domingo, 23 de novembro de 2008

Interrogações de baixa estatura

Algumas coisas são tão boas que pensar nelas é aversivo.
Pra mim, a memória é como a bolsa do gato Félix. Acho que me falta algo como o rabo dele... uma interrogação multiuso. Afinal não é sempre que as nossas interrogações prestam pra alguma coisa.
De presa em um pontinho a dispersa no espaço, sigo buscando um conforto que parece não existir. Pelo menos não racionalmente. Mas fazer o que se eu insisto em me livrar de qualquer misticismo? Experiência transcendental já não adiantaria.
Viajar no tempo é sempre uma saída nessas horas. Estou aqui me imaginando a bordo do MHS Beagle discutindo teorias sobre a origem das espécies com Charles Darwin...
Às vezes temos essa necessidade de viver outras vidas. Por que nos limitarmos a uma só não é... com tantas épocas passadas e tantas pessoas vividas...
Sagrada neurose... será que posso esperar algo diferente de mim? Será que exigir não é só aumentar o desgosto? Será que tudo não é apenas uma forma de me manter presa na espera por um dia perfeito?
Quem sabe...
Dessa vez vou tentar usar uma de minhas interrogações como gancho, ou então pulo para as dimensões paralelas onde se perdem guarda-chuvas pretos se produz coca-cola dentro da minha bolsa amarela com x’s e .’s pretos.



►Não adianta... procrastinar faz parte de mim.