domingo, 14 de setembro de 2008

Inconcluível

Estou com pressa para não fazer nada. O ritmo de repente mais lento que aquele que eu apelidei de desumano me faz sentir como se tivesse perdido sustento para o próximo passo. Sim, é claro que eu transformei isso tudo numa forma de escapar de algo que mesmo assim mantenho comigo.
O clima de domingo à noite embalado por trinta graus de calor insuportável e uma semana não tão animadora pela frente... amidalite dos dois lados (o que me impede de engolir qualquer coisa sem fazer uma careta muito feia), carência musical (que já estou dando um jeito de tratar).
Por que deve sempre haver um motivo? Depois do momento em que descobri um sentido, não consigo mais viver em paz sem algum.
Para mim chega de idéias impossíveis. Pelo menos por alguns meses. Mas continuo resistindo bravamente ao sistema que tenta me engolir. O plano é aprender uma maneira de me encaixar nele e deixar que ele acredite ter me conquistado enquanto eu assumo toda a minha irresponsabilidade quando ele não estiver olhando. Que coisa perversa!
Agora há pouco parei de frente para o espelho, deixando de lado o fluxo natural de pensamentos, e vi uma pessoa diferente escondida. Um mesmo rosto para tantas pessoas... hoje o rosto estava mais inspirado. Como se aversividades de nada adiantassem para derrubar um simples sorriso. Uma pontinha de orgulho.
Nada aconteceu, nada inverteu a(s) situação(ões)... mas por um breve momento eu não precisei me espelhar no mundo para ser alguém. Eu me espelhei em mim mesma para que o mundo fosse algum.



►I cheated myself, like I knew I would...