terça-feira, 26 de maio de 2009

Postura

Moral? E o que é isso mesmo?
Engraçado demais essas ironias cíclicas. E a decepção berra em mim hoje. Esse lugar é podre, eu nem tiraria a razão. Que vergonha para aqueles que não conseguem sentí-la. Eu sinto vergonha por esse mundo.
Mais uma ironia... quem diria esse niilismo saindo da minha boca. Quem diria eu pensar mal daquilo que tem sido minha casa por três anos e meio. Quem diria em algumas horas, tudo trocar de lugar. Quem diria eu sentindo simpatia pelos discursos do professor de Psicologia Transpessoal. E quem diria, eu finalmente senti uma pontinha do que vários por aqui chamam de pressa de formar.
Será que o mundo é tão errado assim, ou mais ainda?
Desilusão.

Isso acima sou eu puta. Nunca tive tanta raiva, eu acho. E nunca estive tão impotente. Paradoxo, eu diria, pois eu nunca fui de querer fazer alguma coisa para mudar a realidade. Eu não sou de me implicar, entende? Mas é justamente no dia em que sinto, pela primeira vez, a necessidade de defender aquilo em que acredito, não posso fazer nada por quem merece.
Eu estava certa quando disse que em um ano tudo pode acontecer. Gostaria que não estivesse tão certa assim.

Escrevi algumas coisas soturnas durante a última aula. Tenho escrito sem objetivos ou razões. Quem sabe só para aliviar a tensão na existência (seja lá onde ela se localize no espaço). Estou triste.
Quem sabe, no momento, o melhor que eu faço é fazer essas coisas que me comprometi a fazer.

Coincidências acontecem. E eu estou lendo "A elegância do ouriço".
Que fique marcado para a minha posterioridade como a garotinha suicida tem um argumento forte. Mas covarde. Acho mesmo é que eu vou em frente. E que dê no que der. Planos para futuros remotos nem fazem tanto sentido mais. Mas eu divido que algum dia eu vá sentir verdadeira segurança sem precisar de muletas. Espero que a terapia me ajude justamente aí!
(som de um suspiro)



► No balanço do dia, ganhei algo de bom: Zeitgeist (assiste, se tens inteligência!).