quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Left behind (hopefully)

É... eu não queria, mas aconteceu, e tudo que eu temia veio acompanhado. Mas eu sobrevivi ao momento com bravura e nem dei uma de chata disco arranhado como eu costumo fazer. Essas coisas só acabam me rendendo horas e horas de voltas sem destino na minha cabeça. Muitas vezes acompanhadas por uma agonia insuportável, mas ainda estou aqui, sorridente e faminta.
Tenho procurado válvulas de escape por todos os lados. Mas sempre chego à mesma conclusão irritante. Então eu digo: então ta...
Ontem matei saudades daquela sensação típica de bebedeira de que nada importa de verdade, fodas pro mundo, essa música é uma bosta, mas vamos dançar mesmo assim, descer até o chão e desequilibrar é bem mais divertido, tudo tem graça (até a minha própria voz), rostos familiares ganham um valor imenso, gritar é natural, vontade de explodir a cabeça, rir pela risada... e tantas outras sensações legais daquele nível especifico de álcool no sangue (nem mais, nem menos). E hoje, apesar de acordar com uma leve ressaquinha, eu parecia reciclada.
E foram vários os sorrisos em meio às aulas. Primeiro na aula de estética (que matéria gay! Hahaha), com a Virgínia fazendo análises e mais análises, juntando os pensamentos de Kant e Hegel com coisas de hoje, comentando obras de arte contemporânea. ADOREI! Na aula de Ética, além do agradável fato do professor ser incrivelmente bonito, bem, não preciso falar que essa matéria já prometia antes de eu saber sequer a bibliografia... até agora está superando as minhas expectativas. Eu me sinto uma alienígena naquela aula (e em várias outras), conectando, concordando, lembrando de coisas que, quando olho para os rostos, percebo que ninguém compartilha comigo o prazer por estar assistindo àquela aula que eu sentia. E por fim, a aula de Escolar. Eu simplesmente ADOREI o Lincoln! Pelo jeito dele de falar, pelas coisas que ele fala, pelo tanto que ele aparenta saber do que está falando, por fazer as coisas ficarem muito interessantes, por ter uma critica para tudo que ele menciona...
Bem, cá estou, cansada e com uma pilha de leituras a atualizar. Ainda há vários assuntos que preciso atualizar. Ainda não entrei de verdade no clima de aulas. Em parte pela pseudo-depressão (entenda-se mais de uma semana de humor não muito legal) que obtive nesse final de férias, e também por ainda ter que acostumar o meu corpo a se levantar às cinco da manha novamente. Mas eu tenho simplesmente adorado essa rotina agitada. Quanto mais coisas estou fazendo, mais quero fazer. Estar fazendo nove matérias é sintoma disso (três delas na filosofia!). Parece que me enchendo de coisas para fazer e pensar, eu alivio mais fácil as tensões internas que são inerentes ao ser humano (gastei).
E falando em filosofia, a aula de ontologia é UM MÁXIMO! Na primeira aula, o Ernesto pediu que nós listássemos as coisas que existem! A segunda aula foi inteira sobre Platão (eu já nem gosto dele, né?).
É, estou cheia das preocupações irritantes e ainda com uma pesada ponta dessa minha pseudo-depressão. Mas estou otimista, pelo menos. Pelo menos sei que consigo me concentrar em alguma coisa boa enquanto não consigo me livrar das ruins.



► “(...) and quit those nightmares I’ve been having.”