E eis que me veio outra alternativa.
Sair de casa bem cedo e receber o vento gelado na cara. Ouvir os problemas de outras pessoas e reparar em como as pessoas adoram se ocupar com problemas. Se espelhar na impaciência. Andar devagar. Observar o céu limpo, azul gelado, e o sol que escolheu o dia a dedo para me agradar. Ouvir música de explosão literalmente explodindo. Comer uma grande quantidade de glicose de uma vez. Beber muita água depois disso. Me sentar para me ocupar das responsabilidades que eu escolhi ter. E finalmente simplificar toda aquela sopa de sentimentos e pensamentos e sensações e desconfortos e irritações e o diabo a quatro em apenas uma frase. Uma frase simples, de simples compreensão, que até um pirralho entenderia e riria da minha cara. E foi o que eu fiz. E é só isso. E foi inevitável me sentir mal. Nem vou repetir aquilo que me veio à cabeça. É nessas horas que eu penso no tempo como meu amigo. Ele me ensina a enxergar os dias que se passaram como apenas dias que se passaram. A reconhecer que ele é importante e necessário. É essa minha alma ansiosa e inquieta que não me deixa ver isso. Porque eu queria que fosse ontem, mas vai ser amanha. E hoje? O que acontece hoje? O meu presente é simples, é bonito, é divertido e é incompleto. Sempre.
Estava precisando de dias ruins como esses...
►E acabou? Quem sabe não... Foram duas as frases de impacto da minha mãe que guiam a minha cabeça até hoje. Uma delas já é tão recorrente que virou conhecimento geral da nação. A outra é: “eu não tenho que ser livre das coisas, mas PARA as coisas.”