terça-feira, 19 de agosto de 2008

A um grande amigo

Achei que eu ia chorar ao me despedir dele (ou depois da despedida, já que essa foi meio apressada). Mas, apesar desse desconforto pesado no peito, não chorei.
A idéia de uma despedida pra sempre não me atingiu, porque eu sei que não é real. Mesmo que demore muito, ou que as coisas mudem com tantos quilômetros de distância, eu sei que eu ainda o verei e que não vou deixar morrer esses já quase oito anos de amizade.
Foram turbulências e calmarias e altos e baixos, e caminhos que iam oscilando, mas andando quase paralelamente e, como ele mesmo disse, não seriamos quem somos hoje se não fosse pela nossa amizade.
Tem muita coisa que eu não disse por medo ou por lerdeza. Acho que muitos momentos ficaram marcados exatamente pelo que não foi dito. Assim como a despedida. Não há muito o que dizer. Eu simplesmente vou sentir muito a falta dele.
Às vezes ainda me incomodo pensando nas idiotices que eu fiz e nas situações que eu negligenciei por imaturidade pura. Às vezes sinto que um simples “desculpa” é muito pouco se for comparar em uma balança. Mas, mais uma vez, se não fossem essas coisas terem acontecido, tudo teria tomado um rumo diferente. Acho que não interessa mais as coisas que deram errado lá atrás, e sim as que deram certo. E foi por elas terem dado certo que estou aqui agora escrevendo sobre como me sinto mal com a possibilidade de perder o maior amigo que já tive.
Por isso mesmo resolvi não chorar. Porque não vou perder esse amigo.
Sempre te amei (das formas mais variadas possíveis), e espero que você guarde bem a sua caixinha onde guarda as lembranças de mim, assim como eu vou aguardar a minha.



►Olha que irônico... agora eu chorei...