segunda-feira, 14 de julho de 2008

Idiotices 2

Essa canção te pertence. Você a comprou com direito, apenas por ser quem é. A vendeu com direito apenas por querer quem quis. E o preço, o relativo, fatídico, inevitável preço: a minha alma. Ah se você existisse. Assim poderíamos tratar pessoalmente dessas transações comerciais, em vez de eu ter que fingir, fazer parecer que falo apenas de um músico qualquer, enquanto estou na verdade criando um “amigo” imaginário... se minhas metáforas servissem para alguma coisa, queria que servissem para me enganar, para que eu fique louca, mas nem isso pode ser... continuo sabendo a diferença entre o mundo sensível e o mundo das idéias.
Meu velho amigo, meu caso de amor comigo mesma.



►Disse meu eu-lírico. Então eu o mandei calar a boca.