Sei que não é algo incomum, e que até deveria ser habitual, mas agora tudo está tão mais fácil. Claro que as dificuldades passam a ser outras. Mas essa evolução é que é chique demais! E num piscar os planos mudam. Sempre gostei da flexibilidade que a sucessão de momentos pode proporcionar.
E lá fomos nós assistir Amélie Poulain na casa da Diva em vez de ir ao cinema com ela e o tio..... Paulo (outro plano que saiu do nada).
E coisas absurdas aconteceram! Estou pasma com a falta de sentido do mundo.
Mas se todos pensassem como eu, não existiria futebol, sertanejo, mine-saia de lantejoula combinando com boné de lantejoula, programas de domingo do SBT, bermudas floridas, cirurgia plástica, livros caros, regras inúteis, Zorra Total, filmes de terror pouco criativos, e mais uma porrada de coisas (e pessoas) que apenas existem para entojar o mundo.
E eu aqui... insistindo na ausência. Pena que não dá pra viver só de imaginação. Se assim fosse, adoraria comer aquelas pastas coloridas que aparecem na cena em que o Peter Pan (Robin Williams) se lembra de como era ser criança e consegue imaginar a comida (citada acima) junto com os meninos perdidos.
Falar sobre mim é apenas falar sobre mim. Ler o que os outros escrevem sobre si é também ler sobre mim. E é por isso que Bob Dylan parou de compor músicas por uns bons anos por volta dos anos setenta.
E hoje estou cheia dos conhecimentos avulsos. Sinapses facilitadas pela tranqüilidade dos dias inúteis das minhas férias (ou nem tão inúteis assim).
Sabe o que eu queria nesse momento? Ter algo em que pudesse prender a minha atenção, viajar, imaginar coisas que eu tenha certeza que acontecerão (ou que pelo menos têm alguma chance de acontecer), sorrir e me encher de expectativas que eu sei que serão bem recompensadas. Pois é... todo mundo queria isso.
Isso tudo só porque eu fiz questão de me prender num cubículo e engolir a chave.
Um pouquinho mais de Feist para finalizar o dia consciente... e logo estarei em outro lugar, me ocupando de preocupações acerca de uma fatia de queijo mal cortada ou um pato que não pode voar porque o sistema aéreo brasileiro anda em crise financeira, impedindo assim a circulação de idéias positivas no campo energético do cosmos...
►Não me diga mais quem é você. Amanhã tudo volta ao normal. Deixe a festa acabar. Deixe o barco correr. Deixe o dia raiar. Que hoje eu sou da maneira que você me quer. O que você pedir eu lhe dou. Seja você quem for. Seja o que deus quiser.