Pode tudo mudar, mas a vida continua a mesma seqüência de impasses e soluções provisórias. Acho que me desencantei, mais uma vez, com o que não esperava. É... tudo que vem tem que ir embora, não é?
De toda forma, voltamos à estaca zero. É sempre assim. De zero a um, um e meio... e de volta a zero.
Fiz vinte e um! Agora sou mundialmente maior de idade... Pois é, e daí? Tudo que senti foi que esse aniversário não foi um aniversario. Ficou faltando alguma coisa. Na verdade faltaram varias coisas, uma em cada aspecto do evento. Por isso não sinto a menor diferença. Como se, ao contrário do ano passado, eu não precisasse negar a nova idade porque ela realmente ainda não veio bater na minha porta. Até pensei que poderia ser ela quando ouvi um barulhinho estranho. Mas quer saber... ainda não tive o ânimo de ir lá na porta olhar e ver se são os vinte e um mesmo. Afinal, o que significa vinte e um? Pois é, eu gosto de dissecar significados.
Essa última semana foi estranha. Principalmente pelo fato de agora eu ser uma pessoa empregada e com uma carga de responsabilidades dobrada. Conheci tanta gente, e como sempre fiz algumas amizades em potencial. Ia ser legal levá-las à frente. Vejamos o que vai acontecer... mas olha que estranho está isso tudo. Eu estou muito estranha. Aliás, o mundo está muito estranho.
Acho que deve significar isso, quando as coisas param de ter que ter um significado mágico. É quando chega uma leve decepção, porque as coisas acabam por conseguir te empurrar para o lado negro da força... e você acaba realmente se calejando. Acho que o mundo é injusto e godless demais para que possamos manter essa visão mágica das coisas. Porque afinal as coisas são difíceis mesmo. Se não for por mim, ninguém vai me levantar no ar em nuvens e me transformar em uma princesa que dança balé e canta com os animaizinhos silvestres.
Eu estive tentando engolir isso durante esse ano. Lutando contra a idéia e chorando pela injustiça que é a minha vida. Que patética, cara!
Sim, o próximo ano vai ser difícil, eu vou ter que aprender a me organizar ainda melhor. Eu preciso saber me controlar, eu preciso saber os limites. Eu preciso principalmente saber até onde eu posso pular, saber qual o meu próprio limite, e me dedicar ao máximo para que faça pelo menos jus a ele.
Amanhã continua.
No ultimo ano aprendi a enfrentar coisas que nunca confiaria em mim mesma para enfrentar. mas tem uma coisa que deixei de lado: a minha capacidade de sugar diversão do básico. Acho que a minha meta para o ano que vem vai ser essa. Reaprender a ser feliz usando o que eu mais prezo em mim mesma: criatividade.
►É, eu não fui. Às vezes me culpo pelas minhas faltas. Às vezes me pergunto se a frustração não é apenas pela falta de espaço... “quem é que eu QUERO ser?”, é a grande questão!