quarta-feira, 17 de março de 2010

Dia ruim...

(Foto: Doug, meu novo filhote de Golden Retriever que odeia ESQUILO)






Uma coisa é não fazer alguma coisa ou apenas sentar e ficar esperando o tempo passar por ter medo de não ser capaz. Outra completamente diferente é ter que ficar de pé enquanto te provam que você realmente não é capaz e manter a poker face.

Hoje me provaram de verias formas que eu não sei o que estou fazendo e eu vi como é frágil isso tudo. As minhas escolhas e tals. Ao contrário do que já ouvi antes de pessoas que são suspeitas para falar, eu não sou assim tão boa em tudo que eu tento.

Depois da aula da Claudia eu comentei com o Igorinho: eu queria estar no ponto em que a Claudia está agora. Eu sei que ela também já sentiu essa insegurança e já também não soube como lidar com uma situação dessas (para melhor esclarecer: a Claudia, minha orientadora de estágio, pede para que nós simulemos na frente da turma uma situação de primeira sessão de terapia para depois refletirmos sobre o que está certo, errado, bacana e horrível na forma como lidamos com a situação).

Enfim, sobre as minhas inseguranças confirmadas hoje sobre ser psicóloga e se eu estou preparada para isso ou não (e pelo jeito é não), eu sei que é algo que eu posso trabalhar agora que eu sei no que não tenho segurança e como fazer para tê-la... mas chega a noite e me vêm os problemas de disciplina dos alunos e problemas e mais problemas. No fim das contas a mãe de uma aluna foi reclamar no Greenwich querendo conversar comigo para pedir satisfação sobre o que aconteceu. Não tiro razão da mãe... essas coisas acontecem. Mas não deixo de pensar que eu poderia ter evitado isso se eu não fosse tão mole. Eu não consigo ter autoridade. Nem quando se trata de mim mesma e da minha própria vida, como é que vou ter autoridade diante de um bando de adolescentes doidos para me desafiar?

Sai do trabalho derrubada, triste... sem vontade mais de voltar lá. Dor de cabeça... de mau humor.

É uma ironia escutar os casos na supervisão... por que o mundo está a fim de falar de mim ultimamente?

Já tem duas semanas que não vou na terapia. O resultado disso, mais um dia deveras difícil de aturar: acabei chorando lá no Greenwich depois da aula. Deixei a Taty e a Ju preocupadas quando me viram assim. A Taty foi fofíssima comigo, by the way, tentando me acalmar e tudo.

Ai ai.... esse texto vai sem boas perspectivas. Vou para a cama hoje num clima sombrio de “não quero mais um dia para ter que resolver”. Eu quero mergulhar no meu livro e nunca mais sair dele. Eu quero ser o Doug.



►Boa noite para quem vai ter uma...