sábado, 26 de julho de 2008

Uma linha reta

Resta uma pergunta. Resta o medo de encarar o reflexo. E se for uma ilusão? E se não há nada que possa ser feito? E se...?
Sim, eu sei. Não é difícil saber. Não é difícil ser egocêntrica. Mas eu tenho esses dois modos de pensar que, incrivelmente, podem tomar lugar simultaneamente. É que eu não gosto, e até finjo que não, mas às vezes sinto aquela necessidade de ser aprovada. A aprovação não é para me guiar ou para ditar um caminho, é para ter certeza de que o caminho que eu sei que é bom é realmente bom. Vai que eu estou errada, não é mesmo?
Tem dois lados nessa estória. Eu sei ser reclamona e insegura às vezes. Eu sei parecer vítima de mim mesma... Mas como já conhecimento geral da galera, reclamar não faz um batalhão vir prontamente resolver a minha vida por mim. Esqueço às vezes de pensar que enquanto estou aqui reclamando da vida, no momento seguinte eu ainda estarei aqui, com a mesma vida, e me virando com ela. Como diz a minha tia, agüentando as pontas!
Uma urgência me invadiu. Um tipo diferente de urgência, que me fez ficar mais calma.
Hoje foi difícil arrancar expressões faciais do meu rosto. Passei o dia com o olhar longe, com preguiça de mover os músculos da face. Minha irmã reclamou, disse que eu não estava bem, que não estava rindo a toa, falando de retardadisses, dando a louca como sempre. Mas eu estava só experimentando um dia de humor extremamente estável.
Tem tanta coisa que eu queria ter tempo e meios para fazer... mas prefiro ir pra cama agora. Tenho estado cansada, vivendo de música e pensamentos complexos acerca de pensamentos complexos.
Sentimentos familiares, situações enjoativas, pensamentos revolucionários, comportamentos previsíveis, humores humanos, dias normais, vida contínua.



►Preciso, urgentemente, provocar um sorriso. Um que seja sincero e pertença a alguém que me importe.