quarta-feira, 9 de julho de 2008

Depois de um tempo vem...

Dois tempos.
Já não posso dizer que fui eu que fiz ou disse.
Meus pensamentos não me pertencem. Tudo que passa por mim pertence ao momento. Como se cada flash de consciência fosse uma pessoa diferente percebendo coisas diferentes e sendo influenciada por motivos diferentes.
Me propus a algo, cumpri. E o resultado não foi o que eu esperava. Mas quem é que disse que seria? Durante o momento, tudo valeu pelo preço que eu paguei. Algumas coisas vieram mais caras que eu julgava merecerem, outras vieram baratas demais e eu acabei não percebendo o valor muito maior que tinham imediatamente... mas é assim mesmo. Eu só sou um flash de consciência falando aqui.
Lembro que não gostava (aliás, detestava) pensar no futuro... me imaginar morando sozinha ou com uma família só minha. Me imaginar tendo que trabalhar para sobreviver. Não queria aceitar o fato de que esse conforto de mão beijada não dura pra sempre. Agora, já sinto uma gasturinha com a idéia de continuar estagnada nesse conforto e não sair por aí quebrando a cara. Tenho pensado muito no meu futuro nos últimos meses e, principalmente, nos últimos dias. Afinal, são outros motivos agora.
Vi de relance coisas que podem me acontecer lá na frente se eu souber como procurar (pareço vidente, mas sou apenas doida como todo mundo).
Porque já sei fazer uma lista de coisas que quero. Um doutorado, uma filha chamada Sofia, um cachorro chamado Pelúdson, um Classe A......
Para agora? Só quero freqüentar minhas aulas orgásmicas, treinar meu francês, investir na minha cabeça e no meu corpo (porque estou me sentindo pessimamente sedentária), aproveitar ao máximo cada amizade que colecionei aos poucos, e quem sabe um caso amoroso que me faça sorrir enquanto tomo banho ou olho pela janela da sala de aula...
Mas para os desejos em que não tenho poder de influencia (e nem pretendo ter), deixo em aberto o sofrimento da demora ou da pressa excessiva...
Só não sei onde vai estar a linha entre hoje e amanhã...



►O que é bom nunca morre.