quinta-feira, 8 de maio de 2008

Não quero pensar em título...

“Não te dizer o que penso já é pensar em dizer.”
Encurralada. Presa em um cantinho qualquer que eu mesma escolhi como um cantinho ideal. Agora nem sei mais se foi escolha ou se foi uma extrema coincidência. Se quem sabe foi ilusão acreditar nisso. Mas os motivos nem interessam. O problema é aquela lágrima que abriu caminho.
Agora passo tanto tempo sem chorar que quando acontece eu estranho.
Nem parece comigo. E foi tão único. Único motivo, único momento, única lágrima.
Eu só estou com medo. Medo de me perder novamente.
Eu sou feita de manteiga... Derreto fácil demais. É muito fácil me manter andando em círculos... Basta me oferecer um reforço muito forte intermitentemente e eu vou ficar sempre por perto, esperando o próximo reforço.
Tudo vai continuar sendo como está. Eu vou continuar guardando as crises para quando estivermos só eu e a rua. Vou continuar ouvindo as musicas e sorrindo para elas. Vou continuar me sentindo assim, mas eu não vou mais esperar solução confortável.
Não é porque a minha ferida foi cutucada que eu vou voltar a ser a babaca que eu já fui.
Agora eu sei me monitorar para não ter recaídas nesse meu vício de me sentir a vítima. Coisa tão típica de mim, e tão ruim de admitir.
Eu decidi que hoje seria diferente, e muita coisa mudou. E eu nunca tinha acreditado em mim mesma.
Não preciso e nem quero ficar procurando motivos, jogando a culpa em alguém, tentando formular uma razão para o sentimento. Agora eu quero apenas o fato, e azar se não for legalzinho ou bonitinho. É com ele que eu vou viver agora.
Eu costumava achar que a mudança viria em uma mágica e que de repente eu tomaria outra atitude melhor. Eu me esqueci de que eu preciso assumir a mudança antes que ela aconteça. Ainda não cheguei ao lugar, mas descobri o que eu tenho que fazer agora.
Enquanto isso, eu continuo cometendo erros absurdos.



►Agora posso dizer que sei o que é sentir o sabor do próprio veneno.