Por que parece que eu não estou confortável, e que nada pode mudar isso? Tem horas que estou com um sentimento estranho. Quero fazer alguma coisa, estou inquieta, aflita. Angustiada, sei lá. Coisas na garganta.
Podia explodir que me sentiria mais tranqüila.
Quando falava em paz, procurava o contrario desse sentimento.
E já não me sentia assim há algum tempo...
Será que vou ficar para sempre nessa briguinha chata e infantil comigo mesma? Porque quando eu quero uma coisa, ela vem, me deixa feliz e satisfeita, mas trás conseqüências que me fazem querer voltar ao estado anterior. O que me trás novamente as conseqüências que me fizeram querer coisas novas inicialmente.
Agora que enxergo essa não-lógica que rege a minha motivação interna, não faço mais idéia do que eu realmente quero.
Não é mais como andar em círculos. É como ficar parada num ponto fixo enquanto as coisas giram em volta da minha cabeça. Uma hora vou acabar ficando realmente tonta. Se já não fiquei.
Imagina uma bolinha de ping pong que pula de um lado para o outro em uma mesa onde a direita é o negro, o vazio, o nada, a ausência, eu mesma; a esquerda é o branco, o cheio, o tudo, a presença, outra pessoa.
Começo a pensar que não há meio do caminho.
Começo a pensar que pensar é inútil.
Mas não posso parar de pensar. Eu fui amaldiçoada com a autoconsciência. A vida é assim para nós, macacos.
Estou em excesso. Tem eu demais aqui. Tem tudo demais. Eu estou sorrindo de ódio. Estou berrando de tão tranqüila. Estou vomitando de tão saudável...
Quem sabe aquele conselho que saiu da minha própria boca seja de bom uso para mim mesma. Amanha vou sair de casa bem cedo e correr até não agüentar mais ficar em pé. Até não ter mais energia nem para pensar em qualquer bobagem.
Amanha vai der um longo dia.
E eu estou aqui alongando o presente, encurtando o futuro. Boaventura que o diga!
Tenho alguns pensamentos que já são quase verdades. E o problema está justamente nesse “quase”. A palavra que vai me irritar eternamente... tudo que é quase tudo e quase nada. Tudo que está quase chegando ou quase partindo. Tudo que eu já quase sei e tudo que já quase me esqueci. Meus quase pensamentos, minhas quase frases, minha quase coragem, minha quase esperança, meu quase bom senso. As quase presenças, as quase lembranças. Quase eu. Porque eu estou sempre um pouco ali à frente... e olha como estou fugindo rápido. Por isso tenho que estar sempre com pressa, correndo atrás dos meus rastros. Quase rastros. Quase pistas. E eu quase perdida de mim mesma.
Como?
Onde então eu estou? No extremo ou quase lá? Será que ia gostar mais se lá estivesse realmente?
Eu queria mesmo é aquele sonho meticulosamente calculado. Eu sou idealista demais. Herdei a obsessão de meus antecedentes...
Ai, gente... o que eu faço com essa menina? Parece até que quer ser caso perdido.
Mas me sinto transcendentalmente bem.
Se é para juntar tudo numa receita de... Salmão grelhado com molho de maracujá e risoto de aspargos (porque eu queria uma comida mais chique que bolo aqui – e vale enfatizar a vontade que pensar nesse prato me deu...). digamos que eu vá cozinhar a minha vida, juntar tudo numa receita só, é justamente a mistura da porção de salgado, da pitada de doce, do toque de ácido, e do amargo sutil que faz aquele gosto perfeito, orgástico, que te faz querer dar pro cozinheiro. (ou comer a cozinheira, por que não?)
Olha que engraçada eu sou: reclamo, reclamo... Claro que de forma poética, sempre poética, mas ainda sim reclamo. Depois pondero. Descubro que não há opões porque não há estabilidade. E tudo para finalmente concluir que se não fosse essa complicação toda que eu apronto na minha cabeça, que me faz perder o sono e me impede de me concentrar em quase tudo, que ocupa a minha mente e me deixa angustiada em tempo integral... eu não seria feliz... então eis que me admito feliz.
Ok, eu confesso... eu sou.
Emoções musicais do dia: 1)Cd acústico da Shakira! Porque eu AMO esse disco, porque a Shakira antes de começar a cantar em inglês era linda, perfeita, um gênio e tudo mais, e porque é totalmente nostálgico ouvir isso... 2)Estava no centro, comprando coisas pra a minha mãe, e aproveitando para me dar um milkshake ovomaltine do Bob’s (porque eu mereço um de vez em quando), e na praça de alimentação do Cidade tinha uma mulher cantando algo que me soou familiar... Fui prestar atenção e ela estava cantando Thank You! (vide dois posts abaixo)... Perseguição? 3)Certas músicas que envolveram momentos que eu queria que se repetissem me trazem de volta a eles... na verdade não queria que se repetissem igualzinho, mas sinto saudades da situação em que aconteceram. Então lá estou eu ouvindo música no ônibus, e começo a sorrir para mim mesma e para as lembranças gostosas que cada uma me trás... Quando abro os olhos, uma mulher que estava em pé estava a me encarar com olhar curioso. Mas quando eu percebi, ela desviou o olhar... nessas horas comprovo a minha teoria de que eu realmente vivo em outro mundo.
