Novidade! Coisas inéditas nunca antes ocorridas na minha vida.
O meu humor foi salvo... por uma prova!
E que prova!
Acho que me apaixonei pela prova!
Como a Raquel diria, literalmente.
Pois é, pois é.
Não é que eu não ligo. Mas às vezes é necessário fazer merda, nadar contra a maré, fazer o que não se quer só para dizer que se fez.
As palavras pesam muito, muito mesmo. E levam junto o navio, afundando devagar. Mas nunca é tarde para lutar contra o mal com um mal maior. É como vingança. Um prazer horrível.
E do prazer horrível é que vêm as piadas e o sarcasmo. Rir daquilo que arranca o coração na base da mordida. Gargalhar na cara do espelho. Até perder a força, até não sentir mais os músculos da face. Acho que estávamos todos precisando de rir e de beber, por motivos variados.
Como é maravilhosa essa merda de vida que eu tenho!
Eu estava respondendo a questão numero cinco. Sentada na primeira carteira da fila, enquanto o Gauer lia seu livro bonito e em inglês sobre psicologia cognitiva (que novidade)... a questão cinco citava um trecho de autoria de João Gilberto e pedia que eu relacionasse aquele trecho com o raciocínio dedutivo. Não foi difícil nem nada. Mas então eu cheguei à questão numero seis!
“Num exemplo não tão inspirado: ‘Se ela dança, eu danço’. Você chega à festa e vê que ela não dança. Qual das seguintes conclusões é verdadeira?
a) Eu danço
b) Eu não danço
c) João Gilberto não dança
d) Não é possível afirmar nada.”
Eu tive que me segurar para não gargalhar alto demais. Aos poucos fui ouvindo as risadinhas crescendo atrás de mim. Fiquei imaginando o que o Gauer estaria pensando, se ele colocou aquela piadinha bótima na prova esperando a reação dos alunos... adoro me perguntar o que se passa naquela cabeça...
Acho que eu fui a única pessoa da sala que simplesmente amou aquela prova. Foi uma forma perfeita de conclusão do curso!
►Que bosta... está tudo um saco... hoje eu amo o sarcasmo mais que tudo!