Eu não reclamo muito. Às vezes faço aquela voz chorosa reclamando do clima e do cansaço. Mas duvido que você saiba de toda essa merda acumulada dentro de mim que eu nunca deixo aparecer (a não ser que você seja o Humberto ou a Laila). Eu estou, na verdade sempre fui, verdadeiramente sozinha. Cresci e aprendi que eu deveria sempre pisar em ovos para evitar o que no final das contas sempre acontece: violência. Eu sou uma desgraça de uma submissa, não consigo unir a pontas pra levantar e botar alguns limites. Na verdade todos. Eu devia era botar todos os limites de uma vez. Mas medo me paralisa. Quando não estou chorando, estou lendo alguma fantasia que me faça sentir como uma criança que pode fugir do mundo físico. Quando não estou com dor de cabeça, estou rindo de algo idiota que falei ou ouvi de alguém. Quando não estou masoquistamente me remoendo, estou sei lá, desperdiçando meu tempo com alguma porcaria na internet. De que adianta pensar que são alguns dias e depois tudo volta ao normal? Eu cresci e aprendi que um mínimo deslize meu significa SEMPRE um abalo sísmico. Cara, essas coisas provocam feridas e eu acumulo feridas. Aprendi a guardar rancor. Ninguém aqui está a fim de crescer porra nenhuma. Contanto que todos façam seu chilique e causem impacto. Seria eu a única pessoa a fim de mudar isso aqui? Eu chego a achar que nem isso. Porra, mas nem sabendo o que fazer eu tomo vergonha na cara e faço! Eu sou uma covarde, de marca maior!
►Nunca estive tão anti-romântica... Onde está a diferença entre culpa e responsabilidade?