terça-feira, 17 de novembro de 2009

Eu autômato

Eu não aprendi a negociar comigo mesma. Eu não tenho muito essa noção de limites (como já ficou muito claro). Mas mesmo assim ainda sou uma entre todos... todos nós que gostamos de nos congregar em condições limítrofes: onde o ar encontra a terra, onde o corpo encontra a mente, onde o espaço encontra o tempo (ADAMS, 1992).
Mas brigar é um caso perdido. Não há como ganhar de mim. Eu iria sempre perder da mesma forma.
E volta e meia ouço esses absurdos antes da recolhida. Algo que não faz a diferença na maior parte do tempo e que, quando faz alguma, é para tornar as coisas piores... não é algo que valha muito à pena. Ultimamente tenho estado diferente de mim mesma diante disso tudo. Até tento mudar, ser mais receptiva e responsiva e, pelo menos uma vez por dia, sorrir. Mas fica difícil nesse esquema contínuo de punição.
Não quero parecer boba ou vítima. E é por isso mesmo que essas duas coisas são tudo que eu aparento ser. Mas que bom! Que bom que hoje, pela primeira vez, inclusive lá, eu fui capaz de falar mesmo o que era verdade. Todos fazemos isso: esconder. Mas eu levo a filosofia às suas ultimas conseqüências.
Eu precisava de uns tapas na cara para cair a ficha. Sou meio frouxa. (meio?!)


Tenho que entregar um laudo do caso que concluí na quinta-feira. Quem foi que disse que sou capaz de fazer as coisas com antecedência? Tudo só sai de ultima hora. Essa vida dos procrastinadores crônicos...

Os sambinhas do Chico já não me saem da cabeça. Às vezes fazem revezamento com o Revolver dos Beatles. Reparei hoje que eu não tenho tido mais conversas sobre música. Será que isso é porque o Humberto está sem computador? Haha

Hoje o Gustavo foi embora de vez. Já sinto uma nostalgia. Meio dramática, devo admitir. Estou considerando de verdade ir atrás dele lá no Sul. Ele podia orientar meu mestrado... o doutorado também. E eu ia morar no Rio Grande do sul de quebra...




►”Senhor, proteja-me de ficar sabendo daquilo que não preciso saber. Proteja-me até mesmo de ficar sabendo que existem coisas que não sei. Proteja-me de ficar sabendo que decidi não saber das coisas que decidi não saber. Proteja-me das conseqüências da oração anterior. Amém.” (ADAMS. D, Praticamente Inofensiva, 1992)