segunda-feira, 2 de junho de 2008

Verborragia patológica.

Ainda me falta o que há de sobra. Ainda me falta o detalhe de sempre.
Será que existe aquilo que nunca se viu na vida?
Fiz coisas erradas hoje. Porque eu pensei de forma errada.
Eu devia ter colocado as causas antes das conseqüências.
Eu junto as forças em uma bolinha concentrada de controle... mas basta um desvio rápido de olhar para me desmoronar.
Agora eu devia estar dormindo, mas não quero dar os fatos por acabados. Queria poder ainda fazer alguma coisa.
Acabei de terminar o livro... ele sempre esteve morto, comigo e para mim.
Assim como eu, termina em vazio. Termina em falta do que há de sobra, em falta do detalhe de sempre.
Para mim falta um brilho.
Para a minha vida, falta um reflexo.
Para minha cabeça falta analgésico.
Para meus olhos falta escuridão.
Se quando eu chegar no fim ainda for apenas uma eu, como vou fazer? Eu não tenho praias ou casas, não tenho um gato, não tenho esse tipo de memórias. Tenho um álbum de fotos falsas, tenho uma representação proposicional. Mas não tenho o ter.
Eu estou fazendo um experimento com você... e estou perdendo para mim mesma.
Eu acredito em verdades completas. Mas no fundo sei que a verdade é inventada no momento da fala. São tantos mundos que eu não faço parte... quem sabe nem chegue a fazer algum dia.
O vendaval entrou em mim, bagunçou tudo, me fez outra pessoa e me deixou sozinha na poeira.
Por que eu sinto que não há propósito em abrir os olhos para a vida?
Não me importo mais se as cartas empilhadas vão insistir em desmoronar. Eu vou derruba-las eu mesma... se não posso me vencer, vou me juntar a mim.
E mais um mundo vai pras cucuias. Mais uma vez sinto aquela familiar impressão de que nada mais virá.
Mas sei como essas coisas são.
Amanha vou ter mais surpresas.

Aula do Gauer hoje foi uma das melhores EVER! Sinto uma leve tristeza porque a matéria está acabando... já estou vendo como eu vou entojar esse cara semestre que vem...
Parece que estou em um momento de necessidade de conversa. Trinta e oito posts em um mês são a evidencia disso. Nunca conversei tanto (comigo e com os outros) sobre mim. Por que será que estou sentindo essa vontade de me jogar para fora de mim? Parece que eu não quero mais ser essa eu de sempre.



►Que saudade do que nunca houve...