segunda-feira, 31 de março de 2008

A cadeirêz em mim.

Não explicar as coisas.
Não explicar às coisas...
Fazer o dever pensando no sorriso.
Saber em qual momento estar.
Saber estar em meu momento!
Saber a qual corpo pertencer...
Saber quais almas me pertencem.
A música passa sozinha. Eu só percebo que ela está acabando quando chega ao final.
Eu posso toca-la de novo...
Mas já seria outra música.
Heráclito vive dentro de todos nós!
E a melhor saída é entrar. A melhor fuga é encarar de frente.
Lembro daquela outra canção... as idéias estão no chão.
A idéia mais genial brotou dentro de um ônibus lotado.
Mas ninguém notou...
Por outro lado, partindo-se do principio solipsista, foi notado por quem deveria notar...
Ou não.
Eu nunca sei como garantir as coisas apenas por elas mesmas.
Acho que a maior evidencia que jamais vou encontrar está na minha própria inquietação.
Afinal concordo em partes com Descartes.
O mundo em francês agora está se formando aos poucos. Um dia, meu mundo vai se perder em meio a tantos outros.
Se não se perdeu ainda.
Eu não uso coleiras para os meus conceitos. E quando vejo algum preso, sem saída, faço o que posso para solta-lo e nunca mais o ver.
Se eu não registrar as coisas brilhantes que eu crio, elas vão se perder por aí.
Eu preciso registrar cada explosão.
Sinto prazer na falta de propósitos.
Eu corro atrás do que me incomoda.
Bom e mau no existem no tempo ou no espaço. Não sei me achar no tempo ou no espaço.
Sei formar frases. Sei que elas me formam...
“Eu aceito o caos... não sei se o caos me aceita...”
O significado só nos algema no mundo “real”.
Mas o real não precisa me incomodar aqui.
Aqui, quem sabe, nem eu mesma exista.

A música já é outra agora...
Música...
úsica...
úsica...
úsica...
usi ca...
use ca...
use camisinha...!



►E os motivos só se multiplicam! Sou uma observadora feliz!