... é uma linha trêmula que escolhe seu próprio caminho próximo ao chão. Bem próximo mesmo. Às vezes sinto como se ela fosse dar um pulo ou desenhar uma espiral em 3D... mas não posso esperar tanto assim de uma simples linha trêmula.
Até os dias bizarros me parecem comuns demais. Eu não devo estar muito para me maravilhar com novidades hoje, ou qualquer dia desses aí...
Mas é claro que estou acuada. Agora já penso em aversão... insights têm lá suas peculiaridades. E eu me cansei. Já tem mais de ano que me cansei. Cansei de tudo isso, toda essa energia que se gasta sem destino, sem qualquer vantagem econômica. Cansei de mim, me debatendo contra essas cordas e correntes invisíveis feitas de ar. Cansei até das futilidades que me servem de consolo. Onde mais se vê sentido? Quem sabe em uma vida paralela onde meu único mérito é poder me considerar mais inteligente que a média e onde posso me ver num futuro qualquer sendo respeitada e reconhecida pelas coisas que minhas sinapses conseguem fazer, como se fosse um circo de habilidades pitorescas. Mas é uma vida paralela. Vida mesmo é essa coisa na qual nunca consegui me sair bem. Sou um desastre em viver, admito. Minha família, meus amigos, meus conhecidos, meus amores, meus ídolos, meu passado, meu presente, minhas vontades, meus medos, minhas certezas, meus descaminhos, minhas várias e várias e várias limitações... só sei me virar quando o interlocutor é imaginário... e eu no meio de tudo, sem saber quem afeta quem e pra onde esse trem está indo. Para Barbacena, quem sabe, ou para as terras ermas de lá na puta que pariu.
De que me adianta? Se ao menos houvesse resposta para isso... mas não vem resultado, eu não aprendi nada, eu não mudei em nada, eu estive apenas presa em uma gaiola brincando com meus cubinhos coloridos, absorta em delírios sobre o mundo e como ele funciona.
Eu digo: me dê um reforço e eu te darei o comportamento desejado.
►O tempo está propício para fazer um piquenique, navegar em alto mar e ser bastante pessimista.