sexta-feira, 6 de junho de 2008

Still here...

Eu estava esperando todo tipo de coisa. O clima de dentro funciona como o clima em alto mar perto do Japão... qualquer batida de asas de borboleta causa um furacão, ou coisa parecida.
Então vamos por partes...
Eu fico feliz quando estou dentro do circulo. Eu me sinto triste quando me sinto fora do circulo (por mais que eu esteja dentro, mas não possa perceber). Então o meu problema está no visível.
De toda forma, eu não quero mais esse tipo de pensamento.
Não quero mais tentar guiar a minha vida a partir da teoria que penso sobre o meu “funcionamento”. Por que eu mesma não posso ditar as regras do meu funcionamento? Sim, eu sei que isso não pode existir para tudo, mas eu também não posso tratar o meu humor como outra pessoa externa a mim e deveras sacana.
A equação já está quase toda formada na minha cabeça. Não é bem uma equação. É mais como um plano. Mas agora preciso ver se ele vai dar certo. Começando a por em ação agora!
Olha que engraçado... desde que decidi que eu não queria mais estar pseudo-deprimida, eu simplesmente não estou. Nada mudou no “mundo real” desde o momento em que eu pensei naquilo...
Sempre tem dois lados. Ou eu estou sendo realista ou completamente exagerada.
Se o meu desejo de 16:16:16 se tornar verdade, tudo vai ser tão melhor. E pra que isso aconteça, eu tenho que, pelo menos uma vez, dar ouvidos àquela voz de segundo plano na minha cabeça, e ficar calma. E isso sim é um verdadeiro desafio para mim.
Não sei porque acontecem esses paradoxos comigo. Tem essa minha imagem externa que eu fui criando com o tempo de uma pessoa tranqüila, às vezes até demais, que nunca levanta a voz e nunca entra num confronto, que nunca conseguiu se impor. Mas tem esse meu lado completamente afobado, impaciente, nervoso, explosivo que nem combina comigo. Esse é o problema... eu criei uma imagem externa tão forte de mim que as outras coisas que também fazem parte de mim passam a ser estranha até para mim mesma. De pouco tempo pra cá é que eu estou me familiarizando com a verdadeira eu.
E agora os pensamentos evaporaram.
Isso deve ser um sinal do meu inconsciente, me mandando parar de escrever.
Prefiro acreditar que eu simplesmente não quero mais escrever...

Conflito! Ah, meu deus, SOCORRO! Hoje o meu professor de biologia no colégio, Samuel, de quem sinto saudades avassaladoras, vai defender o doutorado no ICB! EU QUERO IR VER! Mas é às duas da tarde. Deve ir até umas três... e às duas e cinqüenta começa a aula do Gauer! EU NUNCA MATEI UMA AULA DELE! E com certeza não vou matar a última! Socorroooo! O que eu faço?
(as várias letras maiúsculas denunciam a minha aflição quanto a esse assunto!)
Vou ter que assistir o começo da defesa do Samuel e sair mais cedo, pra não perder mais que dez minutos da aula do Gauer...
Vou me sentir um lixo por não ficar até o fim, mas também vou me sentir um lixo de matar a aula... então o jeito democrático seria perder um pedacinho no final e um pedacinho no começo... Justo.



►Dear Prudence... won’t you come out to play?