.
Estou aqui, assistindo Matrix pela milionésima vez enquanto como chocolate e uso meus dotes investigativos para encontrar a tal musica que citei no primeiro parágrafo.
Às vezes, flashs de memória indesejável me atacam. Me fazem lembrar de como eu detesto lembrar das coisas que me fazem lembrar. Mas não é impossível mudar de assunto.
Ontem assisti um filme daqueles de mudar o seu dia (se não um período maior de tempo). Into The Wild. Aquele filme que o Vieguitos dizia para assistir com tanto entusiasmo e, bem, eu estive meio desestimulada com relação a filmes de um tempo pra cá. Mas, enfim, assisti! E gostei! Gostei da frustração do final, gostei da determinação do meio, gostei da criatividade do começo e gostei da solidão da obra como um todo. Tenho pensado em solidão de uma forma menos amarga. Mais como essência.
Dias ruins, épocas ruins na verdade, pois movimento deixou de significar mudança. Criação deixou de significar novidade. Alegria deixou de significar felicidade. Se bem que nunca significou. Estive presa na minha ilha de pensamento. Chegou um dia em que nada era mais seguro ou verdade. E não a minha vida, mas cada um dos meus dias perdeu a estrutura que eu esperava que tivesse. Me pergunto se algum dia já experienciei tal estrutura. Bem, whatever.
Me perguntei o que é isso tudo. De certo não vejo mais razoes transcendentais em nada. Não vejo esperança em ninguém. Ou melhor, em mim mesma... mas isso tudo sem perder a vontade de virar a página. Engraçado eu querer tanto virar a página sem conseguir acreditar que lerei boas noticias na próxima. Pois é, como se chama isso tudo?
Do fundo dos meus pensamentos inúteis... acho que já chega de negatividades pra mim. Hora de sorrir para o livro e virar essa maldita página!



►O que será essa coisa imensa que se aproxima tão rápido? Acho que vou chamar de chão... será que seremos amigos? Oi chão!