sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Remade

Como diria Rubem Alves, ostra feliz não faz pérola.
Agora tenho mais afazeres. Afazeres cada vez mais prazerosos. Quando eu penso que não vai me aparecer mais nada empolgante o suficiente para eu reavaliar meus horários para encaixar mais uma atividade quase que por mágica, me aparece algo ainda mais empolgante. Vou trancar uma matéria que eu não vou poder fazer mesmo, mas tirando ela ainda terei oito matérias para cursar (duas delas de ouvinte! Sim, ouvinte! Não consegui me matricular nas matérias e não aceito a possibilidade de não assistir às aulas! Às vezes posso parecer maluca, mas como já foi mencionado em outro post, estimulo intelectual tem sido a minha ÚNICA motivação), mais a pesquisa, mais os assuntos que estudo por puro interesse e que não são poucos, mais a monitoria de História das Idéias Psicológicas, mais o francês, isso sem contar com o trabalho prático de Escolar que vai me dar um puta trabalho e vai me obrigar a me provar a minha competência para fazer coisas. Pelo menos tédio não vai fazer parte desse semestre!
Quanto às outras coisas que devo/quero fazer, acabo achando umas brechas no tempo para sair com amigos, assistir filmes, ouvir musica no sentido extremo da palavra.
Às vezes me bate uma urgência. Parece que isso tudo não é suficiente ainda. Mas não é uma questão quantitativa quando sinto isso. Às vezes eu preciso fazer alguma coisa com um certo peso semântico. Segundo o meu professor bonito, quanto mais inteligentes somos, mais restrita é a nossa capacidade de nos sentirmos felizes.
Então, em correção a um pensamento vicioso que tem gostado muito de mim ultimamente, numa balança qualitativa, eu estou ÓTIMA!
Em resumo, passo dias me sentindo um lixo não me baseando no que eu realmente sinto, mas em pequenos pontos, pequenas agulhas, que cutucam meus pontos fracos. Exagerar é uma característica geneticamente herdada nas gerações femininas da minha família. E eu me considero alguém que faz jus a essa herança. Portanto, algumas três coisinhas estão erradas e eu as dou um valor muito maior que o que merecem. Acabo adotando uma nuvem negra para me seguir por onde eu vou.
Mas eu preciso desses dias de escuridão. Só não posso levar ao extremo aquele conhecimento que eu sempre sigo: os sentimentos foram feitos para serem sentidos, mas sentir demais é masoquismo! Eu diria até burrice.
Então tudo continua mudando como sempre...



►A existência precede a essência. Disse um sábio macaco.