Eu não posso ser deixada calada por muito tempo. Por isso arrumei algum motivo para tagarelar diferente para cada um dos dias que se passaram. Dia um: Fefs, João, Tuia e Coacci. Dia dois: Fefs, João, Tuia, Coacci e Cherem. Dia três: Lali, Raquel e Erick. Dia quatro, mais conhecido como o futuro hoje: sei lá quem vai me aparecer... Mas Lali, Raquel e Erick já estão garantidos.
Assisti alguns filmes memoráveis nesse meio tempo também. Consegui finalmente ser dona do meu próprio carro. Eu e João estamos quase fazendo a dança de Harder Better Faster Stronger sem travar. O clima aqui em casa está tenso (eu e Lali porque ficamos um saco em fim de férias, a minha mãe porque fica um saco em volta ao trabalho). Eu desgastei os meus pensamentos até reparar que já não tenho nenhum que seja consistente o suficiente para eu considerar que esteja pensando em alguma coisa. Por isso estou inerte (exceto nas horas em que tem pessoas à minha volta). E é por isso que eu não posso ser deixada calada por muito tempo. Vou acabar percebendo que eu não tenho nada para pensar.
Alguns dias atrás eu queria com todas as forças implodir. Mas agora não vejo propósito. O problema é esse. Eu não vejo propósito em coisa alguma.
A minha matricula não deu certo como eu esperava que desse... Mas fodas. Eu vou cursar as matérias para as quais não fui aceita da mesma forma. Não quero abrir mão da esperança de um sentimento de motivação que eu espero que volte quando eu me ver novamente dentro de uma sala de aula.
E o álcool... As únicas duas vezes que bebi durante as férias não foram o suficiente para alterar meus sentidos... Eu preciso de me embebedar.
Há nesse momento apenas duas idéias que me causam aquele formigamento de ansiedade no peito: filosofia da mente e juntar dinheiro para visitar o Fefs no Canadá no final do ano ou o mais cedo possível!
Sentimento aflorando: INVEJA!
►Estou ligada no piloto automático.