quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Feliz por não ser tão feliz assim.

Quase meia noite e eu ainda não li nenhum dos artigos. Acho que agora não leio mais. O sono resolveu mostrar as caras, acho que ele esteve tímido e se escondendo o dia todo. Adoro poder dizer que agora a minha vida não para mais quieta. Quando completo uma tarefa, me aparecem mais três. E por culpa minha, é claro. Claro que eu tinha que terminar a minha parte dos verbetes antes de todos e ainda por cima me oferecer para ajudar com os que ainda não foram feitos. Acabei pegando mais três para fazer até semana que vem. E a semana do conhecimento chegando e eu aqui sem segurança para fazer o meu pôster ou para apresentar a pesquisa. Mas já consegui recursos para arrumar essa segurança: os cinco artigos que não li ainda e já é quase meia noite.
Ainda não atualizei o meu quadro de horários. Minha memória prospectiva está sendo muito exercitada nessas ultimas semanas. Literalmente... e agora, sem meu quadro de horários, não consigo mais viver em paz. Quem diria, eu esquematizando compromissos em um pedaço de papel? Como as pessoas mudam quando estão sob pressão! Outro dia eu realmente cogitei a possibilidade de comprar uma agenda. Me assustei com o pensamento imediatamente. Claro: as palavras agenda e Paula não entram na mesma frase se não com um “não funciona para” entre as duas. Mas bem, estou aberta a essas novas experiências de quem eu posso ser. Só acho muito engraçado como cada coisa que me acontece num dia dá um jeito de se encaixar na minha definição de mim mesma. Eu tenho esse costume de me relativizar 24hs por dia.
Hoje foi um dia serelepe. Ri mais que o normal até para mim. Esqueci totalmente o cansaço e me diverti sem motivos aparentes. É aquele sentimento de confiança que tanto se busca por aí. Confiança na minha inteligência, na minha garra para conseguir as coisas, na minha competência para me virar em situações adversas, nos meus resultados, no meu controle diante daquilo que me altera, na minha capacidade de me superar naquilo que me machuca... acredite, algumas coisas são muito melhores depois do sofrimento e do esforço pela conquista. E algumas coisas são realmente muito melhores da forma como as circunstancias permitem. E que bom que eu não consigo tudo que eu quero! Eu seria alguém tão detestável se não me obrigasse a lidar (com muito, mas muuuito sofrimento) com a perda...
Sim, eu sei que dias tão bons assim tendem a ser seguidos por dias péssimos, cansativos e com uma taxa de auto-estima abaixo do zero absoluto. Mas que se dane! É por saber que ela vai acabar que eu não vou mais acreditar na alegria?
Minha frase do momento: vai tocando em frente, quérida, que um dia chega em algum lugar!
Eu e essa minha simpatia pelo caos...



►100% dos que concordam comigo tendem a discordar do mesmo. 99% dos meus pensamentos tendem a se contradizer numa dupla negativa (minto, tripla e meia). 120% do que eu digo tende a ser encontrado no gerador de lero lero.