Tudo para não ter que começar o que deve ser feito. Deve ser esse o lema de tudo no mundo.
A vida continua sempre graciosamente idêntica ao de sempre. Às vezes até parece que uma coisinha pode mudar completamente o curso das coisas, mas os pequenos cursos trocados e bifurcações só servem para nos distrair do fato de que vista de longe, a vida é um trilho circular de trenzinho Fisher Price. Que metáfora mais interessante...
Hoje eu me sinto uma garota polilingue, com algum conhecimento (o suficiente para se ter consciência de que ele não é suficiente), com algum estilo, com muito bom gosto, sem muitas estruturas para guiar qualquer coisa... cheia de incômodos e feita basicamente de expressões faciais. Acho que estou para sempre destinada a pegar só no tranco. Acho que eu escrevo muito sobre música e os seus efeitos em mim. Eu acho que se eu sou especialista em alguma coisa, essa coisa é fugir. Mas também acho que eu tenho todo aquele potencial que ele me disse que eu tenho. Mas calmaria? Não existe.
Outro dia eu parei para pensar no que estou fazendo. E caiu a ficha de que eu já tenho uma profissão, como dizem por aí. Legal foi descobrir a novidade óbvia: eu ADORO ser professora. Uma das maiores surpresas da minha existência. Mas eu ainda sei bem que de longe, é tudo só um trenzinho circulando.
Bem, é hora da vergonha na cara né? Que tal encarar o trabalho e junto com ele a possibilidade de que você não saiba bulhufas do que está falando e que o trabalho fique uma bosta e que eu me envergonhe na frente dos meus colegas de grupo que parecem ser tão mais inteligentes que eu. Pelo menos não vai ser a primeira ou ultima vez na vida que eu vou me arriscar nesse campo.
Na é que eu sou burra... é só que eu sou preguiçosa (lema para a minha vida!)
►suspiro... isso é falta do que falar.