terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Orgasmo cósmico.

Um sentimento de perplexidade...
Aconteceram tantas e tantas coisas. Minha cabeça está cheia de sorrisos, de tristezas, de dúvidas e certezas. Foram tantas pessoas, tantas canções, tantos momentos, tantas piadas e tantos desesperos.
Muitas pessoas novas que passei a amar muito rapidamente. Pessoas que amo desde sempre e que continuo amando enormemente. Pessoas que por uns motivos ou outros se afastaram por um tempo e, nesse ano (e especificamente nos últimos meses) voltaram a participar intensamente da minha vida.
Muito obrigada a todos vocês!
Ao Fefs, a Bebeth e a Carol... à Laila. Ao João. Ao Theus. Ao Celso, o Igor, a Fê, a Paulete e a Mah. A todos que de alguma forma, por menor que seja, fizeram alguma diferença.

Os últimos meses foram os mais densos de todos.
Mas tudo que me aconteceu na primeira metade do ano, foi como uma vida inteira de sentimentos conturbados e coisas que aprendi.
Ontem, à meia noite, testemunhei o João em um momento de transe cósmico.
O meu se passa agora.
Imaginar que são tantas pessoas que afetaram a minha vida. Imaginar que eu devo afetar a vida delas de formas inimagináveis e igualmente intensas.
Imaginar que os desentendimentos e os entendimentos profundos, todos fazem parte de uma rede complexa. Que funciona de uma forma tão mágica. Parece que tem sua própria vida.
As reações das pessoas...
Em cada rosto reside um sentimento e um pensamento. Em alguns são vários sentimentos e pensamentos!
Mas em um momento, o que me pareceu a coisa mais importante a fazer era mostrar a todas essas pessoas o que exatamente eu sinto por elas. Mostrar exatamente a minha eu que dedico a elas.
Não como se fosse uma falsidade desmontada, mas, pelo contrário, como uma cumplicidade que sempre esteve escondida por trás das entrelinhas.
E nesse momento, eu só espero que a minha participação na vida das pessoas possa lhes trazer tantas coisas boas quanto as delas na minha.

Acabo de fazer uma coisa que não esperava de mim mesma.
E sabe que me sinto muito bem?
Eu não esperava que eu chegasse um dia a enxergar esse lado frágil da minha vida com tanta calma e serenidade.

Ontem foi um dia... Remarkable! Por falta de palavras para o que estou sentindo mesmo.
Já entrou para o arquivo de dias que eu nunca vou me esquecer na vida.

Hoje, tudo que sinto é que tudo está da forma que deveria estar, porque foi assim que nós mesmos escolhemos que elas fossem.
Hoje o céu estava lindo. O almoço estava uma delicia. A conversa com a minha mãe estava sincera (e no momento senti que estava nua de disfarces para ela... poucas pessoas devem entender exatamente o que isso significa). Engraçado que não conversamos sobre coisas muito mais sérias do que o prato que deveríamos pedir ou o significado filosófico dos pecados capitais... Porém, em um certo momento, me vi tomando a primeira atitude forte do ano. Pela primeira vez nesse ano, hoje tive a oportunidade de bater o pé. E descobri que eu tenho sim a força para me fazer entender, só preciso realmente tentar.
As grandes coisas, de maior importância, sempre começam pequenas.
Eu sinto que tudo está sereno.
Ou então foram as quatro ou cinco horas que dormi hoje à tarde quando cheguei do almoço.
Não dormi absolutamente nada durante a noite, e como nunca, me senti muito bem por ter feito isso.
Hoje tudo ganhou uma dimensão enorme.
Tudo está bonito.
Tudo está como é.
Eu sou mais uma vês aquela “eu”, admirando o meu próprio desenho por horas, pasma e descrente de que fui eu mesma quem desenhou aquilo.
Um dia disse que queria estar dentro de um dos meus desenhos.
Pois hoje percebi que já estou.

A minha vida é o meu desenho.



►Com sono de novo porque tomei um champagne...