quinta-feira, 17 de junho de 2010

Rédis, pertinho!

Você está muito mais próximo das pessoas do que imagina! Sem mencionar viagens da física nem nada. Quero dizer emocionalmente.

Nos últimos dias foram algumas coisas que impactaram o meu vir-a-ser “espírito”. Eu dirigindo até a casa da Bella, minha amiga, para tentar consolar de alguma forma (o seu avô tinha morrido no dia anterior e ela estava muito triste). O sentimento forte que tive de fragilidade e empatia e dor... alguns chamariam isso tudo de compaixão. Eu chamo isso de chorei-horrores-porque-eu-sou-gente. Me fez pensar em humanidade. Reformulei muitas idéias que tinha sobre Rogers e essas frases manjadas do humanismo de que o ser humano é essencialmente bom. Cheguei a ver isso tudo de um ponto de vista tão diferente do que já tinha feito antes que agora minha visão da psicologia toda está mudada! Não é que todo mundo é bom. Nesse mundo doido, quem for bom o tempo todo tá fudido ao cubo. Mas tenho uma nova impressão de que isso não é bom. Digo subjetivamente... acho que isso não traz satisfação, auto-realização... felicidade. E acho também que em breve isso vai deixar de ser adaptativo. Onde todo mundo mata para sobreviver e todos morrem, a surpresa mesmo vai ser quando alguém salvar alguém.

Outra coisa foram os olhos das pessoas (uma mais que as outras) quando ficaram sabendo que meu cachorro havia morrido. Na maioria das vezes, fazer contato visual é uma coisa íntima demais... e nesses poucos dias eu percebi coisas íntimas de várias pessoas. Meu avô me deu um conselho... essas coisas que gente velha e vivida fala com medo de estar dando palpite, mas querendo te ajudar num momento difícil que ele já viveu antes... essa coisa toda. E ele está certo, como eu sabia que estava quando ele me falou: se a vida fosse uma conta bancária, a melhor escolha que você faz é por um cartão de crédito em vez de um de débito.

A terceira coisa foi a reação da minha mãe... toda a sinceridade e arrependimento dela. Depois de um tempo, quando passa infância e adolescência, você percebe que seus pais são gente, quinem todo mundo, que faz merda e está errado a maior parte das vezes. Mas acho que é por isso mesma que eu me senti mais próxima dela nesses dias. Porque ela não tentou ser algo sobre-humano etéreo superior que não se afeta. A melhor forma que ela encontrou para me ajudar foi sofrer junto comigo, e isso eu achei do Carlisle!

Bem... saí do balanço da semana também com algumas pendências. como algumas pessoas têm prioridades estranhas. No momento eu sempre sou atacada pela minha compulsão a ser perfeitinha para ser mais amada. Depois, com reflexão, é que vi que isso me chateou um pouco. Por mais que eu saiba que isso ficou bem entendido... mas ainda há muito pano pra manga. Já outra coisa estranha é como algumas pessoas fazem questão de provocar, criar clima, trair sacanamente... eu me incomodo com esse tipo de coisa porque, aí sim, passo a acreditar no sadismo puro... fico indignada. Mas eu tenho tentado me resolver com a minha indignação e com a minha agressividade. Não sei se vou conseguir responder a pergunta do Rogério direito... nem consegui pensar nela direito. Mas isso também faz parte da coisa toda.



►Eu, gripada até nos ossos, assistindo o jogo do braZil e comemorando: GOOOOOO-O-COFFF COFF COFFF