Será que é possível? Esquecer um pensamento diário. Revirar a vida de alguém. Contradizer os próprios valores. Dormir duas horas por noite. Me sentir importante. Falar as coisas certas. Conservar tranqüilidade. Sair do ciclo. Abrir mão. Caminhar sozinha. Acreditar naquela frase. Aceitar aquela outra. Pular de galho em galho. Encontrar aquela ilusão no mundo real. Que dê certo. Saber a medida certa. Controlar esses pensamentos. Ser auto-suficiente e estar bem com isso. Fazer mais perguntas. Viver...
Dias que me fazem encarar os meus caminhos. E tudo acontece em um universo paralelo, onde uma voz distante responde a tudo que eu ouço de forma verdadeira demais. Afinal estou apavorada. Ainda mais por saber que não há ajuda possível. Nem se eu a quisesse. Mas uma coisa me impulsiona ainda. Gargalhar com e apesar de tudo. Eis que percebi que tenho me concentrado demais em ser má. Tentando lutar contra a minha imagem. Tentando me exibir. Tentando parecer merecedora de atenção e admiração.
Afinal é para mim que eu escrevo, é para mim que eu penso, é para mim que eu mudo. E é para as pessoas que eu me dedico.
►Tão cansada que dormir já não adianta.