Ela era pequena de idéias, se deixava responder às perguntas. Gostava de quem conseguia lhe arrancar um sorriso de surpresa. Mas nunca foi daquelas que abrem caminho pelos muros dos outros. Esperava que as portas fossem abertas a ela aos poucos. Esperava que a convidassem a entrar.
Quem sabe esteja aí o buraco que quebrou o pneu e atrasou a viagem.
Para que ela se sentisse bem consigo mesma, deveria ser outra pessoa.
Estava acostumada, mas nunca é bom ver de longe.
Ela era de muitas palavras volumosas, mas poucas palavras verdadeiramente verdadeiras. Ela conhecia intimamente o conceito de lágrima. E todos conheciam seu sorriso intimamente.
Ela era pequena de idéias, pequena de coragens.
Ela era grande de olhares disfarçados. Grande de medos vestidos de alegria.
►Pai, já ta chegando?..... e agora?.... e agora?