►Solo tu sabes bien quen soy... (cantando feliz, dançando feliz, lembrando feliz...)
Podia explodir que me sentiria mais tranqüila.
Quando falava em paz, procurava o contrario desse sentimento.
E já não me sentia assim há algum tempo...
Será que vou ficar para sempre nessa briguinha chata e infantil comigo mesma? Porque quando eu quero uma coisa, ela vem, me deixa feliz e satisfeita, mas trás conseqüências que me fazem querer voltar ao estado anterior. O que me trás novamente as conseqüências que me fizeram querer coisas novas inicialmente.
Agora que enxergo essa não-lógica que rege a minha motivação interna, não faço mais idéia do que eu realmente quero.
Não é mais como andar em círculos. É como ficar parada num ponto fixo enquanto as coisas giram em volta da minha cabeça. Uma hora vou acabar ficando realmente tonta. Se já não fiquei.
Imagina uma bolinha de ping pong que pula de um lado para o outro em uma mesa onde a direita é o negro, o vazio, o nada, a ausência, eu mesma; a esquerda é o branco, o cheio, o tudo, a presença, outra pessoa.
Começo a pensar que não há meio do caminho.
Começo a pensar que pensar é inútil.
Mas não posso parar de pensar. Eu fui amaldiçoada com a autoconsciência. A vida é assim para nós, macacos.
Estou em excesso. Tem eu demais aqui. Tem tudo demais. Eu estou sorrindo de ódio. Estou berrando de tão tranqüila. Estou vomitando de tão saudável...
Quem sabe aquele conselho que saiu da minha própria boca seja de bom uso para mim mesma. Amanha vou sair de casa bem cedo e correr até não agüentar mais ficar em pé. Até não ter mais energia nem para pensar em qualquer bobagem.
Amanha vai der um longo dia.
E eu estou aqui alongando o presente, encurtando o futuro. Boaventura que o diga!
Tenho alguns pensamentos que já são quase verdades. E o problema está justamente nesse “quase”. A palavra que vai me irritar eternamente... tudo que é quase tudo e quase nada. Tudo que está quase chegando ou quase partindo. Tudo que eu já quase sei e tudo que já quase me esqueci. Meus quase pensamentos, minhas quase frases, minha quase coragem, minha quase esperança, meu quase bom senso. As quase presenças, as quase lembranças. Quase eu. Porque eu estou sempre um pouco ali à frente... e olha como estou fugindo rápido. Por isso tenho que estar sempre com pressa, correndo atrás dos meus rastros. Quase rastros. Quase pistas. E eu quase perdida de mim mesma.
Como?
Onde então eu estou? No extremo ou quase lá? Será que ia gostar mais se lá estivesse realmente?
Eu queria mesmo é aquele sonho meticulosamente calculado. Eu sou idealista demais. Herdei a obsessão de meus antecedentes...
Ai, gente... o que eu faço com essa menina? Parece até que quer ser caso perdido.
Mas me sinto transcendentalmente bem.
Se é para juntar tudo numa receita de... Salmão grelhado com molho de maracujá e risoto de aspargos (porque eu queria uma comida mais chique que bolo aqui – e vale enfatizar a vontade que pensar nesse prato me deu...). digamos que eu vá cozinhar a minha vida, juntar tudo numa receita só, é justamente a mistura da porção de salgado, da pitada de doce, do toque de ácido, e do amargo sutil que faz aquele gosto perfeito, orgástico, que te faz querer dar pro cozinheiro. (ou comer a cozinheira, por que não?)
Olha que engraçada eu sou: reclamo, reclamo... Claro que de forma poética, sempre poética, mas ainda sim reclamo. Depois pondero. Descubro que não há opões porque não há estabilidade. E tudo para finalmente concluir que se não fosse essa complicação toda que eu apronto na minha cabeça, que me faz perder o sono e me impede de me concentrar em quase tudo, que ocupa a minha mente e me deixa angustiada em tempo integral... eu não seria feliz... então eis que me admito feliz.
Ok, eu confesso... eu sou.
Emoções musicais do dia: 1)Cd acústico da Shakira! Porque eu AMO esse disco, porque a Shakira antes de começar a cantar em inglês era linda, perfeita, um gênio e tudo mais, e porque é totalmente nostálgico ouvir isso... 2)Estava no centro, comprando coisas pra a minha mãe, e aproveitando para me dar um milkshake ovomaltine do Bob’s (porque eu mereço um de vez em quando), e na praça de alimentação do Cidade tinha uma mulher cantando algo que me soou familiar... Fui prestar atenção e ela estava cantando Thank You! (vide dois posts abaixo)... Perseguição? 3)Certas músicas que envolveram momentos que eu queria que se repetissem me trazem de volta a eles... na verdade não queria que se repetissem igualzinho, mas sinto saudades da situação em que aconteceram. Então lá estou eu ouvindo música no ônibus, e começo a sorrir para mim mesma e para as lembranças gostosas que cada uma me trás... Quando abro os olhos, uma mulher que estava em pé estava a me encarar com olhar curioso. Mas quando eu percebi, ela desviou o olhar... nessas horas comprovo a minha teoria de que eu realmente vivo em outro mundo.
►Solo tu sabes bien quen soy... (cantando feliz, dançando feliz, lembrando feliz...)