segunda-feira, 2 de março de 2009

Tudo errado dentre poucos momentos

Bateu uma raiva de repente. De simplesmente tudo. Desse povo que não quer se entender. Desse egoísmo carimbado na testa de todo mundo. Dessa falta de feeling, de empatia. E deu raiva de sentir que eu sou a única aqui ou em qualquer lugar me preocupando com essas besteiras de ambiente saudável e relações humanas mais humanas.
Como alguém por aí disse, merda quando vem não vem pouca. E por isso, o meu dia foi uma montanha de merda, enfeitada com uma dorzinha de cabeça em forma de cereja no topo.
Primeiro foi eu furando planos comigo mesma só para sair por aí me expondo ao calor que, como já deve ter ficado claro para todos que me conhecem, não me agrada muito. Depois ir para a faculdade esperando uma renovada de espírito ao matar as saudades do clima de fafich cheia de gente puta com professores e preocupada com prova e ligando o foda-se para isso e indo beber no Cabral. Encontrei sim a fafich vazia, clima de férias. Reunião, burocracias, mais fafich vazia. Então foi a hora de sentir mesmo o amargo de ter largado a matéria que eu mais estava empolgada para fazer para ter que trabalhar. Lá fui eu, encontrar um relatório para preencher e algumas noticias nauseantes sobre uma de minhas turmas. E agora? Como faço? Com atraso, com esses problemas que eu devia esperar que viessem um dia. Comecei a aula de hoje tão abatida que vi o baque nos olhos das alunas. Voltei para casa para achar uns pingos do conceito derretido de família jogados por aí. Isso seguido de reclamações que nem eram para ser direcionadas a mim... mas, como já de costume, o papel de saco de porrada da família é meu.
Estou de saco cheio de todo mundo. Queria agora é férias de pessoas, não de tarefas. Por isso digo que hoje houveram três momentos maravilhosos e que vou considerar apenas eles como dia.. o resto eu cuspo e chuto pra lá:
Um: o suco de açaí com morango que tomei antes de ir para a faculdade. Não posso fazer nada, língua é um dos maiores focos de prazer que existem. E que se danem as calorias... a gastronomia merece um crédito, ou vários.
Dois: o abraço do Huds depois de meses e quilômetros de distância. Que saudade que eu senti daquele ser humano!
Três: agora, enquanto cuspo reclamações e resmungos e ouço músicas novas aos meus ouvidos, engulo quantas minhoquinhas gelecosas eu conseguir e sinto o sangue correndo pelos meus calcanhares...



►”I can get by in the meantime by myself...”