sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Tv, música e uma porção de filosofia, por favor.

Não é impressionante o poder que uma televisão consegue exercer sobre você?
Ontem teve uma tempestade das fortes. E teve uma hora que caiu um raio muito, muito perto da minha casa. Nessa hora eu estava assistindo alguma coisa, acho que um filme, na Sky. A luz piscou muito rápido e o aparelho da Sky desligou na hora.
Quando fui tentar ligar e desligar da tomada para ver se alguma coisa acontecia, descobri que o aparelho havia queimado.
Com isso, não sei o que aconteceu que o outro terminal da Sky que fica no quarto da minha mãe está ligando, mas não tem sinal nenhum.
Ligamos para a Sky e pedimos para alguém da manutenção vir até aqui. Bem, a pessoa só vem amanha.
Com isso tudo, ontem à noite, me vi completamente inerte, sem esperança de fazer qualquer coisa que pudesse me entreter. Sim eu poderia ler, poderia desenhar, poderia fazer qualquer coisa louca na cozinha. Inclusive essas coisas me viriam à cabeça e eu teria vontade de fazer, se não fosse o fato da televisão não funcionar. Uma vez sem televisão, a única coisa que eu queria era ver televisão.
E eu aposto que se ela voltasse a funcionar miraculosamente do nada, eu a ligaria toda feliz, descobriria que não ia ter nada que preste passando, ia desligar e ir fazer qualquer outra coisa mais divertida que a televisão.
É uma ironia.
E eu tenho consciência de como isso funciona dentro de mim, e mesmo assim, não se controla a vontade de apenas ver televisão quando não se pode.
Como disse uma professora que tive (e de quem sinto muitas saudades): ter consciência do porque não muda comportamento.
Bem, mas acho que seria bacana tenta fazer outras coisas hoje. Apesar do que, hoje ainda não temos tv.
Provavelmente hoje o meu download lindo maravilhoso se completa, e me enche de felicidade. Se isso acontecer eu afirmo que ficarei muito eufórica e chata durante uns cinco dias seguidos.

Bem, agora preciso fazer planos para as finanças de férias.
Isso me dá certo prazer, não sei por que.

Como é que algumas pessoas conseguem pegar um sentimento, transformar ele em barulhinhos que se juntam em perfeita harmonia e depois reproduzir esses sentimentos em quem escuta os barulhinhos?
É uma coisa engraçada até.
Me faz imaginar o sentimento como aquela caixinha de leite do clipe do Blur.
Não sei por que também...
Foi pura associação livre.
Bem, eu diria que musica tem um efeito esquisito sobre mim. Acho que sobre todo mundo, mas não posso falar nada do sentimento de outras pessoas que não eu.
Mas eu meio que absorvo (que palavra feia!) alguma coisa da música, e saio carregando essa coisa que eu absorvi comigo.
É como se a pessoa Tia Pó fosse uma receita que vai aumentando gradativamente.
Eu devo ser um bolo muito grande...
Tem pedaços para todo mundo \o/
(isso ficou estranho hahahaha)

Because the sky is blue, it makes me cry…

Tudo bem…
Hoje está um dia cinzento e lindo!
Com pianos caindo do céu.
Pianos de cauda!
O que me lembra a piada super engraçada do Almodóvar...
E isso me lembrou O Fantasma da Oprah!
(crise de risos)
Eu quase morro de rir só de lembrar disso! xD

Minha associação livre hoje está a mil!

Queria ser um dos meus desenhos...
Será que ainda assim seria eu quem controlaria o desenho?
Como pode alguém se auto-criar?
Acho que é impossível alguém controlar os próprios atos.
Sinto muito, mas eu tenho uma forte relutância a acreditar em livre arbítrio.
Então eu entro em conflito interno. Porque eu não gosto da ciência, não gosto daquilo que tenta demais ser cientifico. Mas não consigo acreditar muito naquilo que não é cientifico.
Depois ficam abismados quando eu digo que não acredito em nada. Eu mesma posso derrubar qualquer argumento que eu venha a usar.
Quem sabe um dia eu forme uma idéia de realidade. Se isso acontecer eu escrevo sobre. Devo até publicar um livro sobre, porque seria tipo que uma realização da minha vida chegar a alguma idéia plausível e convincente... na qual eu mesma não vou acreditar.

Eu gosto de voltar ao início.
É como o tempo.
Quando ele acabar, ele começa de novo.
Em qualquer sentido.
A questão é saber por quê.
Tão científico isso não é? Querer explicar o porquê...

Eu nunca vou sair desse ciclo...
Desista...



►Como foi que eu cheguei aqui?